Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A decisão da Executiva do PMDB de dar apoio formal à candidatura de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara coloca o Governo Dilma e o PT em um impasse.
Ou aceitam uma composição, com compromissos que serão cumpridos se e até quando as recompensas que puderem obter forem interessantes. ou partem para um confronto e suportam as consequências – gravíssimas – de uma situação de minoria no Congresso.
Eduardo Cunha, por um destes “milagres do mal” que acontecem ao nosso país, tornou-se um “intocável”.
Denúncias, que se acumulam às dúzias contra ele, jamais viram escândalos.
Cunha, cuja carreira começou distribuindo malas – não pensem tolice, eram maletas de telefone celular , um monstrengo naquele início dos anos 90 – a políticos, quando era presidente da Telerj no Governo Collor – sempre foi um “carrapato” político que se permitia aderir às administrações, porque resolvia “problemas” numa área onde há receio de porem-se as mãos.
As lágrimas de Garotinho por indicá-lo – e foi uma das razões do rompimento entre ele e Brizola – “dono” da área de habitação em seu governo no Rio de Janeiro arriscariam recuperar os níveis do Cantareira.
Nos governos petistas, repetiu-se o processo.
Um pedido de audiência de Eduardo Cunha fazia tremer os ministros.
De ódio ou de prazer, conforme o caráter e as ambições de cada ministro.
A atuação de Cunha resume-se a fazer lobbies por interesses, negociais e empresariais.
Cunha não tem ideias, tem interesses.
A denúncia de um dos agentes da rede criminosa da Alberto Youssef de que lhe entregou dinheiro foi, rápida e pressurosamente desmentida pelo advogado que negocia sua delação, como fez com todos os políticos que não são governistas.
Não fosse o belo trabalho do incansável repórter Chico Otávio, de O Globo, não se saberia que a casa onde foi feita a entrega existe e pertence a um agente político do líder do movimento “Aezão” no Rio, Jorge Picciani, parceiro de Eduardo Cunha.
Não é possível afirmar que Michel Temer desejou dar a Cunha o comando real do PMDB ou se o fez apenas para reduzir-se o tamanho de sua derrota.
Mas é necessário dizer que foi, no mínimo, uma impropriedade presidir a punhalada.
O fato, para os que não compreendem o “ecletismo” de Dilma ao compor seu Ministério, é que há a clara tendência de que o Congresso seja conduzido pela Oposição ou, para que não seja, ceder a todas as pressões, exigências e chantagens.
É o preço que se paga pelo silêncio e pela ideia, errônea, de que a polêmica nos enfraquece.
Conceder, compor, tudo isso é necessário e é positivo, porque nos elimina a auto-suficiência no poder.
Mas há um limite: aquele em que o inimigo real é o aliado.
Porque se o Governo estiver com Cunha, o até agora intocável, será Governo.
E o Governo responderá por tudo o que ele, agora o protegido da mídia, tiver revelado amanhã, quando já tiver exercido seu papel.
A decisão da Executiva do PMDB de dar apoio formal à candidatura de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara coloca o Governo Dilma e o PT em um impasse.
Ou aceitam uma composição, com compromissos que serão cumpridos se e até quando as recompensas que puderem obter forem interessantes. ou partem para um confronto e suportam as consequências – gravíssimas – de uma situação de minoria no Congresso.
Eduardo Cunha, por um destes “milagres do mal” que acontecem ao nosso país, tornou-se um “intocável”.
Denúncias, que se acumulam às dúzias contra ele, jamais viram escândalos.
Cunha, cuja carreira começou distribuindo malas – não pensem tolice, eram maletas de telefone celular , um monstrengo naquele início dos anos 90 – a políticos, quando era presidente da Telerj no Governo Collor – sempre foi um “carrapato” político que se permitia aderir às administrações, porque resolvia “problemas” numa área onde há receio de porem-se as mãos.
As lágrimas de Garotinho por indicá-lo – e foi uma das razões do rompimento entre ele e Brizola – “dono” da área de habitação em seu governo no Rio de Janeiro arriscariam recuperar os níveis do Cantareira.
Nos governos petistas, repetiu-se o processo.
Um pedido de audiência de Eduardo Cunha fazia tremer os ministros.
De ódio ou de prazer, conforme o caráter e as ambições de cada ministro.
A atuação de Cunha resume-se a fazer lobbies por interesses, negociais e empresariais.
Cunha não tem ideias, tem interesses.
A denúncia de um dos agentes da rede criminosa da Alberto Youssef de que lhe entregou dinheiro foi, rápida e pressurosamente desmentida pelo advogado que negocia sua delação, como fez com todos os políticos que não são governistas.
Não fosse o belo trabalho do incansável repórter Chico Otávio, de O Globo, não se saberia que a casa onde foi feita a entrega existe e pertence a um agente político do líder do movimento “Aezão” no Rio, Jorge Picciani, parceiro de Eduardo Cunha.
Não é possível afirmar que Michel Temer desejou dar a Cunha o comando real do PMDB ou se o fez apenas para reduzir-se o tamanho de sua derrota.
Mas é necessário dizer que foi, no mínimo, uma impropriedade presidir a punhalada.
O fato, para os que não compreendem o “ecletismo” de Dilma ao compor seu Ministério, é que há a clara tendência de que o Congresso seja conduzido pela Oposição ou, para que não seja, ceder a todas as pressões, exigências e chantagens.
É o preço que se paga pelo silêncio e pela ideia, errônea, de que a polêmica nos enfraquece.
Conceder, compor, tudo isso é necessário e é positivo, porque nos elimina a auto-suficiência no poder.
Mas há um limite: aquele em que o inimigo real é o aliado.
Porque se o Governo estiver com Cunha, o até agora intocável, será Governo.
E o Governo responderá por tudo o que ele, agora o protegido da mídia, tiver revelado amanhã, quando já tiver exercido seu papel.
0 comentários:
Postar um comentário