Por Renato Rovai, em seu blog:
Abri um post no início do panelaço no meu perfil pessoal do Facebook, com o seguinte texto:
“Povo lindo deste Brasil que tal dizer como estão as manifestações em cada canto. Começo por aqui. Na Vila Madalena o barulho é grande, mas talvez menor do que o da primeira vez. Há alguns ensandecidos gritando Fora Dilma e Fora PT e xingando de coisas que prefiro não escrever aqui. Uns tantos batendo panela. E outros piscando a luz. É grande, mas imaginei que seria pior.”
Muita gente interagiu e continua passando impressões. Desde Brasília e Belém, passando pelos bairros de grife de São Paulo, como Jardins, Vila Madalena e Vila Mariana, até os mais do canto da cidade, como o Grajaú, Penha. Também rolaram avaliações de Copacabana e Leblon, de Guarulhos, de Santos, de Fortaleza, de João Pessoa, Belo Horizonte, Recife, Niteroi, São Gonçalo, Londrina, Jardins Mangueira, perto de Brasília, Sorocaba, Mauá, São Bernardo, Ourinhos, Campos de Jordão, Muribeca enfim de dezenas de lugares.
E também houve quem além passar suas impressões, registrou o conteúdo do que ouvia, como a Marcela Lima:
“Na Vila Mariana tá um inferno! E o que eu ouvi de puta, vagabunda, vadia, burra e afins não dá nem pra contar”
Esse povo de fato é muito educado. E nada machista.
Relendo os comentários do post que você pode conferir aqui eu diria:
1) Que nos lugares mais classe média alta, os barulhos ficaram menores.
2) Que nos bairros e cidades de classe média baixa, a coisa pode ter se intensificado um pouco. Porque alguns relatos registram que nesses lugares onde não havia tipo panelaço das outras vezes e agora rolou um barulho.
3) Que no Nordeste os protestos chegaram, mas nada assustador.
4) Que nas zonas mais pobres as pessoas não se animaram ainda para fazer barulho.
Esse comentário da Keilla Paiva é simbolicamente representativo disso:
“Moro em Natal-RN Em um lugar divisa entre dois bairros, um de elite (Petrópolis ) e outro periférico ( Mãe Luíza) . Foi impressionante ouvir as panelas apenas do alto dos prédios caros, o morro permaneceu silencioso, parecia um luto ou uma tristeza por não concordar com essa manifestação. Me enchi de orgulho de não fazer parte dessa manifestação que pelo visto, não é pelo povo.”
Isso, evidentemente, é uma avaliação a partir de 150 comentários. Não tem nada de científico. Mas pode dar algumas pistas.
A principal é que se a rejeição ao governo de Dilma bateu pesado na base social histórica do PT, os protestos anda não.
Outra coisa é que nos setores mais abastados, o pique da radicalização pode estar diminuindo, mas ainda é grande e já chegou na classe trabalhadora que se considera classe média.
Também dá pra arriscar disse que este programa do PT pode ter um efeito menos desastroso do que muita gente esperava.
Seu argumento principal é forte: a crise econômica não pode se tornar política. E o Brasil de hoje é muito melhor do que em outras crises.
Muita gente que votou em Dilma e que não está na linha do ódio, pode estar refletindo agora sobre isso. E pode dar um crédito para o governo.
Mas para que isso possa vir a dar certo, Dilma precisa se mexer logo. Fazer uma reforma ministerial consistente e inteligente. E anunciar um pacto com o país, com metas claras para voltar a ter o seu eleitor de volta. Ela não precisa ganhar os outros. Bastam os que votaram nela há 8 meses atrás.
“Povo lindo deste Brasil que tal dizer como estão as manifestações em cada canto. Começo por aqui. Na Vila Madalena o barulho é grande, mas talvez menor do que o da primeira vez. Há alguns ensandecidos gritando Fora Dilma e Fora PT e xingando de coisas que prefiro não escrever aqui. Uns tantos batendo panela. E outros piscando a luz. É grande, mas imaginei que seria pior.”
Muita gente interagiu e continua passando impressões. Desde Brasília e Belém, passando pelos bairros de grife de São Paulo, como Jardins, Vila Madalena e Vila Mariana, até os mais do canto da cidade, como o Grajaú, Penha. Também rolaram avaliações de Copacabana e Leblon, de Guarulhos, de Santos, de Fortaleza, de João Pessoa, Belo Horizonte, Recife, Niteroi, São Gonçalo, Londrina, Jardins Mangueira, perto de Brasília, Sorocaba, Mauá, São Bernardo, Ourinhos, Campos de Jordão, Muribeca enfim de dezenas de lugares.
