Por Altamiro Borges
A Rolls-Royce, que tem um valor de mercado estimado em 13 bilhões de libras e fabrica automóveis de luxo, turbinas e outros equipamentos, não quis comentar as acusações. Um porta-voz da empresa afirmou ao Guardian apenas que "preocupações com propinas e corrupção envolvendo intermediários permanecem sujeitas a investigação do SFO (escritório de fraudes graves) e de outras autoridades... Nós estamos cooperando completamente com as autoridades e não comentamos as investigações em curso". No caso do Brasil, há indícios de que a empresa pagou propinas de US$ 200 mil à Petrobras em um contrato de US$ 100 milhões para a instalação de equipamentos em plataformas de petróleo.
Objeto de desejo dos consumistas, a marca de automóveis Rolls-Royce derrapou feio nesta semana. Reportagens publicadas pelo jornal Guardian e pela emissora pública BBC apontam que a empresa está sendo investigada sob suspeita de usar uma vasta rede de lobistas para obter contratos lucrativos em ao menos 12 países - incluindo o Brasil. Segundo investigação das agências anticorrupção do Reino Unido e dos EUA, ela pagou propina para favorecer seus bilionários negócios. A denúncia está baseada em documentos vazados e em depoimentos de funcionários, que sugerem que a fabricante britânica fez pagamentos ilícitos ao longo de vários anos para aumentar os seus lucros.
A Rolls-Royce, que tem um valor de mercado estimado em 13 bilhões de libras e fabrica automóveis de luxo, turbinas e outros equipamentos, não quis comentar as acusações. Um porta-voz da empresa afirmou ao Guardian apenas que "preocupações com propinas e corrupção envolvendo intermediários permanecem sujeitas a investigação do SFO (escritório de fraudes graves) e de outras autoridades... Nós estamos cooperando completamente com as autoridades e não comentamos as investigações em curso". No caso do Brasil, há indícios de que a empresa pagou propinas de US$ 200 mil à Petrobras em um contrato de US$ 100 milhões para a instalação de equipamentos em plataformas de petróleo.
Ainda segundo a mídia britânica, o esquema de corrupção também teria sido implantado na Índia, China, Indonésia, África do Sul, Angola, Iraque, Irã, Cazaquistão, Azerbaijão, Nigéria e Arábia Saudita. Um dos suspeitos de participar da mutreta da Rolls-Royce é um empresário cuja família doou mais de 1,6 milhão de libras ao partido Liberal Democrata do Reino Unido e que atualmente é conselheiro do líder da legenda, Tim Farron. O SFO também apura o envolvimento no escândalo da Unaoil, firma com sede em Mônaco e que foi acusada de utilizar suborno para ganhar contratos em vários países para dezenas de multinacionais.
Será que os "coxinhas" nativos, amantes dos carrões de luxo, ficarão indignados com as propinas da Rolls-Royce? Ou eles acham, manipulados pela mídia privada, que a corrupção só existe no Brasil, só atinge as empresas públicas e foi inventada pelo PT? Com certeza, muitos "midiotas" pensam assim!
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