Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:
O senador José Serra (PSDB-SP) é um dos principais articuladores do impeachment para derrubar a presidente Dilma Rousseff do cargo, em parceria com o atual vice-presidente, Michel Temer. Os dois já discutem, sem nenhum pudor, nomes para o ministério de um eventual novo governo, caso Dilma seja destituída da Presidência da República.
Pela lógica do tucano, o peemedebista assumiria a Presidência com o compromisso de não tentar a reeleição. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso capitanearia a lista do ministério de Temer. Ao lado de FHC, aparecem ainda outras figuras do staff tucano, como Armínio Fraga e Nelson Jobim.
A articulação é relatada por Serra abertamente na entrevista que concedeu ao Estadão, publicada nesta segunda (21). “Eu ouvi outro dia uma expressão muito feliz do ex-ministro Nelson Jobim: nós devemos ter um ministério surpreendentemente bom, que seja uma surpresa em matéria de boa qualidade”, ressalta em um dos trechos da entrevista.
Para colocar em prática o chamado Plano de Reconstrução Nacional, o tucano também articula com setores do empresariado, mercado e judiciário.
Sem querer, ele deixa claro que empresários apostam no aprofundamento da crise econômica para intensificar a crise política. “Um presidente de uma multinacional que opera no Brasil disse que ia postergar por dois anos um investimento de R$ 6 bilhões porque não sabe o que vai acontecer”, diz o senador em outra passagem da entrevista.
Os interesses que estão por trás do golpe em marcha ficam ainda mais claros quando Serra fala sobre a Petrobras. “Na Petrobras, seria preciso seguir a política do Banco do Brasil, que privatizou a área de seguros e arrecada um bom dinheiro. É o que a Petrobrás deveria fazer com a BR Distribuidora, para passar de ser uma área de desvios políticos para uma área que ajude a Petrobrás.”
Na verdade, Serra não está preocupado com a corrupção que ocorreu na companhia petrolífera, sua real intenção é colocar em prática o desmonte da empresa para abrir definitivamente o pré-sal ao capital privado internacional. O WikiLeaks já desmascarou a artimanha do tucano, ao revelar o acordo entre ele e a petroleira estadunidense Chevron.
Se Serra estivesse de fato interessado em combater a corrupção, não se aliaria ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu acusado de corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, para liderar o processo de impeachment contra uma presidente que até agora não paira nenhuma acusação de ter sido corrupta.
O senador José Serra (PSDB-SP) é um dos principais articuladores do impeachment para derrubar a presidente Dilma Rousseff do cargo, em parceria com o atual vice-presidente, Michel Temer. Os dois já discutem, sem nenhum pudor, nomes para o ministério de um eventual novo governo, caso Dilma seja destituída da Presidência da República.
Pela lógica do tucano, o peemedebista assumiria a Presidência com o compromisso de não tentar a reeleição. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso capitanearia a lista do ministério de Temer. Ao lado de FHC, aparecem ainda outras figuras do staff tucano, como Armínio Fraga e Nelson Jobim.
A articulação é relatada por Serra abertamente na entrevista que concedeu ao Estadão, publicada nesta segunda (21). “Eu ouvi outro dia uma expressão muito feliz do ex-ministro Nelson Jobim: nós devemos ter um ministério surpreendentemente bom, que seja uma surpresa em matéria de boa qualidade”, ressalta em um dos trechos da entrevista.
Para colocar em prática o chamado Plano de Reconstrução Nacional, o tucano também articula com setores do empresariado, mercado e judiciário.
Sem querer, ele deixa claro que empresários apostam no aprofundamento da crise econômica para intensificar a crise política. “Um presidente de uma multinacional que opera no Brasil disse que ia postergar por dois anos um investimento de R$ 6 bilhões porque não sabe o que vai acontecer”, diz o senador em outra passagem da entrevista.
Os interesses que estão por trás do golpe em marcha ficam ainda mais claros quando Serra fala sobre a Petrobras. “Na Petrobras, seria preciso seguir a política do Banco do Brasil, que privatizou a área de seguros e arrecada um bom dinheiro. É o que a Petrobrás deveria fazer com a BR Distribuidora, para passar de ser uma área de desvios políticos para uma área que ajude a Petrobrás.”
Na verdade, Serra não está preocupado com a corrupção que ocorreu na companhia petrolífera, sua real intenção é colocar em prática o desmonte da empresa para abrir definitivamente o pré-sal ao capital privado internacional. O WikiLeaks já desmascarou a artimanha do tucano, ao revelar o acordo entre ele e a petroleira estadunidense Chevron.
Se Serra estivesse de fato interessado em combater a corrupção, não se aliaria ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu acusado de corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, para liderar o processo de impeachment contra uma presidente que até agora não paira nenhuma acusação de ter sido corrupta.
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