quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Gasolina tem alta recorde. Cadê os coxinhas?

Por Altamiro Borges

Segundo balanço da Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgado nesta segunda-feira (31), o aumento dos impostos sobre os combustíveis decretado pelo lobista Henrique Meirelles, ‘ministro’ da Fazenda do covil golpista de Michel Temer, teve impacto direto no bolso do consumidor. Com o repasse, o preço da gasolina cobrado nos postos teve a maior alta desde que o órgão passou a fazer o levantamento semanal, em 2004. Na média nacional, o reajuste nas bombas foi de 8,22%. Durante o governo de Dilma Rousseff, alguns “midiotas” fizeram protestos nos postos contra o preço da gasolina – sempre incentivados pela TV Globo. Uma “coxinha” bombou nas redes sociais ao berrar histérica contra o reajuste. E agora? Cadê a indignação da classe “mérdia”?

De acordo com a ANP, o litro da gasolina terminou a semana passada vendido a R$ 3,749 nos postos. O aumento com relação à semana anterior foi de R$ 0,285, ainda abaixo da alíquota extra de R$ 0,41 estabelecida pelo governo. A previsão é de que novos ajustes ocorram nos próximos dias. "O mercado está muito competitivo e alguns revendedores podem ter optado por segurar um pouco o repasse”, avalia o dirigente do Sindicato dos Varejistas de Derivados de Petróleo de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia. Em São Paulo, a alta da gasolina foi maior do que a média nacional, de 8,62% (ou R$ 0,279 por litro), para R$ 3,513. Ainda segundo a ANP, os preços do etanol hidratado e do óleo diesel também tiveram alta expressiva, de 8,86% e 5,05%, respectivamente.

No caso do etanol, foi a segunda maior alta da série histórica da pesquisa de preços da agência, menor apenas do que os 8,98% verificados em outubro de 2015. Para o diesel, foi a quarta maior alta semanal. Na média nacional, o etanol foi vendido na semana passada a R$ 2,592 por litro, R$ 0,211 acima da anterior. Já o diesel custou R$ 3,056 por litro – alta de R$ 0,147. Nesta semana, a Petrobras anunciou reajuste nos preços da gasolina e do diesel, em 0,8% e 1,7%, respectivamente. É o quinto aumento consecutivo no preço da gasolina desde 26 de julho. O combustível acumulou alta de 7,1% no período. Apesar da violenta porrada, a chamada classe “mérdia” segue sem bater as suas panelas e sem ocupar as ruas com as suas camisetas amarelas da “ética” CBF.

O tímido “protesto” dos caminhoneiros

Outro setor que teve um papel ativo na cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff foi o dos caminhoneiros. Muitos dirigentes das entidades do setor são ligados aos partidos que deram sustentação ao “golpe dos corruptos” que alçou a quadrilha de Michel Temer ao poder. Nesta terça-feira (1), até houve uma tímida paralisação da categoria. O motivo alegado foi o aumento do PIS/Cofins dos combustíveis. “O diesel ficou até R$ 0,46 mais caro por litro e a categoria, que já não tem reajuste no valor do frete há 15 anos, não suporta mais esse aumento", explica o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros, José Araújo da Silva, o China. A categoria reivindica que seja aprovado um projeto de lei, que prevê uma tabela com valor mínimo para o frete, e que a aposentadoria desses profissionais ocorra com 25 anos de carreira.

Segundo relato da Agência Brasil, “os caminhoneiros barraram o fluxo de caminhões em diversos trechos de rodovias estaduais e municipais. As manifestações foram registradas em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Espírito Santo, de acordo com as Polícias Rodoviárias nos estados. ‘Na maior parte das interdições os caminhoneiros em deslocamento são convidados a participar. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) continua monitorando possíveis pontos de bloqueio e em tratativas para que se restabeleça o fluxo nos pontos onde as manifestações ocorrem’, disse a PRF em nota”. A mídia golpista, que deu ampla cobertura às manifestações da categoria contra Dilma Rousseff, agora preferiu ofuscar o protesto.

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3 comentários:

Carlos disse...

