Por Renato Rovai, em seu blog:
O bom dia de hoje vem da Disney, um parque imbecilizado que leva centenas de milhares de brasileiros a gastar o que não tem para realizar o sonho americano que, entre outras coisas, é tirar fotos com o Pateta e andar em brinquedos que já causaram vários acidentes com crianças e adolescentes, como se pode ver numa rápida busca no Google.
Mas não é só no parque de diversão que esses riscos estão presentes. A Disney também tem resorts temáticos. Num deles, no Disney´s Grand Floridian Resort, uma criança de 2 anos foi arrastada na noite de ontem por um jacaré e até o momento da publicação deste texto não havia sido encontrada. Ou seja, provavelmente morreu afogada ou devorada pelo animal.
Num outro resort, em 2014, uma cobra caiu de uma árvore e picou uma criança de oito anos. A avó do menino, ao ver a cena, teve um ataque cardíaco e morreu.
Num zoológico de Cincinatti, no mês passado, um gorila arrastou uma criança para o seu recinto e quase a matou. Só não o fez porque foi alvejado e morto por um dos seguranças do local. O que, aliás, gerou protestos por todo o país de entidades defensoras dos direitos dos animais. Algo que provavelmente não vai acontecer contra a Disney pela provável morte do garoto de 2 anos.
Esses parques fakes são uma aberração em qualquer parte do mundo, mas nos EUA são ainda piores porque se vendem como seguros e atuam no imaginário global, a partir da ação de Hollywood, como se fossem a ilha da fantasia da diversão. E que sem ir visitá-la ao menos uma vez na vida, uma criança não poderá se dizer feliz.
Por isso, o assassinato, na mesma Orlando, da Disney, de 49 pessoas que estavam no ClubePulse, uma balada LGBT, não pode ser tratada como um ponto fora da curva.
Omar Matten, o assassino, nasceu nos EUA, estudou nos EUA, cresceu nos EUA e comprou com toda a tranquilidade e de forma legal a arma que matou as 49 pessoas neste mesmo país.
A sociedade americana está longe de ser o exemplo de democracia global e muito menos o parque de diversões planetário. Ela é uma sociedade adoentada, com hábitos de consumo bizarros e que se orgulha do seu ódio que hoje se expressa sem máscara em Donald Trump, um candidato assumidamente xenófobo eque tem chances concretas de se tornar presidente do país.
O pior de tudo é que com tantos indícios de que as coisas não estão dando certo por lá, a nossa elite olha para os EUA com devoção e encanto. Como se seguir as trilhas dessa insensatez pudesse nos levar ao paraíso.
O fato é que o paraíso é fake e a maça é podre e envenenada. E para os que ficam na parte do Sul do hemisfério os resultados da opção por este modelo são ainda mais terríveis.
PS: Pra não dizerem que não falei das flores, a decisão de Haddad de autorizar que a GCM retire colchões e papelões de moradores de rua num momento de frio como o atual é uma agressão aos direitos humanos e um beijo na insensatez padrão USA, onde a praça limpa vale mais do que uma vida.
O bom dia de hoje vem da Disney, um parque imbecilizado que leva centenas de milhares de brasileiros a gastar o que não tem para realizar o sonho americano que, entre outras coisas, é tirar fotos com o Pateta e andar em brinquedos que já causaram vários acidentes com crianças e adolescentes, como se pode ver numa rápida busca no Google.
Mas não é só no parque de diversão que esses riscos estão presentes. A Disney também tem resorts temáticos. Num deles, no Disney´s Grand Floridian Resort, uma criança de 2 anos foi arrastada na noite de ontem por um jacaré e até o momento da publicação deste texto não havia sido encontrada. Ou seja, provavelmente morreu afogada ou devorada pelo animal.
Num outro resort, em 2014, uma cobra caiu de uma árvore e picou uma criança de oito anos. A avó do menino, ao ver a cena, teve um ataque cardíaco e morreu.
Num zoológico de Cincinatti, no mês passado, um gorila arrastou uma criança para o seu recinto e quase a matou. Só não o fez porque foi alvejado e morto por um dos seguranças do local. O que, aliás, gerou protestos por todo o país de entidades defensoras dos direitos dos animais. Algo que provavelmente não vai acontecer contra a Disney pela provável morte do garoto de 2 anos.
Esses parques fakes são uma aberração em qualquer parte do mundo, mas nos EUA são ainda piores porque se vendem como seguros e atuam no imaginário global, a partir da ação de Hollywood, como se fossem a ilha da fantasia da diversão. E que sem ir visitá-la ao menos uma vez na vida, uma criança não poderá se dizer feliz.
Por isso, o assassinato, na mesma Orlando, da Disney, de 49 pessoas que estavam no ClubePulse, uma balada LGBT, não pode ser tratada como um ponto fora da curva.
Omar Matten, o assassino, nasceu nos EUA, estudou nos EUA, cresceu nos EUA e comprou com toda a tranquilidade e de forma legal a arma que matou as 49 pessoas neste mesmo país.
A sociedade americana está longe de ser o exemplo de democracia global e muito menos o parque de diversões planetário. Ela é uma sociedade adoentada, com hábitos de consumo bizarros e que se orgulha do seu ódio que hoje se expressa sem máscara em Donald Trump, um candidato assumidamente xenófobo eque tem chances concretas de se tornar presidente do país.
O pior de tudo é que com tantos indícios de que as coisas não estão dando certo por lá, a nossa elite olha para os EUA com devoção e encanto. Como se seguir as trilhas dessa insensatez pudesse nos levar ao paraíso.
O fato é que o paraíso é fake e a maça é podre e envenenada. E para os que ficam na parte do Sul do hemisfério os resultados da opção por este modelo são ainda mais terríveis.
PS: Pra não dizerem que não falei das flores, a decisão de Haddad de autorizar que a GCM retire colchões e papelões de moradores de rua num momento de frio como o atual é uma agressão aos direitos humanos e um beijo na insensatez padrão USA, onde a praça limpa vale mais do que uma vida.
4 comentários:
Estou achando essa coisa de associar a retirada dos colchões de moradores de rua ao fernando haddad algo muito estranho. Isso está com cara de coisa distorcida feita para gerar confusão. Há uma constante tentativa de vincular a esquerda com práticas higienistas ou fascistas. Não se deve dar voz a esse tipo de coisas antes de apurar a veracidade dos fatos. por isso, não entendo que o articulista termine com um post scriptum fazendo a mesma associação irresponsável feita pelos jornais da mídia patronal.
De fato surpreso que no final, o articulista, fez esta referência. Estranho ,muito estranho. Não vejo relacionados com o artigo!!!
Se vai recolher os homens da rua para o albergue recolhem os coleções. Mas e depois do inverno?
Antonio Filho fez comentário pertinente.
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