Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Um bando de gente babando no sofá.
Não haveria Sócrates e Reinaldo.
A Democracia Corintiana teria sido abortada no primeiro gole de cerveja do Magrão.
Não haveria Tommie Smith e John Carlos, erguendo um braço com luva preta, na saudação consagrada pelos Panteras Negras, no pódio da Olimpíada do México.
Muhammad Ali teria servido o Exército no Vietnã e calado a boca.
Jesse Owens não teria corrido nos Jogos de Berlim para não estragar a bonita festa nazista.
LeBron James e Kobe Bryant não teriam vestido na NBA a camiseta escrito “Não consigo respirar”, últimas palavras de Eric Garner, asfixiado por um policial em Nova York.
Os torcedores não estenderiam faixas contra a propina da Globo no escândalo da Fifa.
Eventualmente uma ou outra seria permitida, elogiando o fato de o horário dos jogos obedecer à grade de sua emissora.
Tiago Leifert gostaria que o esporte fosse como ele: anódino e sem graça, fantasiado de “profissional”.
Infelizmente para TL, atletas e torcidas no mundo inteiro têm a mania de se indignar sem pedir-lhe permissão.
No sonho de Tiago, todas essas pessoas irão, um dia, para o paredão, enquanto ele e Huck reinam absolutos.
Tiago Leifert, apresentador do BBB, escreveu um artigo na revista GQ, da qual é colunista, que está bombando.
Não pelas virtudes, mas pelos defeitos. É um monumento à estupidez, à banalidade e ao conformismo.
O título é “Evento esportivo não é lugar de manifestação política”.
“Quando política e esporte se misturam dá ruim. Vou poupá-los dos detalhes, mas basta olhar nossos últimos grandes eventos para entender que essas duas substâncias não devem ser consumidas ao mesmo tempo”, diz ele.
“O que me leva à minha primeira grande preocupação de 2018: é ano eleitoral”.
A coisa continua nesse tom. “Do ponto de vista do atleta: ele veste uma camisa que não é dele (que, aliás, ele largará por um salário melhor), uma camisa que representa torcedores que caem por todo o espectro político. A câmera e o microfone só estão apontados para aquele jogador por causa da camisa que ele está vestindo e de sua performance esportiva.”
Segundo Tiago, “tem muita coisa contaminada por aí. Precisamos imunizar o pouco espaço que ainda temos de diversão. Textão é no Facebook. Deixem o esporte em paz”.
No mundo encantado de Leifert, a audiência seria passiva e concordaria sempre com ele, sem qualquer dúvida, e com a empresa que o emprega para falar bobagem.
Não pelas virtudes, mas pelos defeitos. É um monumento à estupidez, à banalidade e ao conformismo.
O título é “Evento esportivo não é lugar de manifestação política”.
“Quando política e esporte se misturam dá ruim. Vou poupá-los dos detalhes, mas basta olhar nossos últimos grandes eventos para entender que essas duas substâncias não devem ser consumidas ao mesmo tempo”, diz ele.
“O que me leva à minha primeira grande preocupação de 2018: é ano eleitoral”.
A coisa continua nesse tom. “Do ponto de vista do atleta: ele veste uma camisa que não é dele (que, aliás, ele largará por um salário melhor), uma camisa que representa torcedores que caem por todo o espectro político. A câmera e o microfone só estão apontados para aquele jogador por causa da camisa que ele está vestindo e de sua performance esportiva.”
Segundo Tiago, “tem muita coisa contaminada por aí. Precisamos imunizar o pouco espaço que ainda temos de diversão. Textão é no Facebook. Deixem o esporte em paz”.
No mundo encantado de Leifert, a audiência seria passiva e concordaria sempre com ele, sem qualquer dúvida, e com a empresa que o emprega para falar bobagem.
Um bando de gente babando no sofá.
Não haveria Sócrates e Reinaldo.
A Democracia Corintiana teria sido abortada no primeiro gole de cerveja do Magrão.
Não haveria Tommie Smith e John Carlos, erguendo um braço com luva preta, na saudação consagrada pelos Panteras Negras, no pódio da Olimpíada do México.
Muhammad Ali teria servido o Exército no Vietnã e calado a boca.
Jesse Owens não teria corrido nos Jogos de Berlim para não estragar a bonita festa nazista.
LeBron James e Kobe Bryant não teriam vestido na NBA a camiseta escrito “Não consigo respirar”, últimas palavras de Eric Garner, asfixiado por um policial em Nova York.
Os torcedores não estenderiam faixas contra a propina da Globo no escândalo da Fifa.
Eventualmente uma ou outra seria permitida, elogiando o fato de o horário dos jogos obedecer à grade de sua emissora.
Tiago Leifert gostaria que o esporte fosse como ele: anódino e sem graça, fantasiado de “profissional”.
Infelizmente para TL, atletas e torcidas no mundo inteiro têm a mania de se indignar sem pedir-lhe permissão.
No sonho de Tiago, todas essas pessoas irão, um dia, para o paredão, enquanto ele e Huck reinam absolutos.
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