Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
O amigo navegante deve ter percebido que o PiG e seus urubólogos só pensam naquilo: no “ajuste”.
Todas as manchetes, as “análises”, entrevistas só tratam do “ajuste” – quer dizer, quando não tratam da elegância da Presidenta na posse.
Percebe-se o subterrâneo desejo de transformar o Ministro Levy num Cavalo de Troia do PSDB.
Quando Príamo, quer dizer, Dilma abrir o olho, os Náufragas, Haras Resendes e Cerras sairão do ventre oco do Cavalo para governar o Brasil.
Na aparência se trata, apenas, de um exercício do Terceiro Turno: ela ganhou mas não leva.
A Economia é monopólio da Casa Grande.
Mas, não é só isso.
Vejam, por exemplo, o que diz o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, responsável em boa parte pela inesperada popularidade do livro “O Capitalismo do Século XXI”, de Piketty, que, como se sabe, deu uma banana à Legião de Honra da França.
http://www.nytimes.com/2015/01/02/opinion/paul-krugman-twin-peaks-planet.html?rref=collection%2Fcolumn%2Fpaul-krugman
Krugman descreve o encorajador fenômeno da ascensão da classe média em países em desenvolvimento, como na China e na Índia (e no Brasil, também).
Ao mesmo tempo, mostra Krugman, a classe média de países “ricos”, como os Estados Unidos, está sendo massacrada e empobrecida.
O que dá razão a Piketty.
No capitalismo do Século XXI, quando o crescimento dos lucros é maior que o da Economia, os ricos se fartam e os pobres se ferram.
E por que a classe média – e os trabalhadores – sofrem tanto nos Estados Unidos?
É aqui que entra a obsessão pelo “ajuste”, amigo navegante.
Lá, como aqui, ”ajuste” é uma obsessão dos ricos.
Por quê?
Krugman explica.
Por causa do desemprego, da estagnação salarial e de políticas econômicas austeras (o tal do “ajuste”) os pobres ficaram cada vez mais distantes dos riscos.
Além disso, a acelerada concentração de riqueza na mão dos poucos ricos se deve exatamente por causa da compressão dos salários, da redução dos benefícios sociais e da destruição dos sindicatos americanos.
Bingo!
A desgraça dos pobres faz a riqueza dos ricos.
Quem diz isso, amigo navegante, não é um furioso marxista fora-de-época, mas um colunista do New York Times.
Mais importante, lembra Krugman, é o enormemente desproporcional poder que os ricos exercem sobre sobre a política econômica.
A prioridade das elites – a obsessiva preocupação com os déficits e a consequente necessidade de cortar gastos sociais – fez muito para aprofundar a desigualdade nos Estados Unidos – conclui Krugman.
Bingo!
É a Casa Grande daqui.
“Ajusta e ferra o pobre!”, em resumo.
O bolo é meu, eu é que tenho o poder – a Globo – e eu divido o bolo como eu quiser.
(Não é à toa que os filhos do Roberto Marinho repudiam o imposto sobre grandes fortunas, uma das armas que Piketty sugere.)
Que história é essa de deixar o pobre subir à classe media e tirar o meu lugar no assento conforto da TAM ?
Que esculhambação é essa?
O amigo navegante deve ter percebido onde se encerra a elegante linguagem do escritor Nobel e começa a do panfletário blogueiro.
O estilo é o homem, diria o FHC, em sua infinita mediocridade.
Mas, a elite é a mesma – lá e cá.
A obsessão pelo “ajuste” nada mais é que tentar conferir Ciência e Espírito Público à usura.
Tão simples assim.
Sabe qual é o maior problema dos defensores do “ajuste”, amigo navegante?
A Casa Grande brasileira não tem ideias.
Como diz um amigo navegante, analista de imposturas tucanas, todos os economistas da Casa Grande pensam a mesma coisa: as ideias do Paul Samuelson mastigadas e remastigadas, como grama na boca de cavalo cansado.
Falta à nossa Casa Grande o Odisseu, que concebeu o Cavalo.
Eles se nutrem de Fernando Henrique, cuja obra mais parecida com o Cavalo de Troia é a P-36.
Em tempo: o amigo navegante se lembra de alguma ideia original que o Padim Pade Cerra, ao longo de 50 anos de vida pública, ofereceu ao distinto público? Dali não sai nada!
Em tempo2: do amigo navegante especialista em imposturas tucanas:
“PH, Alexis de Tocqueville também afirmou, depois de visitar os Estados Unidos, em meados do século XIX, que o capitalismo gera a miséria ao lado da riqueza.”
