Por Najla Passos, no site Carta Maior:
Em meio ao agravamento da crise política, o Palácio do Planalto decidiu criar uma agenda positiva a partir da comemoração dois anos de implantação do Mais Médicos. Nesta terça (4), a presidenta Dilma Rousseff participou, acompanhada dos seus principais ministros, de uma cerimônia para celebração dos resultados do programa, que ostenta méritos como o de ter levado atendimento médico para os 700 municípios brasileiros e 34 distritos de saúde indígena que não contam com nenhum profissional da área.
Na cerimônia, uma presidenta altiva e sorridente lembrou os percalços enfrentados pelo seu governo para conseguir viabilizar o Mais Médicos, que hoje é unanimidade nacional. “Quero dizer para os senhores que, logo depois, que nós falamos que íamos lançar, e que começaram as críticas, eu recebi vários conselhos para interromper o programa. Não foram nem um, nem dois conselhos, eram sistemáticos conselhos que diziam: Nós vamos ficar muito mal com os médicos”, revelou a presidenta.
Segundo a presidenta, quando o programa foi implantado, “faltava médico em tudo quanto era canto”. “Hoje, nós mudamos essa situação. É importante dizer isso aqui depois de dois anos. Nós mudamos, porque todos os 5.570 municípios deste país possuem médicos. Cada um dos 5.570”, comemorou. Ovacionada por médicos, estudantes de medicina, prefeitos, secretários e conselheiros de saúde, Dilma se viu distante da crise: só ouviu elogios a sua coragem e ousadia por apostar na política pública inicialmente condenada por toda as grandes entidades médicas do país.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro enfatizou os primeiros impactos do Mais Médicos na saúde pública. Segundo ele, só até dezembro do ano passado, os 4.058 municípios que aderiram ao Mais Médicos conseguiram ampliar o número de consultas ofertadas à população em 33%, além de reduzir o número de internações hospitalares em 4%, o que significa a liberação de cerca de 91 mil leitos hospitalares no Sistema Único de Saúde.
O ministro da Educação, Renato Janini, ressaltou a abertura de novas vagas para graduação em medicina e em residência médica, todas elas voltadas para a interiorização. De acordo com ele, o Mais Médicos já garantiu 12,5 mil novas vagas da graduação em medicina e 15,4 mil em residência. E, pela primeira vez na história, a maioria delas longe das capitais. “Estamos travando o bom combate. Estamos conseguindo bons resultados”, sintetizou.
O coordenador nacional do Mais Médicos, Felipe Proenço, lembrou que pesquisa recente divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que 85% dos brasileiros estão muito satisfeitos com o programa: 55% dos atendidos, inclusive, dão nota 10. Dos profissionais brasileiros que já atuam no Mais Médicos, 91% o recomendam para seus colegas. Não por acaso, as mais de 4 mil vagas abertas este ano foram todas elas preenchidas por brasileiros.
Na cerimônia, os ministros da Saúde e da Educação assinaram convênios para a abertura de mais 3 mil vagas de residência médica. E a presidenta Dilma editou o decreto que regulamenta o Cadastro Nacional de Especialidades, considerado o pontapé inicial para a implantação do Programa Mais Especialidades, uma das suas promessas de campanha. “Olê, olê, olê, olá. Dilma, Dilma”, cantavam os convidados, uníssonos.
Sinais da crise
Para quem acompanhava a cerimônia, o maior sinal de que a crise política seguia firme fora dos muros do palácio eram as ausências, especialmente dos parlamentares que, em outras épocas, brigavam por encarar os holofotes ao lado da presidenta. Eram cerca de meia dúzia de senadores e de duas dúzias de deputados, especialmente da bancada PT. Dilma, inclusive, fez questão de citar a todos nominalmente. Nem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nem o do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) compareceram.
Os prefeitos também não eram muitos, se considerados os 4.058 municípios, governados por todos os partidos, que foram beneficiados com médicos do programa. Mas os que se fizeram presentes não hesitaram em enaltecer à iniciativa e à presidenta.
A prefeita do Guarujá (SP), Maria Antonieta de Britto, elogiou o atendimento mais humanizado que o programa conseguiu difundir. “Hoje, não dá mais para pensar o município sem o Mais Médicos. E a população reconhece isso. Eu diria que foi uma revolução no atendimento básico de saúde dos municípios brasileiros”, afirmou
Vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Maguito Viela, prefeito de Aparecida de Goiás (GO), agradeceu a presidenta pela iniciativa em nome dos mais de 5 mil administradores municipais do país. “Esta era a demanda de todos nós, prefeitos do Brasil, porque nós sentíamos na pele a necessidade de todos aqueles que não tinham médicos para atende-los”, declarou.
Para ele, o Mais Médicos é um programa justo e correto, que atende as camadas mais sofridas da sociedade. “é preciso destacar a coragem cívica da presidenta Dilma de adotar este programa em um momento difícil, quando as grandes entidades médicas eram contra”, relembrou.
