Por Marcelo Zero
O que começa mal, termina mal.
E o que começa sem ética, termina coberto de vergonha.
Este golpe começou mal, com claro desvio de poder, quando Eduardo Cunha, por abjeta vingança política, aceitou o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade. Que ética há nisso? Que moral há nisso?
O passo seguinte foi a sessão da “assembleia nacional de bandidos presidida por um bandido”, como bem a definiu o grande escritor português Miguel de Sousa Tavares. As imagens daquela sessão dantesca, na qual ninguém votou pelos motivos corretos, percorreram o mundo provocando asco moral e apequenando o Brasil. Os jornais do mundo inteiro registraram, para sempre, aquela grande vergonha.
No Senado procurou-se, em vão, branquear o golpe com o respeito às regras e às formalidades. Mas o respeito formal às regras não substitui o respeito à vontade do povo, registrada nas urnas. E não há decoro parlamentar que possa encobrir a suprema vergonha de se condenar uma inocente.
Todos os jornais internacionais comentam a vergonha que é o golpe brasileiro. Todos sabem que não há crime de responsabilidade. Todos sabem também que não foram as “pedaladas fiscais” que levaram o país à crise. Foram as “pedaladas contra a democracia”, o golpismo e o terceiro turno, que impediram a governabilidade e aprofundaram a crise econômica.
O golpe só sustenta graças a um espesso manto de cinismo e de hipocrisia.
Esse golpe só se sustenta também graças à banalização do mal. De um mal político. O mal do ódio e da intolerância, que é a desgraça das democracias.
Este, golpe, essa banalização de um mal político, não terá vitoriosos. Seremos todos derrotados. Será uma derrota da democracia. Será uma derrota do Brasil.
Por isso, como Darcy Ribeiro, não invejarei aqueles que hoje derrotaram a democracia.
Ao final da grande farsa, golpistas cantaram o hino nacional. De fato, o patriotismo, diria Samuel Johnson, é o último refúgio dos canalhas.
Mais de meio século depois, ainda ecoa o grito Tancredo Neves: Canalhas! Canalhas! Canalhas!
O que começa mal, termina mal.
E o que começa sem ética, termina coberto de vergonha.
Este golpe começou mal, com claro desvio de poder, quando Eduardo Cunha, por abjeta vingança política, aceitou o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade. Que ética há nisso? Que moral há nisso?
O passo seguinte foi a sessão da “assembleia nacional de bandidos presidida por um bandido”, como bem a definiu o grande escritor português Miguel de Sousa Tavares. As imagens daquela sessão dantesca, na qual ninguém votou pelos motivos corretos, percorreram o mundo provocando asco moral e apequenando o Brasil. Os jornais do mundo inteiro registraram, para sempre, aquela grande vergonha.
No Senado procurou-se, em vão, branquear o golpe com o respeito às regras e às formalidades. Mas o respeito formal às regras não substitui o respeito à vontade do povo, registrada nas urnas. E não há decoro parlamentar que possa encobrir a suprema vergonha de se condenar uma inocente.
Todos os jornais internacionais comentam a vergonha que é o golpe brasileiro. Todos sabem que não há crime de responsabilidade. Todos sabem também que não foram as “pedaladas fiscais” que levaram o país à crise. Foram as “pedaladas contra a democracia”, o golpismo e o terceiro turno, que impediram a governabilidade e aprofundaram a crise econômica.
O golpe só sustenta graças a um espesso manto de cinismo e de hipocrisia.
Esse golpe só se sustenta também graças à banalização do mal. De um mal político. O mal do ódio e da intolerância, que é a desgraça das democracias.
Este, golpe, essa banalização de um mal político, não terá vitoriosos. Seremos todos derrotados. Será uma derrota da democracia. Será uma derrota do Brasil.
Por isso, como Darcy Ribeiro, não invejarei aqueles que hoje derrotaram a democracia.
Ao final da grande farsa, golpistas cantaram o hino nacional. De fato, o patriotismo, diria Samuel Johnson, é o último refúgio dos canalhas.
Mais de meio século depois, ainda ecoa o grito Tancredo Neves: Canalhas! Canalhas! Canalhas!
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