O amigo navegante deve ter percebido que o PiG e seus urubólogos só pensam naquilo: no “ajuste”.
Todas as manchetes, as “análises”, entrevistas só tratam do “ajuste” – quer dizer, quando não tratam da elegância da Presidenta na posse.
Percebe-se o subterrâneo desejo de transformar o Ministro Levy num Cavalo de Troia do PSDB.
Quando Príamo, quer dizer, Dilma abrir o olho, os Náufragas, Haras Resendes e Cerras sairão do ventre oco do Cavalo para governar o Brasil.
Na aparência se trata, apenas, de um exercício do Terceiro Turno: ela ganhou mas não leva.
A Economia é monopólio da Casa Grande.
Mas, não é só isso.
Vejam, por exemplo, o que diz o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, responsável em boa parte pela inesperada popularidade do livro “O Capitalismo do Século XXI”, de Piketty, que, como se sabe, deu uma banana à Legião de Honra da França.
http://www.nytimes.com/2015/01/02/opinion/paul-krugman-twin-peaks-planet.html?rref=collection%2Fcolumn%2Fpaul-krugman
Krugman descreve o encorajador fenômeno da ascensão da classe média em países em desenvolvimento, como na China e na Índia (e no Brasil, também).
Ao mesmo tempo, mostra Krugman, a classe média de países “ricos”, como os Estados Unidos, está sendo massacrada e empobrecida.
O que dá razão a Piketty.
No capitalismo do Século XXI, quando o crescimento dos lucros é maior que o da Economia, os ricos se fartam e os pobres se ferram.
E por que a classe média – e os trabalhadores – sofrem tanto nos Estados Unidos?
É aqui que entra a obsessão pelo “ajuste”, amigo navegante.
Lá, como aqui, ”ajuste” é uma obsessão dos ricos.
Por quê?
Krugman explica.
Por causa do desemprego, da estagnação salarial e de políticas econômicas austeras (o tal do “ajuste”) os pobres ficaram cada vez mais distantes dos riscos.
Além disso, a acelerada concentração de riqueza na mão dos poucos ricos se deve exatamente por causa da compressão dos salários, da redução dos benefícios sociais e da destruição dos sindicatos americanos.
Bingo!
A desgraça dos pobres faz a riqueza dos ricos.
Quem diz isso, amigo navegante, não é um furioso marxista fora-de-época, mas um colunista do New York Times.
Mais importante, lembra Krugman, é o enormemente desproporcional poder que os ricos exercem sobre sobre a política econômica.
A prioridade das elites – a obsessiva preocupação com os déficits e a consequente necessidade de cortar gastos sociais – fez muito para aprofundar a desigualdade nos Estados Unidos – conclui Krugman.
Bingo!
É a Casa Grande daqui.
“Ajusta e ferra o pobre!”, em resumo.
O bolo é meu, eu é que tenho o poder – a Globo – e eu divido o bolo como eu quiser.
(Não é à toa que os filhos do Roberto Marinho repudiam o imposto sobre grandes fortunas, uma das armas que Piketty sugere.)
Que história é essa de deixar o pobre subir à classe media e tirar o meu lugar no assento conforto da TAM ?
Que esculhambação é essa?
O amigo navegante deve ter percebido onde se encerra a elegante linguagem do escritor Nobel e começa a do panfletário blogueiro.
O estilo é o homem, diria o FHC, em sua infinita mediocridade.
Mas, a elite é a mesma – lá e cá.
A obsessão pelo “ajuste” nada mais é que tentar conferir Ciência e Espírito Público à usura.
Tão simples assim.
Sabe qual é o maior problema dos defensores do “ajuste”, amigo navegante?
A Casa Grande brasileira não tem ideias.
Como diz um amigo navegante, analista de imposturas tucanas, todos os economistas da Casa Grande pensam a mesma coisa: as ideias do Paul Samuelson mastigadas e remastigadas, como grama na boca de cavalo cansado.
Falta à nossa Casa Grande o Odisseu, que concebeu o Cavalo.
Eles se nutrem de Fernando Henrique, cuja obra mais parecida com o Cavalo de Troia é a P-36.
Em tempo: o amigo navegante se lembra de alguma ideia original que o Padim Pade Cerra, ao longo de 50 anos de vida pública, ofereceu ao distinto público? Dali não sai nada!
Em tempo2: do amigo navegante especialista em imposturas tucanas:
“PH, Alexis de Tocqueville também afirmou, depois de visitar os Estados Unidos, em meados do século XIX, que o capitalismo gera a miséria ao lado da riqueza.”
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