Por Gleisi Hoffmann
A farsa montada para o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência da República completa um ano hoje. Nesse período, assistimos horrorizados a um processo de desmonte do Estado sem precedentes em nossa história. Para cumprir à risca o que se propôs, o PMDB e o PSDB esforçam-se para aprovar uma agenda retrógrada conduzida pela banca nacional e de Wall Street, retomando assim a desastrosa política econômica que sufocou e quebrou o país três vezes nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso. No Brasil dos golpistas, o poder político virou mero coadjuvante do poder financeiro.
A deposição de Dilma Rousseff foi o ponto de partida da estratégia entreguista do consórcio golpista. Nem bem assumiu, Temer já conseguiu aprovar projeto para alterar as regras do pré-sal – uma mudança que já havia sido denunciada por documentos vazados pelo Wikileaks durante a campanha de 2010. Em seguida, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional 95, uma aberração orçamentária que congelou os gastos com saúde e educação por duas décadas. Como se não fosse suficiente, suspenderam os reajustes do Bolsa Família, acabaram com o programa Farmácia Popular e dizimaram a CLT, colocando fim a direitos trabalhistas consagrados desde a década de 40.
Nessa tresloucada tentativa de vender o Brasil a qualquer custo, Temer e seus sócios agora não poupam nem a Amazônia, prometendo liberar a extração mineral em áreas de preservação ambiental. Um pacote de privatizações lançado recentemente prevê também a venda da Eletrobras, uma empresa de energia estratégia para nossa soberania, e até da Casa da Moeda, que emite as notas de reais. Sem falar na rapidez para tentar votar uma reforma da previdência ainda neste ano, que em nada beneficiará a maioria da população dependente da aposentadoria. O mais incrível é que tudo isso ocorre diante de um silêncio cúmplice daqueles que saíram às ruas para pedir a deposição da presidenta Dilma.
As dificuldades atuais são tão acentuadas quanto as da crise econômica de 2008. A diferença é que naquele momento o presidente Lula enfrentou a situação de maneira altiva, estimulando o consumo interno e promovendo investimentos pesados em infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante esse período, conseguimos tirar 36 milhões da pobreza, assumindo a responsabilidade de iniciar um processo para finalmente assegurar garantias constitucionais como educação, saúde, assistência e previdência social. Subimos um degrau social, mas que pouco valeu diante dos passos que demos para trás após a aliança golpista. Temer e seus sócios agora terão que explicar essas medidas à população durante a eleição do ano que vem.
O PT já provou que tem um projeto de país e de nação voltado a todos os brasileiros e brasileiras. Um projeto que preserva direitos de minorias, distribui renda, gera empregos e faz investimentos pesados em todos os setores da economia; e que não é conduzido por técnicos do Ministério da Fazenda, mas por pessoas com sensibilidade social e responsabilidade com a soberania do país. Daqui a um ano, Lula estará em campanha, defendendo essas bandeiras. Com ele, voltaremos a ter crescimento econômico, distribuição de renda, mais emprego, acesso maior às universidades, programas de infraestrutura e investimentos no Minha Casa Minha Vida. E, acima de tudo, as decisões políticas de Brasília voltarão a se sobrepor aos interesses do mercado financeiro daqui e de Wall Street.
* Gleisi Hoffmann é senadora e presidenta nacional do PT.
A farsa montada para o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência da República completa um ano hoje. Nesse período, assistimos horrorizados a um processo de desmonte do Estado sem precedentes em nossa história. Para cumprir à risca o que se propôs, o PMDB e o PSDB esforçam-se para aprovar uma agenda retrógrada conduzida pela banca nacional e de Wall Street, retomando assim a desastrosa política econômica que sufocou e quebrou o país três vezes nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso. No Brasil dos golpistas, o poder político virou mero coadjuvante do poder financeiro.
A deposição de Dilma Rousseff foi o ponto de partida da estratégia entreguista do consórcio golpista. Nem bem assumiu, Temer já conseguiu aprovar projeto para alterar as regras do pré-sal – uma mudança que já havia sido denunciada por documentos vazados pelo Wikileaks durante a campanha de 2010. Em seguida, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional 95, uma aberração orçamentária que congelou os gastos com saúde e educação por duas décadas. Como se não fosse suficiente, suspenderam os reajustes do Bolsa Família, acabaram com o programa Farmácia Popular e dizimaram a CLT, colocando fim a direitos trabalhistas consagrados desde a década de 40.
Nessa tresloucada tentativa de vender o Brasil a qualquer custo, Temer e seus sócios agora não poupam nem a Amazônia, prometendo liberar a extração mineral em áreas de preservação ambiental. Um pacote de privatizações lançado recentemente prevê também a venda da Eletrobras, uma empresa de energia estratégia para nossa soberania, e até da Casa da Moeda, que emite as notas de reais. Sem falar na rapidez para tentar votar uma reforma da previdência ainda neste ano, que em nada beneficiará a maioria da população dependente da aposentadoria. O mais incrível é que tudo isso ocorre diante de um silêncio cúmplice daqueles que saíram às ruas para pedir a deposição da presidenta Dilma.
As dificuldades atuais são tão acentuadas quanto as da crise econômica de 2008. A diferença é que naquele momento o presidente Lula enfrentou a situação de maneira altiva, estimulando o consumo interno e promovendo investimentos pesados em infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante esse período, conseguimos tirar 36 milhões da pobreza, assumindo a responsabilidade de iniciar um processo para finalmente assegurar garantias constitucionais como educação, saúde, assistência e previdência social. Subimos um degrau social, mas que pouco valeu diante dos passos que demos para trás após a aliança golpista. Temer e seus sócios agora terão que explicar essas medidas à população durante a eleição do ano que vem.
O PT já provou que tem um projeto de país e de nação voltado a todos os brasileiros e brasileiras. Um projeto que preserva direitos de minorias, distribui renda, gera empregos e faz investimentos pesados em todos os setores da economia; e que não é conduzido por técnicos do Ministério da Fazenda, mas por pessoas com sensibilidade social e responsabilidade com a soberania do país. Daqui a um ano, Lula estará em campanha, defendendo essas bandeiras. Com ele, voltaremos a ter crescimento econômico, distribuição de renda, mais emprego, acesso maior às universidades, programas de infraestrutura e investimentos no Minha Casa Minha Vida. E, acima de tudo, as decisões políticas de Brasília voltarão a se sobrepor aos interesses do mercado financeiro daqui e de Wall Street.
* Gleisi Hoffmann é senadora e presidenta nacional do PT.
1 comentários:
Como é mesmo, aquela frase famosa do Ruy Barbosa ???
"De tanto ver ....
... vergonha de ser honesto"
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