Por Renato Rovai, em seu blog:
O assunto se tornou o mais comentado nos trending topics do Twitter, foi abordado em quase todos os blogues e sites do Brasil, levou o candidato Bolsonaro a se explicar nas redes, mas foi completamente ignorado pelos jornais da TV Globo, pela GloboNews e pelos portais G1 e o Globo.com.
Mas por que a Globo decidiu silenciar a respeito da mais completa denúncia de manipulação e corrupção desta campanha eleitoral que envolve diretamente um candidato a presidência da República e ao menos 156 empresários que teriam financiado de forma ilegal não só o candidato a presidente do PSL, como também candidatos aos governos de vários estados, como os de Minas Gerais e do Rio de Janeiro?
O blogue conversou com duas fontes que trabalham em veículos da família Marinho e descobriu que neste momento há um VT com o título “fake news” que entrou no espelho do Jornal Nacional. Mas que não há nenhuma menção a Bolsonaro nesta matéria.
Ou seja, o tema pode vir a ser tratado de forma ampla e citar a denúncia de hoje da Folha, mas dificilmente será uma reportagem dedicada a mostrar que as ações de Bolsonaro além de criminosas modificaram a correlação de forças entre os candidatos no primeiro turno. Alguns deles. inclusive, podem ter se elegido pelas fake news pagas com dinheiro de caixa 2 e outros podem ter perdido por isso.
A Globo não se decidiu por esse caminho de bom mocismo com Bolsonaro hoje. A decisão se deu na semana passada. Durante alguns dias ela permitiu reportagens como essa e como essa aqui. E a orientação era a de que elas deveriam “puxar pelas polêmicas”. E que não havia restrição a “bater em Bolsonaro”.
Depois disso, veio uma contra-ordem com o seguinte teor: a linha política seria dada pelo Jornal Nacional. E nada de polêmico sobre o candidato deveria ser noticiado antes de sair no JN.
Aos diretores desses veículos, a explicação dada foi a de que as pesquisas feitas pela Globo já apontavam a eleição como definida e que por este motivo não era hora de atacar Bolsonaro que já escolhera a Record como sua aliada principal.
Em resumo, a Globo teria capitulado por medo. A auto-censura teria sido o caminho de menor risco. Pode ser uma explicação falsa. A direção pode ter feito um acordo com as Forças Armadas e com a coordenação da campanha de Bolsonaro, mas o fato é que hoje a ordem foi cumprida a risca. Nada foi dito até às 17h15 quando esta matéria foi publicada.
O ambiente não está tranquilo nem na redação da Globo e muito menos na GloboNews e nos sites. A esperança é que a chamada “Fake News” no espelho do JN de hoje signifique mais do que uma matéria genérica sobre o tema, mas que seja um código para a Globo se livrar das amarras ou do acordo que fez com Bolsonaro.
Porque o constrangimento dos jornalistas que até agora não puderam sequer tratar do caso é razoável. Um deles disse que o ar está “irrespirável no Globo.com e no G1”. E que na Globo News alguns estão considerando seriamente deixar a emissora caso Bolsonaro venha a vencer a eleição. “Se antes de ele ganhar as coisas já estão assim, imagina depois”, ponderou.
O assunto se tornou o mais comentado nos trending topics do Twitter, foi abordado em quase todos os blogues e sites do Brasil, levou o candidato Bolsonaro a se explicar nas redes, mas foi completamente ignorado pelos jornais da TV Globo, pela GloboNews e pelos portais G1 e o Globo.com.
Mas por que a Globo decidiu silenciar a respeito da mais completa denúncia de manipulação e corrupção desta campanha eleitoral que envolve diretamente um candidato a presidência da República e ao menos 156 empresários que teriam financiado de forma ilegal não só o candidato a presidente do PSL, como também candidatos aos governos de vários estados, como os de Minas Gerais e do Rio de Janeiro?
O blogue conversou com duas fontes que trabalham em veículos da família Marinho e descobriu que neste momento há um VT com o título “fake news” que entrou no espelho do Jornal Nacional. Mas que não há nenhuma menção a Bolsonaro nesta matéria.
Ou seja, o tema pode vir a ser tratado de forma ampla e citar a denúncia de hoje da Folha, mas dificilmente será uma reportagem dedicada a mostrar que as ações de Bolsonaro além de criminosas modificaram a correlação de forças entre os candidatos no primeiro turno. Alguns deles. inclusive, podem ter se elegido pelas fake news pagas com dinheiro de caixa 2 e outros podem ter perdido por isso.
A Globo não se decidiu por esse caminho de bom mocismo com Bolsonaro hoje. A decisão se deu na semana passada. Durante alguns dias ela permitiu reportagens como essa e como essa aqui. E a orientação era a de que elas deveriam “puxar pelas polêmicas”. E que não havia restrição a “bater em Bolsonaro”.
Depois disso, veio uma contra-ordem com o seguinte teor: a linha política seria dada pelo Jornal Nacional. E nada de polêmico sobre o candidato deveria ser noticiado antes de sair no JN.
Aos diretores desses veículos, a explicação dada foi a de que as pesquisas feitas pela Globo já apontavam a eleição como definida e que por este motivo não era hora de atacar Bolsonaro que já escolhera a Record como sua aliada principal.
Em resumo, a Globo teria capitulado por medo. A auto-censura teria sido o caminho de menor risco. Pode ser uma explicação falsa. A direção pode ter feito um acordo com as Forças Armadas e com a coordenação da campanha de Bolsonaro, mas o fato é que hoje a ordem foi cumprida a risca. Nada foi dito até às 17h15 quando esta matéria foi publicada.
O ambiente não está tranquilo nem na redação da Globo e muito menos na GloboNews e nos sites. A esperança é que a chamada “Fake News” no espelho do JN de hoje signifique mais do que uma matéria genérica sobre o tema, mas que seja um código para a Globo se livrar das amarras ou do acordo que fez com Bolsonaro.
Porque o constrangimento dos jornalistas que até agora não puderam sequer tratar do caso é razoável. Um deles disse que o ar está “irrespirável no Globo.com e no G1”. E que na Globo News alguns estão considerando seriamente deixar a emissora caso Bolsonaro venha a vencer a eleição. “Se antes de ele ganhar as coisas já estão assim, imagina depois”, ponderou.
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