Em meio ao agravamento da crise política, o Palácio do Planalto decidiu criar uma agenda positiva a partir da comemoração dois anos de implantação do Mais Médicos. Nesta terça (4), a presidenta Dilma Rousseff participou, acompanhada dos seus principais ministros, de uma cerimônia para celebração dos resultados do programa, que ostenta méritos como o de ter levado atendimento médico para os 700 municípios brasileiros e 34 distritos de saúde indígena que não contam com nenhum profissional da área.
Na cerimônia, uma presidenta altiva e sorridente lembrou os percalços enfrentados pelo seu governo para conseguir viabilizar o Mais Médicos, que hoje é unanimidade nacional. “Quero dizer para os senhores que, logo depois, que nós falamos que íamos lançar, e que começaram as críticas, eu recebi vários conselhos para interromper o programa. Não foram nem um, nem dois conselhos, eram sistemáticos conselhos que diziam: Nós vamos ficar muito mal com os médicos”, revelou a presidenta.
Segundo a presidenta, quando o programa foi implantado, “faltava médico em tudo quanto era canto”. “Hoje, nós mudamos essa situação. É importante dizer isso aqui depois de dois anos. Nós mudamos, porque todos os 5.570 municípios deste país possuem médicos. Cada um dos 5.570”, comemorou. Ovacionada por médicos, estudantes de medicina, prefeitos, secretários e conselheiros de saúde, Dilma se viu distante da crise: só ouviu elogios a sua coragem e ousadia por apostar na política pública inicialmente condenada por toda as grandes entidades médicas do país.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro enfatizou os primeiros impactos do Mais Médicos na saúde pública. Segundo ele, só até dezembro do ano passado, os 4.058 municípios que aderiram ao Mais Médicos conseguiram ampliar o número de consultas ofertadas à população em 33%, além de reduzir o número de internações hospitalares em 4%, o que significa a liberação de cerca de 91 mil leitos hospitalares no Sistema Único de Saúde.
O ministro da Educação, Renato Janini, ressaltou a abertura de novas vagas para graduação em medicina e em residência médica, todas elas voltadas para a interiorização. De acordo com ele, o Mais Médicos já garantiu 12,5 mil novas vagas da graduação em medicina e 15,4 mil em residência. E, pela primeira vez na história, a maioria delas longe das capitais. “Estamos travando o bom combate. Estamos conseguindo bons resultados”, sintetizou.
O coordenador nacional do Mais Médicos, Felipe Proenço, lembrou que pesquisa recente divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que 85% dos brasileiros estão muito satisfeitos com o programa: 55% dos atendidos, inclusive, dão nota 10. Dos profissionais brasileiros que já atuam no Mais Médicos, 91% o recomendam para seus colegas. Não por acaso, as mais de 4 mil vagas abertas este ano foram todas elas preenchidas por brasileiros.
Na cerimônia, os ministros da Saúde e da Educação assinaram convênios para a abertura de mais 3 mil vagas de residência médica. E a presidenta Dilma editou o decreto que regulamenta o Cadastro Nacional de Especialidades, considerado o pontapé inicial para a implantação do Programa Mais Especialidades, uma das suas promessas de campanha. “Olê, olê, olê, olá. Dilma, Dilma”, cantavam os convidados, uníssonos.
Sinais da crise
Para quem acompanhava a cerimônia, o maior sinal de que a crise política seguia firme fora dos muros do palácio eram as ausências, especialmente dos parlamentares que, em outras épocas, brigavam por encarar os holofotes ao lado da presidenta. Eram cerca de meia dúzia de senadores e de duas dúzias de deputados, especialmente da bancada PT. Dilma, inclusive, fez questão de citar a todos nominalmente. Nem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nem o do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) compareceram.
Os prefeitos também não eram muitos, se considerados os 4.058 municípios, governados por todos os partidos, que foram beneficiados com médicos do programa. Mas os que se fizeram presentes não hesitaram em enaltecer à iniciativa e à presidenta.
A prefeita do Guarujá (SP), Maria Antonieta de Britto, elogiou o atendimento mais humanizado que o programa conseguiu difundir. “Hoje, não dá mais para pensar o município sem o Mais Médicos. E a população reconhece isso. Eu diria que foi uma revolução no atendimento básico de saúde dos municípios brasileiros”, afirmou
Vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Maguito Viela, prefeito de Aparecida de Goiás (GO), agradeceu a presidenta pela iniciativa em nome dos mais de 5 mil administradores municipais do país. “Esta era a demanda de todos nós, prefeitos do Brasil, porque nós sentíamos na pele a necessidade de todos aqueles que não tinham médicos para atende-los”, declarou.
Para ele, o Mais Médicos é um programa justo e correto, que atende as camadas mais sofridas da sociedade. “é preciso destacar a coragem cívica da presidenta Dilma de adotar este programa em um momento difícil, quando as grandes entidades médicas eram contra”, relembrou.
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