Por Mariana Serafini, no site da UJS:
Nesta semana acompanhamos um dos mais importantes avanços dos últimos tempos, vimos o governo da Colômbia e as Farc firmarem um acordo que estipula um prazo de seis meses para pôr fim ao conflito no país. Já passam de 60 anos de guerra.
Nossos pais nasceram, cresceram e a Colômbia já estava tomada por um (aparentemente) interminável conflito civil. Nossa geração presenciou diversos episódios emblemáticos deste processo, como sequestros de anos que chegaram ao fim, com negociações dignas de produções hollywoodianas, até tentativas frustradas de acordos de paz.
No entanto, desta vez podemos, finalmente, cultivar a esperança de que a Colômbia vai avançar rumo ao fim do conflito. Os Diálogos de Paz, que acontecem em Cuba desde 2012, têm tido sucesso com uma série de investigações e audiências de comissões da verdade e o acordo firmado pelas duas partes prevê que em 60 dias as Farc abandonam as armas. O governo se comprometeu em anistiar crimes políticos e conexos – da guerrilha e do exército – e trabalhar pela reparação e justiça para as vítimas.
Mas, o que Brasil tem a ver com isso? Além de se tratar do fim de todo tipo de violação dos direitos humanos contra um povo irmão, ainda podemos avançar rumo à soberania da América Latina. O conflito na Colômbia é um dos argumentos utilizados pelos Estados Unidos para manter bases militares e controle bélico no nosso continente. Se a guerra civil termina, não sobram mais resquícios de “dependência” do país do Norte. Ou seja, nada de garras ianques ocupando nosso território. Parece o suficiente para estarmos minimamente envolvidos no processo.
Uma vitória como esta, que ainda não significa uma solução final, mas um passo realmente sólido para isso, nos dá subsídios para seguirmos avançando. O caminho para o socialismo – aquele com a nossa cara – passa por diversas etapas e uma delas é o fortalecimento do processo progressista que vive o continente. Não é à toa que a direita está raivosa e parte para cima deste projeto anti-imperialista não só no Brasil, mas em vários outros países latino-americanos, entre eles a Argentina e a Venezuela.
A elite raivosa de hoje é a mesma dos anos 60 e 70 que apoiou e financiou as ditaduras militares mais sanguinárias da nossa história. E os motivos deles hoje ainda são os mesmos, eles têm uma agenda neoliberal pronta para ser aplicada, assim como já fizeram e levaram o Brasil e nossos vizinhos à banca rota.
Não é só ó ódio de classe que os move, isso também, mas eles têm seus interesse duramente golpeados a cada nova conquista social, a cada projeto de inclusão, a cada programa assistencial que melhora a vida dos pobres e amplia a distribuição de renda. Por isso a resistência do povo e a defesa da constitucionalidade do processo que vivemos é fundamental para seguirmos avançando.
A América Latina unida é mais forte para não se curvar aos interesses imperialistas e deixar claro que somos um território soberano que não aceita mais ser tratado como quintal colonizado. Em novembro completa dez anos que enterramos a Alca, um projeto ambicioso do imperialismo para explorar nosso território. É uma vitória importante a ser comemorada, assim como o processo de paz da Colômbia que avança a passos largos. Os mecanismos de integração criados e fortalecidos na última década, como a Celac, a Unasul e o Mercosul são um esboço dos anseios de Simón Bolívar de construir uma Pátria Grande. São estas conquistas que nos tornam soberanos e capazes de caminhar juntos rumo ao socialismo.
Avante!
Nesta semana acompanhamos um dos mais importantes avanços dos últimos tempos, vimos o governo da Colômbia e as Farc firmarem um acordo que estipula um prazo de seis meses para pôr fim ao conflito no país. Já passam de 60 anos de guerra.
Nossos pais nasceram, cresceram e a Colômbia já estava tomada por um (aparentemente) interminável conflito civil. Nossa geração presenciou diversos episódios emblemáticos deste processo, como sequestros de anos que chegaram ao fim, com negociações dignas de produções hollywoodianas, até tentativas frustradas de acordos de paz.
No entanto, desta vez podemos, finalmente, cultivar a esperança de que a Colômbia vai avançar rumo ao fim do conflito. Os Diálogos de Paz, que acontecem em Cuba desde 2012, têm tido sucesso com uma série de investigações e audiências de comissões da verdade e o acordo firmado pelas duas partes prevê que em 60 dias as Farc abandonam as armas. O governo se comprometeu em anistiar crimes políticos e conexos – da guerrilha e do exército – e trabalhar pela reparação e justiça para as vítimas.
Mas, o que Brasil tem a ver com isso? Além de se tratar do fim de todo tipo de violação dos direitos humanos contra um povo irmão, ainda podemos avançar rumo à soberania da América Latina. O conflito na Colômbia é um dos argumentos utilizados pelos Estados Unidos para manter bases militares e controle bélico no nosso continente. Se a guerra civil termina, não sobram mais resquícios de “dependência” do país do Norte. Ou seja, nada de garras ianques ocupando nosso território. Parece o suficiente para estarmos minimamente envolvidos no processo.
Uma vitória como esta, que ainda não significa uma solução final, mas um passo realmente sólido para isso, nos dá subsídios para seguirmos avançando. O caminho para o socialismo – aquele com a nossa cara – passa por diversas etapas e uma delas é o fortalecimento do processo progressista que vive o continente. Não é à toa que a direita está raivosa e parte para cima deste projeto anti-imperialista não só no Brasil, mas em vários outros países latino-americanos, entre eles a Argentina e a Venezuela.
A elite raivosa de hoje é a mesma dos anos 60 e 70 que apoiou e financiou as ditaduras militares mais sanguinárias da nossa história. E os motivos deles hoje ainda são os mesmos, eles têm uma agenda neoliberal pronta para ser aplicada, assim como já fizeram e levaram o Brasil e nossos vizinhos à banca rota.
Não é só ó ódio de classe que os move, isso também, mas eles têm seus interesse duramente golpeados a cada nova conquista social, a cada projeto de inclusão, a cada programa assistencial que melhora a vida dos pobres e amplia a distribuição de renda. Por isso a resistência do povo e a defesa da constitucionalidade do processo que vivemos é fundamental para seguirmos avançando.
A América Latina unida é mais forte para não se curvar aos interesses imperialistas e deixar claro que somos um território soberano que não aceita mais ser tratado como quintal colonizado. Em novembro completa dez anos que enterramos a Alca, um projeto ambicioso do imperialismo para explorar nosso território. É uma vitória importante a ser comemorada, assim como o processo de paz da Colômbia que avança a passos largos. Os mecanismos de integração criados e fortalecidos na última década, como a Celac, a Unasul e o Mercosul são um esboço dos anseios de Simón Bolívar de construir uma Pátria Grande. São estas conquistas que nos tornam soberanos e capazes de caminhar juntos rumo ao socialismo.
Avante!
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