Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O jornal Espanhol El País divulgou estudo que diz que sistema político brasileiro está perdendo a legitimidade por conta da caçada a Lula. O que é mais espantoso é que o Judiciário e a mídia parecem alheios à destruição da imagem do nosso país mundo afora. Mas o governador do Maranhão, Flávio Dino, tem boas notícias para o Brasil.
O jornal espanhol El País fez uma ampla pesquisa com cientistas políticos do Brasil e do exterior e descobriu que, apesar de alguns acharem que Lula não sofre perseguição judicial, todos entendem que a impunidade de outros políticos em contraposição ao processo criminal supersônico que condenou o ex-presidente deslegitima nossa democracia.
Para discutir os possíveis efeitos do vácuo deixado pela provável ausência de Lula, o EL PAÍS conversou com intelectuais dentro e fora do Brasil. Muitos consideraram que a democracia brasileira pode aprofundar sua crise de legitimidade, ainda que divirjam na avaliação de gravidade do atual panorama.
O título da reportagem do jornal espanhol é “Sistema político em crise de legitimidade enfrenta agora o ‘vácuo Lula’”. https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/29/politica/1517255243_938991.html
Segundo o El País, “A maioria [dos analistas internacionais] prevê que a situação será mais indigesta aos olhos do eleitor especialmente se o líder petista continuar sendo o único político de calibre realmente inabilitado pela Lava Jato”.
O que isso quer dizer? Que o mundo já enxerga que só as acusações contra Lula proliferam em nosso sistema judicial. O Judiciário e a mídia brasileiros parecem achar que a impunidade escandalosa de Temer, Aécio, Azeredo, Alckmin, Serra e tantos outros golpistas tão ou mais acusados de corrupção que Lula é conhecida pelo mundo inteiro.
O El País ouviu os seguintes especialistas:
– O historiador brasileiro Daniel Aarão Reis, da UFF (Universidade Federal Fluminense)
– Michael Reid, autor do livro “Brasil: A turbulenta ascensão de um país” e colunista sobre América Latina da revista britânica The Economist
– Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quartely
– O historiador britânico e brasilianista Kenneth Maxwell, autor de O Livro de Tiradentes (2013)
– O cientista político Carlos Melo, do Insper
Para completar o quadro desalentador sobre o Brasil, o processo eleitoral que se avizinha também promete trazer mais um elemento para arena: o questionamento do próprio sistema de votação.
Segundo lugar nas pesquisas, o presidenciável de extrema direita Jair Bolsonaro e grupos afins alimentaram essa descrença quando dizem, por exemplo, que as urna eletrônicas não são seguras e exigem a impressão do voto.
Foi o senador Aécio Neves quem abriu o caminho, quando contestou, após perder para Dilma Rousseff, o resultado das eleições de 2014 no TSE - para “encher o saco do PT”, segundo disse o tucano para Joesley Batista posteriormente
Com a legitimidade da eleição de 2018 questionada, o Brasil pode dar adeus ao fim da crise econômica e política. Um país em convulsão social não vai conseguir atrair investimentos e reordenar a economia.
Porém, uma boa notícia pode mudar todo esse quadro. O governador do Maranhão, Flavio Dino, deu uma rápida entrevista ao Blog da Cidadania e, para ele, apesar de a presidente do STF, Carmen Lúcia, dizer que a Corte não deveria analisar agora a prisão em segunda instância só por causa de Lula, a opinião dela é uma só e o Supremo tem 11 ministros e a maioria é contra.
Confira a opinião de Flávio Dino na reportagem em vídeo e, em seguida, leia mensagem do Blog da Cidadania para seus leitores [aqui].
O jornal espanhol El País fez uma ampla pesquisa com cientistas políticos do Brasil e do exterior e descobriu que, apesar de alguns acharem que Lula não sofre perseguição judicial, todos entendem que a impunidade de outros políticos em contraposição ao processo criminal supersônico que condenou o ex-presidente deslegitima nossa democracia.
Para discutir os possíveis efeitos do vácuo deixado pela provável ausência de Lula, o EL PAÍS conversou com intelectuais dentro e fora do Brasil. Muitos consideraram que a democracia brasileira pode aprofundar sua crise de legitimidade, ainda que divirjam na avaliação de gravidade do atual panorama.
O título da reportagem do jornal espanhol é “Sistema político em crise de legitimidade enfrenta agora o ‘vácuo Lula’”. https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/29/politica/1517255243_938991.html
Segundo o El País, “A maioria [dos analistas internacionais] prevê que a situação será mais indigesta aos olhos do eleitor especialmente se o líder petista continuar sendo o único político de calibre realmente inabilitado pela Lava Jato”.
O que isso quer dizer? Que o mundo já enxerga que só as acusações contra Lula proliferam em nosso sistema judicial. O Judiciário e a mídia brasileiros parecem achar que a impunidade escandalosa de Temer, Aécio, Azeredo, Alckmin, Serra e tantos outros golpistas tão ou mais acusados de corrupção que Lula é conhecida pelo mundo inteiro.
O El País ouviu os seguintes especialistas:
– O historiador brasileiro Daniel Aarão Reis, da UFF (Universidade Federal Fluminense)
– Michael Reid, autor do livro “Brasil: A turbulenta ascensão de um país” e colunista sobre América Latina da revista britânica The Economist
– Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quartely
– O historiador britânico e brasilianista Kenneth Maxwell, autor de O Livro de Tiradentes (2013)
– O cientista político Carlos Melo, do Insper
Para completar o quadro desalentador sobre o Brasil, o processo eleitoral que se avizinha também promete trazer mais um elemento para arena: o questionamento do próprio sistema de votação.
Segundo lugar nas pesquisas, o presidenciável de extrema direita Jair Bolsonaro e grupos afins alimentaram essa descrença quando dizem, por exemplo, que as urna eletrônicas não são seguras e exigem a impressão do voto.
Foi o senador Aécio Neves quem abriu o caminho, quando contestou, após perder para Dilma Rousseff, o resultado das eleições de 2014 no TSE - para “encher o saco do PT”, segundo disse o tucano para Joesley Batista posteriormente
Com a legitimidade da eleição de 2018 questionada, o Brasil pode dar adeus ao fim da crise econômica e política. Um país em convulsão social não vai conseguir atrair investimentos e reordenar a economia.
Porém, uma boa notícia pode mudar todo esse quadro. O governador do Maranhão, Flavio Dino, deu uma rápida entrevista ao Blog da Cidadania e, para ele, apesar de a presidente do STF, Carmen Lúcia, dizer que a Corte não deveria analisar agora a prisão em segunda instância só por causa de Lula, a opinião dela é uma só e o Supremo tem 11 ministros e a maioria é contra.
Confira a opinião de Flávio Dino na reportagem em vídeo e, em seguida, leia mensagem do Blog da Cidadania para seus leitores [aqui].
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