Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:
Sim. O Rio de Janeiro, porém, não está na vanguarda de violência. Surpreende, como mostra a tabela, a posição do Rio de Janeiro. Há outras unidades da federação com taxas mais elevadas.
“Cabe perguntar por que teria o Rio de Janeiro sido escolhido?”, perguntam, oportunamente, João Feres Júnior, Juliana Gagliardi e Eduardo Barbabela, do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (Lemep) do Rio de Janeiro.
O estado do Rio ocupa a 11a posição entre as unidades da federação, segundo o Lemep, no que se refere às taxas de mortes violentas.
A resposta a essa pergunta salta da inquietação acadêmica para instigação à política. O Rio de Janeiro, malgrado tudo, não perdeu inteiramente o charme político. Com ele, manteve a sua influência. Além de tudo é o terceiro colégio eleitoral do País.
Isto interessa a gregos e troianos.
Pezão, isolado, calou-se. Temer, o presidente da República, rejubilou-se e, sem constrangimento, invocou para si a autoria da intervenção do que chamou de “jogada de mestre”. Bisonho.
Temer, na sucessão das necessidades políticas, valeu-se igualmente do trágico assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
Suspeita-se, no entanto, que tenha feito tabelinha com Moreira Franco. Hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, o ex-governador fluminense talvez esteja tentando reparar o que prometeu como governador: acabar com a violência em poucos meses.
Obviamente mentia. O tempo provou.
Nos últimos dias ensaia as possibilidades de disputar a Presidência. Embora o emprego das Forças Armadas não seja nenhuma surpresa no Brasil e, mais especificamente no Rio de Janeiro, a instituição destina-se a outras missões. Para tentar encobrir esse equívoco, deu-se ao combate contra os traficantes o apelido de guerra.
Para isso basta fingir que há, ou haverá, combates.
O objetivo de intervenção nas áreas de segurança estadual é o de restabelecer, por um tempo, a lei e a ordem. Tem sido assim.
Por que a lei não restabelece a ordem?
Cruza agora, passadas mais de quatro semanas, a decisão tomada bruscamente para justificar a intervenção federal no Rio de Janeiro. Além de forçado, sobretudo sobre o governador do estado, o emprego do Exército ainda não foi explicado concretamente a que veio.
Fala-se, de forma vaga, que foi para restabelecer a lei e a ordem. Regra prevista na Constituição. Os cariocas, principalmente, seriam vítimas dos traficantes. A mídia estimulou a divulgação da violência. Será verdade?
Fala-se, de forma vaga, que foi para restabelecer a lei e a ordem. Regra prevista na Constituição. Os cariocas, principalmente, seriam vítimas dos traficantes. A mídia estimulou a divulgação da violência. Será verdade?
Sim. O Rio de Janeiro, porém, não está na vanguarda de violência. Surpreende, como mostra a tabela, a posição do Rio de Janeiro. Há outras unidades da federação com taxas mais elevadas.
“Cabe perguntar por que teria o Rio de Janeiro sido escolhido?”, perguntam, oportunamente, João Feres Júnior, Juliana Gagliardi e Eduardo Barbabela, do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (Lemep) do Rio de Janeiro.
O estado do Rio ocupa a 11a posição entre as unidades da federação, segundo o Lemep, no que se refere às taxas de mortes violentas.
A resposta a essa pergunta salta da inquietação acadêmica para instigação à política. O Rio de Janeiro, malgrado tudo, não perdeu inteiramente o charme político. Com ele, manteve a sua influência. Além de tudo é o terceiro colégio eleitoral do País.
Isto interessa a gregos e troianos.
Pezão, isolado, calou-se. Temer, o presidente da República, rejubilou-se e, sem constrangimento, invocou para si a autoria da intervenção do que chamou de “jogada de mestre”. Bisonho.
Temer, na sucessão das necessidades políticas, valeu-se igualmente do trágico assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
Suspeita-se, no entanto, que tenha feito tabelinha com Moreira Franco. Hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, o ex-governador fluminense talvez esteja tentando reparar o que prometeu como governador: acabar com a violência em poucos meses.
Obviamente mentia. O tempo provou.
Nos últimos dias ensaia as possibilidades de disputar a Presidência. Embora o emprego das Forças Armadas não seja nenhuma surpresa no Brasil e, mais especificamente no Rio de Janeiro, a instituição destina-se a outras missões. Para tentar encobrir esse equívoco, deu-se ao combate contra os traficantes o apelido de guerra.
Para isso basta fingir que há, ou haverá, combates.
O objetivo de intervenção nas áreas de segurança estadual é o de restabelecer, por um tempo, a lei e a ordem. Tem sido assim.
Por que a lei não restabelece a ordem?
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