Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Um amigo meu pergunta no Facebook: “O que a Dilma quer? Convencer todo mundo de que a Petrobras tem que ser privatizada?”
Entrei na conversa.
“Acho que a pergunta certa é: o que a mídia quer com esse bombardeio? Compare com a Sabesp, que está prestes a deixar os paulistanos sem água para dar descarga e ninguém fala nada.”
A Petrobras, para os conservadores, deixou de ser uma empresa petrolífera. Ela se transformou no caminho mais curto para ataques a Dilma e ao PT.
É para isso que a Petrobras serve, hoje: é um instrumento para desestabilizar o governo petista.
Os fatos são minuciosamente escolhidos e manipulados.
Companhias gigantes com ações nas bolsas oscilam extraordinariamente de valor, em certas circunstâncias.
O petróleo enfrenta uma situação particularmente complicada: há um excesso de oferta.
Os preços desabaram.
Os países produtores, agrupados na OPEP, decidiram, até aqui, não responder ao problema com o mecanismo clássico de redução da oferta.
Dentro desse horizonte, todas as empresas do ramo sofrem.
Seu produto vale menos, e consequentemente suas ações também.
Este é o drama real da Petrobras – e de todas as empresas que produzem petróleo.
Todas elas valem menos agora do que valiem antes da recente crise petrolífera. São oscilações de bilhões de dólares.
Normalizada a situação, com o petróleo voltando aos patamares habituais, o valor das empresas oscilará positivamente em vários bilhões de dólares.
Por isso, não adianta você pegar um quadro atípico para tirar conclusões.
Mas é o que a mídia faz, não com o intuito de “salvar a Petrobras”, mas para afundar o PT.
Por mais doída e constrangedora que seja, a questão da corrupção responde apenas por uma parte mínima da perda de valor das ações da Petrobras.
Quando o mercado se normalizar, a Petrobras voltará a valer o que valia antes, bem como todas as corporações do ramo.
A diferença é que o processo de valorização não será notícia.
A Petrobras é sólida o bastante para enfrentar intempéries.
O barulho incessante em torno dela contrasta com o silêncio obsequioso em relação à Sabesp.
O cidadão não é diretamente afetado pela alta ou baixa do petróleo. Mas quando uma empresa que deveria fornecer água entra em colapso, aí sim você tem uma situação de calamidade.
É a escola que pode parar de funcionar. É o banho que pode deixar de ser tomado. É a empresa que pode carecer de água para funcionar.
O drama vinha vindo, sabe-se hoje. No entanto, não foram tomadas providências que reduziriam as ameaças que pairam agora sobre os paulistas.
O motivo da inação criminosa chama-se eleição.
Alckmin não queria correr o risco de perder votos caso houvesse algum tipo de corte na água da população.
Depois, a conta viria, como veio. Mas aí as eleições já teriam passado.
Em nenhum momento a imprensa, ao longo da campanha, cobrou de Alckmin atitudes de interesse público.
A explicação benevolente para isso é que a mídia não tinha noção da gravidade das coisas.
Aí seria um caso de inépcia monumental.
A explicação mais provável é que a imprensa não estava interessada em aprofundar um assunto que poderia custar o cargo do amigo Alckmin.
E assim chegamos ao que estamos vendo agora.
Todos os holofotes se concentram na Petrobras, para a qual tudo se normalizará assim que os preços do petróleo no mercado mundial se restabelecerem.
Enquanto isso, a Sabesp de Alckmin é uma nota de rodapé – ainda que possa faltar aos paulistas água para dar descarga.
Entrei na conversa.
“Acho que a pergunta certa é: o que a mídia quer com esse bombardeio? Compare com a Sabesp, que está prestes a deixar os paulistanos sem água para dar descarga e ninguém fala nada.”
A Petrobras, para os conservadores, deixou de ser uma empresa petrolífera. Ela se transformou no caminho mais curto para ataques a Dilma e ao PT.
É para isso que a Petrobras serve, hoje: é um instrumento para desestabilizar o governo petista.
Os fatos são minuciosamente escolhidos e manipulados.
Companhias gigantes com ações nas bolsas oscilam extraordinariamente de valor, em certas circunstâncias.
O petróleo enfrenta uma situação particularmente complicada: há um excesso de oferta.
Os preços desabaram.
Os países produtores, agrupados na OPEP, decidiram, até aqui, não responder ao problema com o mecanismo clássico de redução da oferta.
Dentro desse horizonte, todas as empresas do ramo sofrem.
Seu produto vale menos, e consequentemente suas ações também.
Este é o drama real da Petrobras – e de todas as empresas que produzem petróleo.
Todas elas valem menos agora do que valiem antes da recente crise petrolífera. São oscilações de bilhões de dólares.
Normalizada a situação, com o petróleo voltando aos patamares habituais, o valor das empresas oscilará positivamente em vários bilhões de dólares.
Por isso, não adianta você pegar um quadro atípico para tirar conclusões.
Mas é o que a mídia faz, não com o intuito de “salvar a Petrobras”, mas para afundar o PT.
Por mais doída e constrangedora que seja, a questão da corrupção responde apenas por uma parte mínima da perda de valor das ações da Petrobras.
Quando o mercado se normalizar, a Petrobras voltará a valer o que valia antes, bem como todas as corporações do ramo.
A diferença é que o processo de valorização não será notícia.
A Petrobras é sólida o bastante para enfrentar intempéries.
O barulho incessante em torno dela contrasta com o silêncio obsequioso em relação à Sabesp.
O cidadão não é diretamente afetado pela alta ou baixa do petróleo. Mas quando uma empresa que deveria fornecer água entra em colapso, aí sim você tem uma situação de calamidade.
É a escola que pode parar de funcionar. É o banho que pode deixar de ser tomado. É a empresa que pode carecer de água para funcionar.
O drama vinha vindo, sabe-se hoje. No entanto, não foram tomadas providências que reduziriam as ameaças que pairam agora sobre os paulistas.
O motivo da inação criminosa chama-se eleição.
Alckmin não queria correr o risco de perder votos caso houvesse algum tipo de corte na água da população.
Depois, a conta viria, como veio. Mas aí as eleições já teriam passado.
Em nenhum momento a imprensa, ao longo da campanha, cobrou de Alckmin atitudes de interesse público.
A explicação benevolente para isso é que a mídia não tinha noção da gravidade das coisas.
Aí seria um caso de inépcia monumental.
A explicação mais provável é que a imprensa não estava interessada em aprofundar um assunto que poderia custar o cargo do amigo Alckmin.
E assim chegamos ao que estamos vendo agora.
Todos os holofotes se concentram na Petrobras, para a qual tudo se normalizará assim que os preços do petróleo no mercado mundial se restabelecerem.
Enquanto isso, a Sabesp de Alckmin é uma nota de rodapé – ainda que possa faltar aos paulistas água para dar descarga.
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