Por Renato Rovai, em seu blog:
O ex-ministro da Justiça de Temer, ex-secretário de Segurança Pública do governo Alckmin e ex-secretário de quase tudo na prefeitura de Kassab, o advogado Alexandre de Moraes, deu hoje uma demonstração de que não vai para o Supremo Tribunal Federal tomar o chá da tarde com seus colegas de toga.
Sua missão é clara, é defender os amigos e jogar no ataque contra os adversários. Perguntando pelo senador Lindbergh (PT-RJ) se aceitaria renunciar ser juiz dos processos da Lava Jato, pois já tinha atuado com muitos acusados na sua trajetória política, ele não tergiversou. E só faltou Moraes dizer pro senador. “Ei, tolinho, tá pensando que eu cheguei até aqui por quê?”
Moraes terá sua indicação ao Supremo aprovada por imensa maioria. Exatamente por que vai ser o responsável para revisar o relatório da Lava Jato a ser preparado por Edson Fachin. Não será pelos seus belos cabelos loiros que conquistará tantos votos. Nem pelos seus olhos verdes.
Moraes é cobra criada e deixou isso bem claro também na resposta sobre a condução coercitiva. Não disse que era contra, porque, segundo ele, há casos e casos. E em alguns deles o juiz pode achar necessário fazê-lo mesmo sem que o investigado tenha sido intimado.
Teria sido mais direto se falasse. “Se o cara é o do PT e, principalmente se for o Lula, não vem que não tem neném, vale tudo”.
Parabéns, ministro. Ficou claro que o senhor está comprometido até o último fio de cabelo com a Constituição e os valores mais republicanos. Da mesma forma que muita gente, como eu, está careca de saber o que isso significa para o senhor.
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