Por Euzébio Jorge, no site da UJS:
Golpistas entram em desespero ao verem o golpe esvair por entre seus dedos. A explosão midiática, a ideologização irresponsável do judiciário e o caos político não podem perdurar por muito tempo. O acordo dos setores conservadores para cessar a democracia “por um período”, deveria ocorrer até que as reformas neoliberais fossem implementadas, mas isso deveria ocorrer em um curto espaço de tempo, como fizera Mauricio Macri da Argentina. Os grandes players do capitalismo mundial não são contra a falta de democracia por valores de liberdade, ou por respeito aos direitos humanos, são contra as ditaduras por elas desequilibrarem a concorrência capitalista internacional. Acreditam que como não conseguiram dar um golpe em seus países, as grandes corporações que residem em seu território podem ser prejudicadas no comercio internacional.
Sempre que se debate competitividade internacional observa-se ao menos três dimensões da concorrência: a taxa de câmbio do país, a produtividade e o custo de sua força de trabalho. O câmbio corresponde ao preço das mercadorias de um país na relação com alguma moeda internacional, esse elemento é consideravelmente controlado pelo sistema financeiro internacional e os países com moedas não conversíveis possuem pouca margem para políticas cambiais (que Bresser não me ouça). O governo golpista de Temer possui os seguintes compromissos com os rentistas internacionais: não interferir no Câmbio e manter elevadas taxas de Juros – para que recebam generosas quantias do Estado brasileiro.
A elevação da produtividade nacional deveria ser o principal foco da concorrência internacional, mas essa dimensão depende de questões estruturais que são determinadas pela divisão internacional do trabalho e pelo projeto nacional de desenvolvimento de cada país. O fim do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I) faz parte do compromisso do desgoverno de Temer de firmar o Brasil como um eterno exportador de commodities primárias.
Mas o custo da força de trabalho é a dimensão mais atacada pelos neoliberais. Em meio a golpes e ditaduras o custo da mão de obra é o alvo predileto do grande capital. Durante a ditadura militar o Brasil teve um grande crescimento econômico, só no período do chamado milagre Econômico (1967 e 1973) o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu em média 10,2% ao ano, mas cresceu com assombrosa concentração de renda e elevação da dispersão salarial. O Golpe e a Ditadura impediam que os ganhos e produtividade, o crescimento econômico e a elevação de renda atingissem de forma proporcional os trabalhadores e a população mais pobre. Sindicatos e organizações sociais, que poderiam lutar por uma melhor distribuição da riqueza nacional, eram colocadas na ilegalidade e seus dirigentes eram exilados, torturados e mortos. O mais chocante é que os militares utilizavam exatamente os mesmos argumentos de Temer, Globo, PSDB e PMDB para reduzir a renda dos trabalhadores e destruir direitos sociais e trabalhistas: o combate à inflação e a elevação da competitividade internacional.
No Brasil a redução dos custos com a força de trabalho está expressa em quase todas as ações do desgoverno de Temer. A destruição do Sistema Único de Saúde e a privatização da Educação Pública é, por um lado, a diminuição dos custos do Estado com a reprodução da força de trabalho, por outro, a imposição para que a parte menos miserável dos pobres paguem por um plano de saúde ineficiente e por uma educação mercantilizada e vazia. Os mais pobres ficarão simplesmente apartados de acesso a direitos que estavam garantidos na constituição de 1988, mas que está sendo rapidamente destruída. A terceirização é a destruição de direitos ainda mais antigos. Busca reduzir a seguridade dos trabalhadores para promover redução das rendas e elevação da informalidade, pela desarticulação de categorias historicamente combativas.
A democracia não existe apenas para nos sentirmos confortáveis com o direito de dar opiniões sobre os rumos do país, existe também para garantir uma distribuição menos injusta das riquezas produzidas por nosso povo. Nosso compromisso não é com a concorrência internacional, mas não tenhamos dúvidas que se deixarmos o golpe passar em branco no Brasil, estaremos contribuindo para golpes semelhantes em outras partes do mundo. Contribuiremos para que trabalhadores de outros países tenham seus direitos usurpados, como está ocorrendo no Brasil.
Golpistas, fascistas: Não Passarão!!!
