Por Renato Rovai, em seu blog:
O ministério das Comunicações está longe de estar entre os mais importantes da Esplanada, mas está muito mais longe de ser desprezível. Principalmente porque quem vier a assumi-lo deve ir (espera-se) com o compromisso assumido por Dilma em entrevista com blogueiros e em outros tantos momentos da campanha: o de fazer a regulamentação econômica do setor. E esse é um desafio histórico que se bem conduzido vai garantir ao responsável um lugar na história política nacional.
O fato é que o PT não tem tantos quadros assim para conduzir este processo. E os outros partidos, então, nem se fale. Em primeiro lugar, porque além de força política a regulamentação do setor exigirá imensa habilidade política para não fortalecer o discurso de oposição e fazer o governo recuar. E ao mesmo tempo para não transformar uma grande energia dos movimentos em uma imensa frustração. Alguém pode dizer, mais isso é impossível. Não é. E a forma como a aprovação do Marco Civil da Internet foi trabalhada é exemplo. O setor das comunicações tem imensas necessidades de uma reforma que por um lado impeça que os players nacionais venham a ser engolidos pelos globais, como Google e Facebook. E para que essas reformas legais se implementem, é preciso negociar contrapartidas que devem abrir espaço para democratizar a quantidade de vozes na área. Não é simples, mas é o caminho.
Tanto Jaques Wagner quanto Ricardo Berzoini são exímios negociadores. Ambos são ex-sindicalistas e a arte de saber operar em conflitos é a base para se tornar liderança com respeito no movimentos sindical. De qualquer forma, Berzoini sempre se mostrou mais interessado neste debate que o atual governador da Bahia. E ao mesmo tempo tem ambições políticas menos audaciosas neste momento, o que leva a uma parte do PT e do movimento da democratização a preferi-lo em relação a Wagner. O baiano que é um dos nomes fortes pra sucessão de Dilma se Lula não vier a ser candidato poderia pensar duas vezes em brigar com a Globo, avaliam. E sem comprar umas brigas com a turma do Jardim Botânico, não há regulamentação que valha a pena.
Por outro lado, Wagner sai hoje como uma das principais lideranças do PT no Brasil. E ao colocá-lo nas Comunicações Dilma daria um recado de que ela vai tratar a área com a prioridade que merece.
No momento, Wagner é o nome favorito para a pasta. Entre outros motivos, porque já teria deixado claro a Dilma que não está disposto a assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), ministério comandado por Berzoini no momento. E na dança das cadeiras, com Mercadante ficando na Casa Civil e Rosseto indo para a Secretária Geral não sobraria outra pasta política. Na Petrobras, ao que consta, fica Graça até a tempestade passar. Depois, ela deve sair, inclusive a pedido.
Wagner e Berzoini são dois bons nomes e um grande avanço em relação a Paulo Bernardo, mas independente de qual deles vier a ser escolhido para assumir o ministério que por muito tempo teve nomes indicados por Roberto Marinho, o que mais importa é a missão que Dilma atribuirá ao escolhido. Se ele for pra o cargo com a missão de fazer o tempo passar, qualquer um que for vai sair de lá do tamanho do atual ocupante do cargo. Se for com a missão de enfrentar os desafios que o atual cenário impõe, vai sair ainda maior do que entrou. Mas isso não depende só do indicado, mas de Dilma. E essa é a conversa que quem for indicado deve ter com a presidenta antes de aceitar o desafio da área.
O ministério das Comunicações está longe de estar entre os mais importantes da Esplanada, mas está muito mais longe de ser desprezível. Principalmente porque quem vier a assumi-lo deve ir (espera-se) com o compromisso assumido por Dilma em entrevista com blogueiros e em outros tantos momentos da campanha: o de fazer a regulamentação econômica do setor. E esse é um desafio histórico que se bem conduzido vai garantir ao responsável um lugar na história política nacional.
O fato é que o PT não tem tantos quadros assim para conduzir este processo. E os outros partidos, então, nem se fale. Em primeiro lugar, porque além de força política a regulamentação do setor exigirá imensa habilidade política para não fortalecer o discurso de oposição e fazer o governo recuar. E ao mesmo tempo para não transformar uma grande energia dos movimentos em uma imensa frustração. Alguém pode dizer, mais isso é impossível. Não é. E a forma como a aprovação do Marco Civil da Internet foi trabalhada é exemplo. O setor das comunicações tem imensas necessidades de uma reforma que por um lado impeça que os players nacionais venham a ser engolidos pelos globais, como Google e Facebook. E para que essas reformas legais se implementem, é preciso negociar contrapartidas que devem abrir espaço para democratizar a quantidade de vozes na área. Não é simples, mas é o caminho.
Tanto Jaques Wagner quanto Ricardo Berzoini são exímios negociadores. Ambos são ex-sindicalistas e a arte de saber operar em conflitos é a base para se tornar liderança com respeito no movimentos sindical. De qualquer forma, Berzoini sempre se mostrou mais interessado neste debate que o atual governador da Bahia. E ao mesmo tempo tem ambições políticas menos audaciosas neste momento, o que leva a uma parte do PT e do movimento da democratização a preferi-lo em relação a Wagner. O baiano que é um dos nomes fortes pra sucessão de Dilma se Lula não vier a ser candidato poderia pensar duas vezes em brigar com a Globo, avaliam. E sem comprar umas brigas com a turma do Jardim Botânico, não há regulamentação que valha a pena.
Por outro lado, Wagner sai hoje como uma das principais lideranças do PT no Brasil. E ao colocá-lo nas Comunicações Dilma daria um recado de que ela vai tratar a área com a prioridade que merece.
No momento, Wagner é o nome favorito para a pasta. Entre outros motivos, porque já teria deixado claro a Dilma que não está disposto a assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), ministério comandado por Berzoini no momento. E na dança das cadeiras, com Mercadante ficando na Casa Civil e Rosseto indo para a Secretária Geral não sobraria outra pasta política. Na Petrobras, ao que consta, fica Graça até a tempestade passar. Depois, ela deve sair, inclusive a pedido.
Wagner e Berzoini são dois bons nomes e um grande avanço em relação a Paulo Bernardo, mas independente de qual deles vier a ser escolhido para assumir o ministério que por muito tempo teve nomes indicados por Roberto Marinho, o que mais importa é a missão que Dilma atribuirá ao escolhido. Se ele for pra o cargo com a missão de fazer o tempo passar, qualquer um que for vai sair de lá do tamanho do atual ocupante do cargo. Se for com a missão de enfrentar os desafios que o atual cenário impõe, vai sair ainda maior do que entrou. Mas isso não depende só do indicado, mas de Dilma. E essa é a conversa que quem for indicado deve ter com a presidenta antes de aceitar o desafio da área.
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