Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
É desanimador ver que, numa pesquisa, os brasileiros disseram que o maior problema nacional é a corrupção.
Só pode ser o resultado da intoxicação mental provocada pela mídia.
No mundo, a maior tragédia é a desigualdade. Isto já se tornou um consenso. Do Papa a líderes políticos que se reúnem em lugares como Davos, é unânime a opinião de que não existe nada mais premente para o futuro da humanidade do que reduzir a iniquidade.
E no Brasil, um país assolado por uma desigualdade abjeta há séculos, este não parece ser um problema grave.
Ora, ora, ora.
Quantas vezes você viu jornais e revistas fazerem uma campanha por uma sociedade mais igualitária?
Nunca.
Quantas vezes você vê denúncias de corrupção, todas, aliás, voltadas contra um lado só, e muitas delas sem nenhuma consistência?
Inúmeras.
Isso ocorre por uma conveniência mesquinha das famílias que controlam a imprensa. Elas são beneficiárias da desigualdade. Lucram com ela, e copiosamente. A família mais rica do Brasil é a Marinho.
Atacar a desigualdade significa extirpar privilégios dos barões da mídia e da classe que representam e defendem.
Portanto, nem uma palavra.
Focar na corrupção é desviar o foco da real tragédia brasileira.
Não que a corrupção seja desimportante. Mas é cínico não dizer que a corrupção, numa sociedade, é tanto maior quanto mais iníqua ela é.
Não à toa, os países menos corruptos do mundo, os escandinavos, são também os mais igualitários.
Não se tolera, ali, roubalheira. Apanhado, você vira um pária. Um sistema igualitário simplesmente não pode ser erguido com corrupção. O fundamento dele é a transparência, a integridade, a frugalidade – tudo, enfim, que se opõe à corrupção.
Quantos dias duraria no cargo, na Escandinávia, um político do naipe de Eduardo Cunha depois de pilhado em flagrante? Não dá para falar em dias, e sim em horas.
Que a mídia jamais tivesse combatido a desigualdade é compreensível.
O que realmente não dá para entender é que o PT tenha sido tão tíbio, em seus anos de poder, em catequizar os brasileiros sobre os horrores de uma sociedade injusta.
Compare com a pregação contínua do Papa Francisco. Já na escolha do nome Francisco o papa promoveu a ideia da igualdade. Francisco não perde uma chance de denunciar a desigualdade.
Tivesse o PT feito o mesmo, não teríamos hoje uma nação tão entorpecida em relação ao que Rousseau chamou de “extremos de opulência e miséria”.
Tantos bilhões investidos em publicidade em jornais e revistas, e nunca o governo fez uma campanha vigorosa contra a desigualdade.
Perdemos todos.
Só pode ser o resultado da intoxicação mental provocada pela mídia.
No mundo, a maior tragédia é a desigualdade. Isto já se tornou um consenso. Do Papa a líderes políticos que se reúnem em lugares como Davos, é unânime a opinião de que não existe nada mais premente para o futuro da humanidade do que reduzir a iniquidade.
E no Brasil, um país assolado por uma desigualdade abjeta há séculos, este não parece ser um problema grave.
Ora, ora, ora.
Quantas vezes você viu jornais e revistas fazerem uma campanha por uma sociedade mais igualitária?
Nunca.
Quantas vezes você vê denúncias de corrupção, todas, aliás, voltadas contra um lado só, e muitas delas sem nenhuma consistência?
Inúmeras.
Isso ocorre por uma conveniência mesquinha das famílias que controlam a imprensa. Elas são beneficiárias da desigualdade. Lucram com ela, e copiosamente. A família mais rica do Brasil é a Marinho.
Atacar a desigualdade significa extirpar privilégios dos barões da mídia e da classe que representam e defendem.
Portanto, nem uma palavra.
Focar na corrupção é desviar o foco da real tragédia brasileira.
Não que a corrupção seja desimportante. Mas é cínico não dizer que a corrupção, numa sociedade, é tanto maior quanto mais iníqua ela é.
Não à toa, os países menos corruptos do mundo, os escandinavos, são também os mais igualitários.
Não se tolera, ali, roubalheira. Apanhado, você vira um pária. Um sistema igualitário simplesmente não pode ser erguido com corrupção. O fundamento dele é a transparência, a integridade, a frugalidade – tudo, enfim, que se opõe à corrupção.
Quantos dias duraria no cargo, na Escandinávia, um político do naipe de Eduardo Cunha depois de pilhado em flagrante? Não dá para falar em dias, e sim em horas.
Que a mídia jamais tivesse combatido a desigualdade é compreensível.
O que realmente não dá para entender é que o PT tenha sido tão tíbio, em seus anos de poder, em catequizar os brasileiros sobre os horrores de uma sociedade injusta.
Compare com a pregação contínua do Papa Francisco. Já na escolha do nome Francisco o papa promoveu a ideia da igualdade. Francisco não perde uma chance de denunciar a desigualdade.
Tivesse o PT feito o mesmo, não teríamos hoje uma nação tão entorpecida em relação ao que Rousseau chamou de “extremos de opulência e miséria”.
Tantos bilhões investidos em publicidade em jornais e revistas, e nunca o governo fez uma campanha vigorosa contra a desigualdade.
Perdemos todos.
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