Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:
Muita gente pensa que, como gênero, a marchinha de carnaval estaria em extinção. Não está! Se fosse preciso, a seleção aqui apresentada demonstra esta verdade.
São marchas que estão absolutamente dentro da tradição temática do gênero, e que não perdem a chance de rir dos acontecimentos, das pretensões da direita e dos conservadores que querem travar qualquer progresso que beneficie os brasileiros.
Retomam as dores do amor de sempre, mas os motivos do riso são, com força, os males da política. Prosa, Poesia e Arte fez uma seleção de marchinhas lançadas em 2016, entre elas a Veja, interpretada pela jornalista do Vermelho, Railídia Carvalho!
Vale a pena conferir:
Veja (Danilo Medeiros / Fernando Szegeri)
Veja que tamanha hipocrisia / A falácia é tua linha de conduta / A mentira o alicerce dessa atroz alegoria / A intriga tua cicuta / Tua inspiração é a torpeza / Vendes por virtude covardia / Arde em teu peito a pira de ódio acesa / a calcinar tua valia / Veja quem a comprou tua coragem? / Onde foi tua grandeza? / Como resgatar a honestidade / Soterrada entre escombros da avareza? / Quem alienou o teu juízo? / Veja onde está tua verdade? / Te arrastas sobre espinhos / Tão pérfidos, daninhos / que plantaste em teu jardim de soledade.
Xinga o Cunha
No Brasil de muitos Chicos quem xinga o Cunha sou eu / Sou eu, sou eu, sou eu / Quem grita bem alto aqui que o golpe já morreu / Pimenta no Cunha dos outros é refresco / É refresco, é refresco / Bate panela pra mudança, pra mudança / E se afoga cada vez que esse Cunha dança / E se afoga cada vez que esse Cunha dança / Ô Cunha, Ô Cunha, não me leve a mal / Quem está no seu encalço é o japonês da federal.
Impitiman, meu zôvo
No Cunha dos outros é refresco / Coxinhas espalhadas pelo chão / A fome jaz para o meu povo / Impitiman, meu zôvo / Na cueca não, na cueca não / Pia o piu piu com bico de pelicano / Na meia não, na meia não / A bactéria do chulé também gritando / Na bolsa uma rodadinha / Depois uma rodinha fazendo uma oração / Orar após o roubo enjoa qualquer um / Seja ateu, seja cristão.
Ô Culpa o Cunha
Calar a boca do povo é o que você quer / Trabalhador não é bobo, não precisa de colher / Se temos o tambor não tem censura doutor / Temos cultura na raça, ginga meu senhor / Se não tem alegria, a nossa folia vai ter que escutar / Se não tem alegria, vai já pra Suiça, deixa de de piti / Vai, vai enRollemberg e leva o Cunha pra ti.
Adeus Amélia
Améila não existe mais / O mundo mudou meu amor / Não queira que eu seja ela / Adeus, Adeus Amélia / João cozinhe o seu feijão / Torquato guarde o seu sapato / Fora Cunha, Fora Cunha.
São marchas que estão absolutamente dentro da tradição temática do gênero, e que não perdem a chance de rir dos acontecimentos, das pretensões da direita e dos conservadores que querem travar qualquer progresso que beneficie os brasileiros.
Retomam as dores do amor de sempre, mas os motivos do riso são, com força, os males da política. Prosa, Poesia e Arte fez uma seleção de marchinhas lançadas em 2016, entre elas a Veja, interpretada pela jornalista do Vermelho, Railídia Carvalho!
Vale a pena conferir:
Veja (Danilo Medeiros / Fernando Szegeri)
Veja que tamanha hipocrisia / A falácia é tua linha de conduta / A mentira o alicerce dessa atroz alegoria / A intriga tua cicuta / Tua inspiração é a torpeza / Vendes por virtude covardia / Arde em teu peito a pira de ódio acesa / a calcinar tua valia / Veja quem a comprou tua coragem? / Onde foi tua grandeza? / Como resgatar a honestidade / Soterrada entre escombros da avareza? / Quem alienou o teu juízo? / Veja onde está tua verdade? / Te arrastas sobre espinhos / Tão pérfidos, daninhos / que plantaste em teu jardim de soledade.
Xinga o Cunha
No Brasil de muitos Chicos quem xinga o Cunha sou eu / Sou eu, sou eu, sou eu / Quem grita bem alto aqui que o golpe já morreu / Pimenta no Cunha dos outros é refresco / É refresco, é refresco / Bate panela pra mudança, pra mudança / E se afoga cada vez que esse Cunha dança / E se afoga cada vez que esse Cunha dança / Ô Cunha, Ô Cunha, não me leve a mal / Quem está no seu encalço é o japonês da federal.
Impitiman, meu zôvo
No Cunha dos outros é refresco / Coxinhas espalhadas pelo chão / A fome jaz para o meu povo / Impitiman, meu zôvo / Na cueca não, na cueca não / Pia o piu piu com bico de pelicano / Na meia não, na meia não / A bactéria do chulé também gritando / Na bolsa uma rodadinha / Depois uma rodinha fazendo uma oração / Orar após o roubo enjoa qualquer um / Seja ateu, seja cristão.
Ô Culpa o Cunha
Calar a boca do povo é o que você quer / Trabalhador não é bobo, não precisa de colher / Se temos o tambor não tem censura doutor / Temos cultura na raça, ginga meu senhor / Se não tem alegria, a nossa folia vai ter que escutar / Se não tem alegria, vai já pra Suiça, deixa de de piti / Vai, vai enRollemberg e leva o Cunha pra ti.
Adeus Amélia
Améila não existe mais / O mundo mudou meu amor / Não queira que eu seja ela / Adeus, Adeus Amélia / João cozinhe o seu feijão / Torquato guarde o seu sapato / Fora Cunha, Fora Cunha.
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