Foto: Christian Braga |
O golpe não foi contra um partido ou uma presidenta, mas sim contra todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, defende Laura Capriglione, em debate realizado neste sábado (10), durante o 3º Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo. A jornalista, integrante dos Jornalistas Livres, contou com a companhia do blogueiro Eduardo Guimarães.
Segundo Capriglione, as razões do golpe estão mais do que claras. “O objetivo desse golpe é atacar e limar os direitos dos trabalhadores”, afirma. Para ela, essa é a narrativa que deve ser adotada pelas mídias alternativas para vencer o monopólio dos grandes meios na disputa pela opinião pública. “O golpe é contra Lula e Dilma, mas também contra os negros, que estão sendo massacrados nas periferias, contra os indígenas, contra os secundaristas, a população LGBT. É uma questão de direitos humanos”, avalia.
Denunciar esse quadro é a ordem do dia para o ativismo midiático e os meios contra-hegemônicos, conforme opina. “As mídias alternativas são os guerrilheiros dos dias de hoje, em paralelo, por exemplo, ao que fazia Marighella. Tudo o que a mídia monopolista não mostra, nós estamos mostrando. Obrigando eles, inclusive, a dialogarem com a gente. Eles não conseguem mais inventar a realidade que eles querem, do jeito que querem, porque estamos disputando com eles em tempo integral”.
Capriglione remete ao modus operandi do nazifascismo para exemplificar a ameaça que o Estado de exceção representa à liberdade de expressão: “O que esses regimes fizeram não foi só extinguir o direito de votar. Foi pegar hoje o drogado, pegar amanhã o aleijado, pegar depois o judeu e depois o comunista. O que acontece na Cracolândia é a primeira etapa. Temos de disputar essa narrativa”.
Vítima de condução coercitiva ordenada pelo juiz Sergio Moro, Eduardo Guimarães alerta para os perigos da situação de exceção que se desenha após o impeachment ilegal de Dilma Rousseff. “Em situações de exceção, coisas que nunca aconteceram passam a ocorrer”, coloca. A questão das pedaladas fiscais e a própria pauta da cassação da chapa Dilma-Temer são exemplos claros: nunca foram problema, agora é. “Não tem tanques e bombas nas ruas, mas tem tortura mental e destruição de reputações”, acrescenta.
Apesar de Temer ter se safado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fica clara os dois pesos e duas medidas como as coisas vêm sendo tratadas no Brasil. Sobretudo, pela Justiça, opina Guimarães. Para o autor do Blog da Cidadania, essa forma de tratamento desigual é a característica primeira das ditaduras: “Como diz o jornalista Rodrigo Vianna, é como se estivéssemos entre 1964 e 1968, com a situação se agravando e o regime endurecendo. Mas isso está ocorrendo em um mundo midiático, com tudo sendo transmitido em tempo real”.
Dialogando com Capriglione, o blogueiro também traça paralelo entre os golpes de 1964 e o de 2016. “Golpe de 1964 aconteceu por um motivo simples: tinha gente tirando de rico pra dar pro pobre”, diz. “Não dá pra fazer omelete sem quebrar ovos, e isso é o que ocorre quando se distribui renda. Ocorreu isso com Jango, ocorre agora após os anos de Lula e Dilma”.
Denunciar esse quadro é a ordem do dia para o ativismo midiático e os meios contra-hegemônicos, conforme opina. “As mídias alternativas são os guerrilheiros dos dias de hoje, em paralelo, por exemplo, ao que fazia Marighella. Tudo o que a mídia monopolista não mostra, nós estamos mostrando. Obrigando eles, inclusive, a dialogarem com a gente. Eles não conseguem mais inventar a realidade que eles querem, do jeito que querem, porque estamos disputando com eles em tempo integral”.
Capriglione remete ao modus operandi do nazifascismo para exemplificar a ameaça que o Estado de exceção representa à liberdade de expressão: “O que esses regimes fizeram não foi só extinguir o direito de votar. Foi pegar hoje o drogado, pegar amanhã o aleijado, pegar depois o judeu e depois o comunista. O que acontece na Cracolândia é a primeira etapa. Temos de disputar essa narrativa”.
Vítima de condução coercitiva ordenada pelo juiz Sergio Moro, Eduardo Guimarães alerta para os perigos da situação de exceção que se desenha após o impeachment ilegal de Dilma Rousseff. “Em situações de exceção, coisas que nunca aconteceram passam a ocorrer”, coloca. A questão das pedaladas fiscais e a própria pauta da cassação da chapa Dilma-Temer são exemplos claros: nunca foram problema, agora é. “Não tem tanques e bombas nas ruas, mas tem tortura mental e destruição de reputações”, acrescenta.
Apesar de Temer ter se safado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fica clara os dois pesos e duas medidas como as coisas vêm sendo tratadas no Brasil. Sobretudo, pela Justiça, opina Guimarães. Para o autor do Blog da Cidadania, essa forma de tratamento desigual é a característica primeira das ditaduras: “Como diz o jornalista Rodrigo Vianna, é como se estivéssemos entre 1964 e 1968, com a situação se agravando e o regime endurecendo. Mas isso está ocorrendo em um mundo midiático, com tudo sendo transmitido em tempo real”.
Dialogando com Capriglione, o blogueiro também traça paralelo entre os golpes de 1964 e o de 2016. “Golpe de 1964 aconteceu por um motivo simples: tinha gente tirando de rico pra dar pro pobre”, diz. “Não dá pra fazer omelete sem quebrar ovos, e isso é o que ocorre quando se distribui renda. Ocorreu isso com Jango, ocorre agora após os anos de Lula e Dilma”.
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