Dilma segurou os preços dos combustíveis assim o povão podia por 30,00 no UNO 1994 e ir ao zoológico no domingo dar pipocas aos macacos...

DARCY BRASIL RODRIGUES DA SILVA disse...

Os "coxinhas" estão onde sempre estiveram e onde sempre estarão. A única possibilidade de trocar o sinal ideológico de classe inerente à tendência natural da classe média em ser base social de sustentação política e ideológica de outra classe social, ou seja, da plutocracia, é no período que corresponde ao de sua juventude. Isso significa que somente a luta ideológica no seio dos movimentos juvenis constituidos por jovens de famílias de classe média poderá desfalcar essa classe social marcadamente individualista de alguns indivíduos, recrutando-os para o campo do proletariado e do povo.
Por isso, acredito que pouca eficiência terão as críticas aos "coxinhas" consolidados. Esses caras são irrecuperáveis. São eles que, agora, manifestam entusiasmo com a candidatura de Bolsonaro. Isso significa que, invés de aprenderem com os seus erros, a tendência é, portanto, os amplificarem ainda mais esses erros.
O apelo político e a luta ideológica, em tempos de poucos recursos militantes que demandam priorização das ações, precisa ser orientado privilegiadamente para os setores periféricos da população, que, a rigor, não frequentou as ridículas manifestações dos "coxinhas" nem as manifestações dos setores progressistas integradas pelos militantes.
A principal batalha política, a meu ver, deve ser travada no seio desses setores militantes, que precisam entender a tarefa política de se voltar para o chamado "povão", tarefa que não será resolvida no âmbito das redes sociais. Essas redes estão sob o controle político e ideológico de seus administradores, grandes capitalistas identificados com o imperialismo, em maior ou menor grau. Por isso, a atividade política no seio destas redes tendem a constituir guetos de relacionamento que não conseguem trasbordar para os setores despolitizados dos trabalhadores e do povo, produzindo, ademais, uma falsa e nefasta sensção de militância.
A tarefa é árdua. Demanda sacrifício da militância. Exige que se estabeleça uma unidade de ação de todos os setores progressistas na atividade de base, somando esforços, sem exclusivismos, e sem a pretensão de dominar politicamente os movimentos sociais que realizam esse trabalho de base junto ao povo. Já referi outra vez que, a meu ver, a esquerda deveria aprender a diferenciar as alianças eleitorais e institucionais das alianças não institucionais, ou seja, daquelas que se estabelecem no seio dos movimentos sociais, sindicais, etc. Essas últimas não podem mais ser pautadas pelas primeiras. O PT principalmente, precisa compreender essa necessidade. Elevar a consciência dos trabalhadores e do povo não se confunde em pedir votos para os candidatos de partidos. No momento oportuno, definem-se as alianças eleitorais, sem prejuízo das alianças não eleitorais.

Unknown disse...

Olá pessoas
Quero compartilhar esse testemunho com você
Fui testado HIV POSITIVO com contagem de CD4 de 90 e separado com meu ex e não estava em um relacionamento por 4 anos
Eu tinha decidido permanecer solteira e me concentrar na minha carreira e crescimento futuro, então o HIV vem ao longo de 4 anos de linha, isso foi um choque e um golpe e foi colocado em medicamentos imediatamente
Aprendi que não podemos nos deter o porquê, como e quando já está aqui conosco, então eu aceitei isso como minha cruz
Um dia fiel, encontrei um depoimento publicado por uma cynthia adams de como o Dr. Muli Jonathan a curou de viúvo dentro de um mês de tomar sua tradicional medicina herbal africana
Eu não tinha escolha, eu entrei em contato com ele
Depois de administrar sua droga erval por 14 dias, decidi verificar minha contagem de CD4 para saber se a droga está funcionando
Descobri que meu CD4 era 810
Eu continuei com a droga por mais 14 dias fazendo 21 dias
Hoje sou uma mulher feliz porque posso dizer com firmeza que sou HIV NEGATIVO
Tudo graças ao Dr. Muli Jonathan. Ainda há um futuro excelente para todos que estão infectados. Por favor, não morra em silêncio
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