Golpistas entram em desespero ao verem o golpe esvair por entre seus dedos. A explosão midiática, a ideologização irresponsável do judiciário e o caos político não podem perdurar por muito tempo. O acordo dos setores conservadores para cessar a democracia “por um período”, deveria ocorrer até que as reformas neoliberais fossem implementadas, mas isso deveria ocorrer em um curto espaço de tempo, como fizera Mauricio Macri da Argentina. Os grandes players do capitalismo mundial não são contra a falta de democracia por valores de liberdade, ou por respeito aos direitos humanos, são contra as ditaduras por elas desequilibrarem a concorrência capitalista internacional. Acreditam que como não conseguiram dar um golpe em seus países, as grandes corporações que residem em seu território podem ser prejudicadas no comercio internacional.
Sempre que se debate competitividade internacional observa-se ao menos três dimensões da concorrência: a taxa de câmbio do país, a produtividade e o custo de sua força de trabalho. O câmbio corresponde ao preço das mercadorias de um país na relação com alguma moeda internacional, esse elemento é consideravelmente controlado pelo sistema financeiro internacional e os países com moedas não conversíveis possuem pouca margem para políticas cambiais (que Bresser não me ouça). O governo golpista de Temer possui os seguintes compromissos com os rentistas internacionais: não interferir no Câmbio e manter elevadas taxas de Juros – para que recebam generosas quantias do Estado brasileiro.
A elevação da produtividade nacional deveria ser o principal foco da concorrência internacional, mas essa dimensão depende de questões estruturais que são determinadas pela divisão internacional do trabalho e pelo projeto nacional de desenvolvimento de cada país. O fim do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I) faz parte do compromisso do desgoverno de Temer de firmar o Brasil como um eterno exportador de commodities primárias.
Mas o custo da força de trabalho é a dimensão mais atacada pelos neoliberais. Em meio a golpes e ditaduras o custo da mão de obra é o alvo predileto do grande capital. Durante a ditadura militar o Brasil teve um grande crescimento econômico, só no período do chamado milagre Econômico (1967 e 1973) o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu em média 10,2% ao ano, mas cresceu com assombrosa concentração de renda e elevação da dispersão salarial. O Golpe e a Ditadura impediam que os ganhos e produtividade, o crescimento econômico e a elevação de renda atingissem de forma proporcional os trabalhadores e a população mais pobre. Sindicatos e organizações sociais, que poderiam lutar por uma melhor distribuição da riqueza nacional, eram colocadas na ilegalidade e seus dirigentes eram exilados, torturados e mortos. O mais chocante é que os militares utilizavam exatamente os mesmos argumentos de Temer, Globo, PSDB e PMDB para reduzir a renda dos trabalhadores e destruir direitos sociais e trabalhistas: o combate à inflação e a elevação da competitividade internacional.
No Brasil a redução dos custos com a força de trabalho está expressa em quase todas as ações do desgoverno de Temer. A destruição do Sistema Único de Saúde e a privatização da Educação Pública é, por um lado, a diminuição dos custos do Estado com a reprodução da força de trabalho, por outro, a imposição para que a parte menos miserável dos pobres paguem por um plano de saúde ineficiente e por uma educação mercantilizada e vazia. Os mais pobres ficarão simplesmente apartados de acesso a direitos que estavam garantidos na constituição de 1988, mas que está sendo rapidamente destruída. A terceirização é a destruição de direitos ainda mais antigos. Busca reduzir a seguridade dos trabalhadores para promover redução das rendas e elevação da informalidade, pela desarticulação de categorias historicamente combativas.
A democracia não existe apenas para nos sentirmos confortáveis com o direito de dar opiniões sobre os rumos do país, existe também para garantir uma distribuição menos injusta das riquezas produzidas por nosso povo. Nosso compromisso não é com a concorrência internacional, mas não tenhamos dúvidas que se deixarmos o golpe passar em branco no Brasil, estaremos contribuindo para golpes semelhantes em outras partes do mundo. Contribuiremos para que trabalhadores de outros países tenham seus direitos usurpados, como está ocorrendo no Brasil.
Golpistas, fascistas: Não Passarão!!!
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