O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) se diz contra "privilégios" do funcionalismo e defensor de medidas de controle dos gastos públicos, além de afirmar ser um liberal e anunciar que seu governo vai privatizar empresas estatais. Totalmente oposto ao que ele defendeu, na prática, em seus 27 anos como deputado federal representando o estado do Rio de Janeiro.
Um levantamento nos arquivos da Câmara Federal mostra que o deputado votou, por exemplo, contra a extinção da aposentadoria integral para servidores públicos, foi a favor da criação de novos municípios, foi contra a privatização das telecomunicações e da Petrobras e apoiou a concessão de isenções fiscais para setores específicos da economia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Embora proponha melhorias na saúde e na educação, por exemplo, Bolsonaro votou a favor da Emenda Constitucional 95, que instituiu o teto de gastos, congelando os investimentos públicos nas mesmas áreas. No entanto, votou a favor do Regime de Urgência para a Câmara analisar a criação de centenas de novos municípios, o que deve ampliar o gasto público.
O deputado também foi contra uma proposta para suspender as dívidas de estados em dificuldades financeiras, como o Rio de Janeiro, porque parte das contrapartidas era o aumento do desconto de previdência dos servidores e a privatização de estatais.
Hoje, o candidato se declara a favor da proposta de reforma da Previdência, mas votou contra o fim da aposentadoria integral para servidores públicos, em 2003. E em 2015, foi favorável à extinção do fator previdenciário, sistema que desestimula os trabalhadores a se aposentarem cedo. Atualmente, o ex-capitão admite que possa privatizar a Petrobras, mas nos anos 90 votou contra essa possibilidade. Na mesma época, o deputado votou contra o Plano Real.
Já no ano de 2011, quando começava a ficar conhecido nacionalmente, Bolsonaro votou a favor de estender incentivos fiscais concedidos à indústria automotiva para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Neste ano, o custo da medida para os cofres públicos será de R$ 2,3 bilhões. Em 2019 chegará a R$ 7,2 bilhões. Também foi favorável ao aumento do número de setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos. E foi contrário ao fim do benefício para 56 setores, que chegou a R$ 25,2 bilhões em 2015.
Embora estivesse na Câmara, o candidato deixou o plenário durante a segunda votação da chamada PEC do Trabalho. A proposta foi aprovada e determina a expropriação de terras em que forem encontrados trabalhadores em condições análogas à escravidão ou cultivo ilegal de plantas psicotrópicas, como maconha ou coca (matéria prima para fabricação de cocaína). Em seu programa de governo, Bolsonaro propõe a revogação desta norma, como medida de segurança pública.
"A impressão que passa é que ele seguia seus instintos e a orientação do partido em que estava. Sua visão não é liberal, mas obviamente não chega a ser de esquerda. É um político que defende corporações e funcionários públicos, e acha que o estado tem de estimular alguns setores", disse ao mesmo jornal o ex-presidente do Banco Central Para Gustavo Loyola, para quem a economia nunca foi uma preocupação de Bolsonaro.
Um levantamento nos arquivos da Câmara Federal mostra que o deputado votou, por exemplo, contra a extinção da aposentadoria integral para servidores públicos, foi a favor da criação de novos municípios, foi contra a privatização das telecomunicações e da Petrobras e apoiou a concessão de isenções fiscais para setores específicos da economia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Embora proponha melhorias na saúde e na educação, por exemplo, Bolsonaro votou a favor da Emenda Constitucional 95, que instituiu o teto de gastos, congelando os investimentos públicos nas mesmas áreas. No entanto, votou a favor do Regime de Urgência para a Câmara analisar a criação de centenas de novos municípios, o que deve ampliar o gasto público.
O deputado também foi contra uma proposta para suspender as dívidas de estados em dificuldades financeiras, como o Rio de Janeiro, porque parte das contrapartidas era o aumento do desconto de previdência dos servidores e a privatização de estatais.
Hoje, o candidato se declara a favor da proposta de reforma da Previdência, mas votou contra o fim da aposentadoria integral para servidores públicos, em 2003. E em 2015, foi favorável à extinção do fator previdenciário, sistema que desestimula os trabalhadores a se aposentarem cedo. Atualmente, o ex-capitão admite que possa privatizar a Petrobras, mas nos anos 90 votou contra essa possibilidade. Na mesma época, o deputado votou contra o Plano Real.
Já no ano de 2011, quando começava a ficar conhecido nacionalmente, Bolsonaro votou a favor de estender incentivos fiscais concedidos à indústria automotiva para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Neste ano, o custo da medida para os cofres públicos será de R$ 2,3 bilhões. Em 2019 chegará a R$ 7,2 bilhões. Também foi favorável ao aumento do número de setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos. E foi contrário ao fim do benefício para 56 setores, que chegou a R$ 25,2 bilhões em 2015.
Embora estivesse na Câmara, o candidato deixou o plenário durante a segunda votação da chamada PEC do Trabalho. A proposta foi aprovada e determina a expropriação de terras em que forem encontrados trabalhadores em condições análogas à escravidão ou cultivo ilegal de plantas psicotrópicas, como maconha ou coca (matéria prima para fabricação de cocaína). Em seu programa de governo, Bolsonaro propõe a revogação desta norma, como medida de segurança pública.
"A impressão que passa é que ele seguia seus instintos e a orientação do partido em que estava. Sua visão não é liberal, mas obviamente não chega a ser de esquerda. É um político que defende corporações e funcionários públicos, e acha que o estado tem de estimular alguns setores", disse ao mesmo jornal o ex-presidente do Banco Central Para Gustavo Loyola, para quem a economia nunca foi uma preocupação de Bolsonaro.
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