E também houve quem além passar suas impressões, registrou o conteúdo do que ouvia, como a Marcela Lima:
“Na Vila Mariana tá um inferno! E o que eu ouvi de puta, vagabunda, vadia, burra e afins não dá nem pra contar”
Esse povo de fato é muito educado. E nada machista.
Relendo os comentários do post que você pode conferir aqui eu diria:
1) Que nos lugares mais classe média alta, os barulhos ficaram menores.
2) Que nos bairros e cidades de classe média baixa, a coisa pode ter se intensificado um pouco. Porque alguns relatos registram que nesses lugares onde não havia tipo panelaço das outras vezes e agora rolou um barulho.
3) Que no Nordeste os protestos chegaram, mas nada assustador.
4) Que nas zonas mais pobres as pessoas não se animaram ainda para fazer barulho.
Esse comentário da Keilla Paiva é simbolicamente representativo disso:
“Moro em Natal-RN Em um lugar divisa entre dois bairros, um de elite (Petrópolis ) e outro periférico ( Mãe Luíza) . Foi impressionante ouvir as panelas apenas do alto dos prédios caros, o morro permaneceu silencioso, parecia um luto ou uma tristeza por não concordar com essa manifestação. Me enchi de orgulho de não fazer parte dessa manifestação que pelo visto, não é pelo povo.”
Isso, evidentemente, é uma avaliação a partir de 150 comentários. Não tem nada de científico. Mas pode dar algumas pistas.
A principal é que se a rejeição ao governo de Dilma bateu pesado na base social histórica do PT, os protestos anda não.
Outra coisa é que nos setores mais abastados, o pique da radicalização pode estar diminuindo, mas ainda é grande e já chegou na classe trabalhadora que se considera classe média.
Também dá pra arriscar disse que este programa do PT pode ter um efeito menos desastroso do que muita gente esperava.
Seu argumento principal é forte: a crise econômica não pode se tornar política. E o Brasil de hoje é muito melhor do que em outras crises.
Muita gente que votou em Dilma e que não está na linha do ódio, pode estar refletindo agora sobre isso. E pode dar um crédito para o governo.
Mas para que isso possa vir a dar certo, Dilma precisa se mexer logo. Fazer uma reforma ministerial consistente e inteligente. E anunciar um pacto com o país, com metas claras para voltar a ter o seu eleitor de volta. Ela não precisa ganhar os outros. Bastam os que votaram nela há 8 meses atrás.
4 comentários:
As manifestações de panelaço, me fez pensar que a burguesia (burguesia fede, cantou cazuza), tem saudades do tempo que pobre batia em sua porta pedindo um pão, caminhões de pau de arara migravam do nordeste brasileiros, milhoes de crianças pobres sem futuro por que não estudavam, milhões de doentes sem consultas e por conseguintes sem diagnosticos e expectativa de cura, estas panelas doem não no partido ou a quem administra o Brasil, doe em mim que viu a tempos a tras isto tudo e com possiblididade heje de retornar, por que quem bate panela esta com saudade talves de ver os pobres do geito que eles sempres viraram MENDIGANDO.
aqui em salvador em meu bairro que é de classe media teve panelas mas tambem escutei muito "éee Dilmaa" inclusive eu gritei. escutei tambem fogos na mesma hora das penelas, e 2° li no twitter a rapaziada tava marcando pra soltar fogos a favor de Dilma no horario do programa eleitoral. ao menos ja ouvi alguns reagirem e ouve esse contraponto a essa classe media metida a rica.os ricos de verdade querem é que a classe media se exploda.
Caro, parece que agora já é tarde. Só se faz pactos com forças supostamente equivalentes. O governo, estando fraco, não tem condições de propôr pacto. È muito triste
Exposição prolongada ao PIG provoca paralisia do globo ocular e pânico, seguido de comentários: eles odeiam a Dilma, parece que vão derrubar a Presidente, prometem o fim da 'corrupção que está ai', pretendem restaurar a honestidade. Agora prendemos corrupto e corruptor, achacado e... Zé Dirceu.
Postar um comentário