quarta-feira, 28 de junho de 2017

Temer está “irritado” com o golpista FHC

Por Altamiro Borges

Temendo o rápido desgaste eleitoral do PSDB e o agravamento da crise política, o grão-tucano FHC defendeu nesta segunda-feira (26), em artigo publicado na Folha, a renúncia de Michel Temer. Após incensar a cruzada golpista que resultou na chegada ao poder da quadrilha do Judas, o “príncipe da privataria” decidiu abandonar a “pinguela” do PMDB. O texto causou mal-estar entre ministros e governadores da sua própria sigla fisiológica e “irritou” o usurpador. Ditatorial e vingativo, o Judas Michel Temer parece não gostar de traições alheias e inclusive insinua que poderá adotar represálias contra os seguidores de FHC – o que só evidencia o desespero do covil golpista.

Segundo reportagem da Folha, “o presidente Michel Temer se irritou com o antecessor Fernando Henrique Cardoso, que pregou que o peemedebista tenha a ‘grandeza de abreviar o seu mandato’ e defendeu a convocação de eleições gerais no país”. O jornal garante que a punhalada “não pegou o presidente de surpresa. Temer já vinha recebendo recados de FHC, por meio de interlocutores, sobre a defesa de um novo pleito eleitoral”. Ainda de acordo com a Folha, o Judas até tentou disfarçar o incômodo, orientando seus aspones a não polemizar com FHC. “A ordem é ter cautela, evitando que a pauta ganhe gravidade e contamine parlamentares do PSDB que ainda apoiam o governo”.

“O receio do Planalto é de que a defesa feita por FHC seja usada como justificativa para que os chamados ‘cabeças pretas’, parlamentares tucanos favoráveis à saída do partido, votem pelo prosseguimento da denúncia contra o presidente”, complementa o jornal da famiglia Frias. Há outro receio, além da acusação do procurador-geral da República que pode deflagrar o processo de impeachment, que a Folha evita destacar. A declaração do grão-tucano, feita por puro oportunismo político, acirra as divisões no PSDB na véspera da votação das “reformas” trabalhista e previdenciária. Parte dos golpistas já descartou o bagaço de Michel Temer, mas mantém o apoio às suas maldades.

O pedido de renúncia pode servir de álibi para os “rebeldes” do PSDB e de outras siglas rejeitarem as “contrarreformas”, temendo o desgaste nas eleições de 2018. Caso isto ocorra, Michel Temer não será o único a ser jogado na lata de lixo da história. Toda a quadrilha que bancou o “golpe dos corruptos” ficará pendurada na brocha. Daí o esforço das entidades patronais – como a Fiesp do picareta Paulo Skaf – e de parte da mídia de evitar o “desembarque” antes da aprovação das sonhadas “reformas”. Com a sua declaração “infantil”, segundo o demo Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal e capacho dos patrões, FHC pode ter contribuído exatamente para acelerar o temido “desembarque”.

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