Por Renato Rabelo, em seu blog:
Tive a oportunidade de conviver com Rogério Lustosa em largo período de atividade política, durante e após o fim da ditadura militar, implantada em 1964. Rogério Lustosa participou integralmente com a maioria da Ação Popular, da qual fez parte, quando se integrou ao PCdoB em 1962. E passou a compor o núcleo dirigente nacional desse Partido.
Tive a oportunidade de conviver com Rogério Lustosa em largo período de atividade política, durante e após o fim da ditadura militar, implantada em 1964. Rogério Lustosa participou integralmente com a maioria da Ação Popular, da qual fez parte, quando se integrou ao PCdoB em 1962. E passou a compor o núcleo dirigente nacional desse Partido.
Em 21 de outubro de 1992, faleceu o saudoso camarada Rogério Lustosa. Um infarto do coração provocou uma morte prematura, inesperada, abrupta, deixando uma lacuna imensa na direção nacional do PCdoB de então, em uma fase de consolidação do centro dirigente do Partido, premente de quadros da estirpe de Rogério.
Nessa fase, o trabalho de direção partidária, a qual Rogério integrou, tinha a marca da luta decisiva e incessante pela continuidade histórica do Partido Comunista do Brasil, após o longo período de regime militar, que ceifou covardemente a vida de muitos dirigentes e destacados militantes comunistas; e logo adiante, a partir de 1989, o período de uma luta ideológica decisiva para continuidade dos Partidos Comunistas, em conseqüência da derrota estratégica do socialismo, com o fim do campo socialista e da União Soviética.
Nesse período encontrávamos ainda no curso de reestruturação do Partido, na recém legalização do Partido Comunista do Brasil, condição rara e promissora, cujas prioridades primordiais se impunham em definir a linha política no estágio da redemocratização no Brasil, e eleger, formar e forjar quadros dirigentes à altura de ocupar o lugar dos que tombaram na luta contra a ditadura militar e fossem capazes de renovar e colocar o Partido na posição de enfrentar os novos desafios. E diante da crise do socialismo, no final do século passado, o grande desafio de extrair lições e redefinir o Programa do Partido, para reerguer a nova luta pelo socialismo.
A morte súbita de Rogério Lustosa, ainda jovem, impactou a direção, todo Partido, amigos e aliados. Ele gozava de respeito e apreço de várias organizações progressista e no movimento social. Em uma fase de reestruturação partidária e consolidação do núcleo dirigente, Rogério tinha papel de relevo para conformação do Partido à época contemporânea.
Rogério já ocupava uma função destacada no terreno da propaganda, indo, além disso, assumira o papel de distinguido publicista e vibrante polemista do nosso grande ideal socialista e comunista, incansável protagonista e expositor da nossa ideologia e da nossa política; e contribuía de maneira significativa na formação dos quadros que iam ocupando os postos mais avançados nos destacamentos da luta, que se reiniciava, pela restauração da democracia, pela soberania da Nação e pelo progresso social.
Na sua trajetória, Rogério Lustosa, apesar de morte física prematura, deixa um legado de dirigente comunista exemplar, com contribuições importantes na defesa da identidade do Partido Comunista, em momentos de deserções e, ao mesmo tempo, criativo na sua renovação. Eu rememoro, sobretudo, seu empenho e participação ativa em responder à altura, os dilemas da crise do socialismo, do fim da União Soviética, no triênio 1989-91, quando se proclamava o “fim da história”, a “eternidade do capitalismo”, e grassavam as apostasias nas fileiras comunistas.
É nesses momentos, que desabrocham intrépidos, os lutadores de convicções profundas, de elevados ideais, não se deixando capitular diante das grandes batalhas, mesmo adversas e desiguais – Rogério Lustosa é desses militantes intrépidos e de convicções nobres e profundas.
Nessa fase, o trabalho de direção partidária, a qual Rogério integrou, tinha a marca da luta decisiva e incessante pela continuidade histórica do Partido Comunista do Brasil, após o longo período de regime militar, que ceifou covardemente a vida de muitos dirigentes e destacados militantes comunistas; e logo adiante, a partir de 1989, o período de uma luta ideológica decisiva para continuidade dos Partidos Comunistas, em conseqüência da derrota estratégica do socialismo, com o fim do campo socialista e da União Soviética.
Nesse período encontrávamos ainda no curso de reestruturação do Partido, na recém legalização do Partido Comunista do Brasil, condição rara e promissora, cujas prioridades primordiais se impunham em definir a linha política no estágio da redemocratização no Brasil, e eleger, formar e forjar quadros dirigentes à altura de ocupar o lugar dos que tombaram na luta contra a ditadura militar e fossem capazes de renovar e colocar o Partido na posição de enfrentar os novos desafios. E diante da crise do socialismo, no final do século passado, o grande desafio de extrair lições e redefinir o Programa do Partido, para reerguer a nova luta pelo socialismo.
A morte súbita de Rogério Lustosa, ainda jovem, impactou a direção, todo Partido, amigos e aliados. Ele gozava de respeito e apreço de várias organizações progressista e no movimento social. Em uma fase de reestruturação partidária e consolidação do núcleo dirigente, Rogério tinha papel de relevo para conformação do Partido à época contemporânea.
Rogério já ocupava uma função destacada no terreno da propaganda, indo, além disso, assumira o papel de distinguido publicista e vibrante polemista do nosso grande ideal socialista e comunista, incansável protagonista e expositor da nossa ideologia e da nossa política; e contribuía de maneira significativa na formação dos quadros que iam ocupando os postos mais avançados nos destacamentos da luta, que se reiniciava, pela restauração da democracia, pela soberania da Nação e pelo progresso social.
Na sua trajetória, Rogério Lustosa, apesar de morte física prematura, deixa um legado de dirigente comunista exemplar, com contribuições importantes na defesa da identidade do Partido Comunista, em momentos de deserções e, ao mesmo tempo, criativo na sua renovação. Eu rememoro, sobretudo, seu empenho e participação ativa em responder à altura, os dilemas da crise do socialismo, do fim da União Soviética, no triênio 1989-91, quando se proclamava o “fim da história”, a “eternidade do capitalismo”, e grassavam as apostasias nas fileiras comunistas.
É nesses momentos, que desabrocham intrépidos, os lutadores de convicções profundas, de elevados ideais, não se deixando capitular diante das grandes batalhas, mesmo adversas e desiguais – Rogério Lustosa é desses militantes intrépidos e de convicções nobres e profundas.
Essa é a visão que me alcança como se fosse um intenso raio de luz, neste momento de reencontro com a memória desse destacado dirigente comunista. Diante do corpo sem vida de Rogério Lustosa, há 25 anos, no féretro que carregávamos no cemitério, um fluxo de pensamentos me sacudia: que diabo de casualidade acontece, desaparece abruptamente um quadro viçoso, já promissor, tão necessário à luta do nosso grande ideal, no recomeço de nova caminhada.
Passados 25 anos sem o camarada Rogério, ele deixa uma recordação imorredoura. O meu sentido apreço por este destacado e vibrante dirigente comunista.
* Renato Rabelo é presidente da Fundação Maurício Grabois (FMG) e ex-presidente nacional do PCdoB.
Passados 25 anos sem o camarada Rogério, ele deixa uma recordação imorredoura. O meu sentido apreço por este destacado e vibrante dirigente comunista.
* Renato Rabelo é presidente da Fundação Maurício Grabois (FMG) e ex-presidente nacional do PCdoB.
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