Por Altamiro Borges
Seguindo celeremente os passos do fascismo, que queimou livros, fechou teatros e cinemas e perseguiu artistas e intelectuais, o presidente-capetão Jair Bolsonaro tem reforçado o cerco à cultura no país. Desde sua posse, várias iniciativas já foram tomadas para estrangular o setor – inclusive com a extinção do ministério responsável por seu fortalecimento. A principal medida até agora, porém, tem sido a da asfixia do financiamento da criação artística. Nesta segunda-feira (25), em mais uma emblemática ação contra a cultura, a Caixa Econômica Federal anunciou o corte do patrocínio ao Cine Belas Artes, um dos cinemas mais famosos de São Paulo e do Brasil.
Segundo matéria de Rafael Gregorio, postada na Folha, “a partir da próxima quinta-feira (28), o Caixa Belas Artes voltará a ser apenas Belas Artes. E, caso não encontre novos patrocínios, o local pode fechar em dois meses. Esse é o prazo que o dono do Belas Artes, André Sturm, diz ter acertado com o proprietário do imóvel onde estão as seis salas do cinema, inaugurado com este nome em 1967; o aluguel custa quase R$ 2 milhões ao ano”. Em nota enviada ao jornal, a Caixa confirmou a interrupção e informou “os contratos de patrocínio estão sob análise’ – o que poderá ser o primeiro grande corte do banco estatal sob a gestão do truculento Jair Bolsonaro.
Secretário municipal de Cultura do ex-prefake João Doria, André Sturm afirma que o apoio da Caixa ao Belas Artes “nunca se deu por Lei Rouanet nem por benevolência ou filantropia”, mas por uma operação de marketing bem lucrativa. A marca do banco, informa, somou 1.150 citações na mídia em 2018, o equivalente a R$ 6,5 milhões no mercado publicitário. Ou seja: o problema não é financeiro, da chamada austeridade fiscal. O problema é político. Os fascistas detestam a cultura!
Como lembra a Folha, “situado na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, o Belas Artes é celebrado por público e críticos pela curadoria diversificada – na comparação com o cardápio das redes que dominam os shopping centers... O local exibe mais filmes, por mais tempo e com mais atenção à produção nacional. O local também é notório por promover séries especiais dedicadas a cineastas e filmes clássicos, como as mostras em homenagem a Cacá Diegues e a Grande Otelo, em 2017 e 2018, e a exposição de longas do diretor russo Andrei Tarkovski, em 2018. ‘É um espaço de oferta cultural, uma âncora contra a dominação cultural. Hoje, você vai aos diversos cinemas de shoppings, seja em bairros centrais ou periféricos, e vê uma pasteurização, a mesma lista de filmes; só muda se é dublado ou legendado. E no Belas Artes as estreias ficam em cartaz por mais tempo’”.
Seguindo celeremente os passos do fascismo, que queimou livros, fechou teatros e cinemas e perseguiu artistas e intelectuais, o presidente-capetão Jair Bolsonaro tem reforçado o cerco à cultura no país. Desde sua posse, várias iniciativas já foram tomadas para estrangular o setor – inclusive com a extinção do ministério responsável por seu fortalecimento. A principal medida até agora, porém, tem sido a da asfixia do financiamento da criação artística. Nesta segunda-feira (25), em mais uma emblemática ação contra a cultura, a Caixa Econômica Federal anunciou o corte do patrocínio ao Cine Belas Artes, um dos cinemas mais famosos de São Paulo e do Brasil.
Segundo matéria de Rafael Gregorio, postada na Folha, “a partir da próxima quinta-feira (28), o Caixa Belas Artes voltará a ser apenas Belas Artes. E, caso não encontre novos patrocínios, o local pode fechar em dois meses. Esse é o prazo que o dono do Belas Artes, André Sturm, diz ter acertado com o proprietário do imóvel onde estão as seis salas do cinema, inaugurado com este nome em 1967; o aluguel custa quase R$ 2 milhões ao ano”. Em nota enviada ao jornal, a Caixa confirmou a interrupção e informou “os contratos de patrocínio estão sob análise’ – o que poderá ser o primeiro grande corte do banco estatal sob a gestão do truculento Jair Bolsonaro.
Secretário municipal de Cultura do ex-prefake João Doria, André Sturm afirma que o apoio da Caixa ao Belas Artes “nunca se deu por Lei Rouanet nem por benevolência ou filantropia”, mas por uma operação de marketing bem lucrativa. A marca do banco, informa, somou 1.150 citações na mídia em 2018, o equivalente a R$ 6,5 milhões no mercado publicitário. Ou seja: o problema não é financeiro, da chamada austeridade fiscal. O problema é político. Os fascistas detestam a cultura!
Como lembra a Folha, “situado na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, o Belas Artes é celebrado por público e críticos pela curadoria diversificada – na comparação com o cardápio das redes que dominam os shopping centers... O local exibe mais filmes, por mais tempo e com mais atenção à produção nacional. O local também é notório por promover séries especiais dedicadas a cineastas e filmes clássicos, como as mostras em homenagem a Cacá Diegues e a Grande Otelo, em 2017 e 2018, e a exposição de longas do diretor russo Andrei Tarkovski, em 2018. ‘É um espaço de oferta cultural, uma âncora contra a dominação cultural. Hoje, você vai aos diversos cinemas de shoppings, seja em bairros centrais ou periféricos, e vê uma pasteurização, a mesma lista de filmes; só muda se é dublado ou legendado. E no Belas Artes as estreias ficam em cartaz por mais tempo’”.
0 comentários:
Postar um comentário