Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:
Bolsonaro é um somatório de contradições como nenhum inquilino do Palácio do Planalto jamais foi. E sequer chegamos ao final do terceiro mês de mandato. O que temos, portanto, é só um aperitivo. Qualquer tentativa de enumerar suas incoerências sempre deixa algo para trás. Mas vamos fazer uma tentativa.
É um patriota que bate continência para uma bandeira estrangeira, a dos Estados Unidos. Atitude cujo ridículo atroz o despreparo de sua figura simplória não lhe permitiu perceber. Equivale ao gesto do deputado Otávio Mangabeira, da conservadora União Democrática Nacional (UDN) que, em 1946, ajoelhou-se e beijou a mão do general norte-americano Dwight Eisenhower.
É um obcecado por segurança que não se importa com a segurança nacional. Foi assim no espetáculo jeca que patrocinou em Washington, onde entregou a base de Alcântara aos Estados Unidos em troca de promessas vagas de Donald Trump. Segue a mesma visão de Juraci Magalhães, embaixador da ditadura brasileira em Washington, que declarou “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, uma das frases mais infames da história da diplomacia nacional.
É um nacionalista que quer entregar o patrimônio da nação. É o que tem reiterado sempre, por sua palavra ou pela de seu preceptor em temas econômicos, Paulo Guedes. Seu projeto de privatização promete deixar no chinelo a era da privataria dos governos do PSDB.
É um militante antissistema que só militou em partidos do sistema. Cinco anos no PDC, dois no PPR, oito no PPB, dois no PTB, um no PFL, dois no PP, dois no PSC. Ainda firmou compromisso – que não cumpriu – com o Patriotas em 2017 – antes de desembarcar na sua legenda atual, o PSL, em 2018.
É um autonomeado militante da Nova Política que integra a Velha Política há três décadas. Portanto, é uma novidade antiga de 30 anos.
É um ex-militar que sempre obteve grande votação entre os militares, embora tenha deixado imagem péssima nos quartéis, sobretudo perante à oficialidade. “Mau militar”, disse dele o ex-presidente Ernesto Geisel. O superior do então capitão, o coronel Carlos Pellegrino, disse que argumentação de Bolsonaro era comprometida por “falta de lógica, racionalidade e equilíbrio”.
É um “ficha limpa” que recebeu 200 mil reais da JBS. E é suspeito de, enquanto deputado, receber dinheiro de seus funcionários de gabinete, a prática do popular “rachuncho”.
É um defensor da posse e do porte de armas de fogo como forma de autodefesa da população contra o crime. Mas, em 1995, quando esteve frente à frente com um assaltante, entregou-lhe sua pistola e sua moto.
É um cristão que preconiza o ódio, a prisão, o exílio e o assassinato de seus adversários. Adepto da religião fundada por um torturado, prega a tortura.
Bolsonaro gosta tanto de fake news que se transformou numa delas.
É um patriota que bate continência para uma bandeira estrangeira, a dos Estados Unidos. Atitude cujo ridículo atroz o despreparo de sua figura simplória não lhe permitiu perceber. Equivale ao gesto do deputado Otávio Mangabeira, da conservadora União Democrática Nacional (UDN) que, em 1946, ajoelhou-se e beijou a mão do general norte-americano Dwight Eisenhower.
É um obcecado por segurança que não se importa com a segurança nacional. Foi assim no espetáculo jeca que patrocinou em Washington, onde entregou a base de Alcântara aos Estados Unidos em troca de promessas vagas de Donald Trump. Segue a mesma visão de Juraci Magalhães, embaixador da ditadura brasileira em Washington, que declarou “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, uma das frases mais infames da história da diplomacia nacional.
É um nacionalista que quer entregar o patrimônio da nação. É o que tem reiterado sempre, por sua palavra ou pela de seu preceptor em temas econômicos, Paulo Guedes. Seu projeto de privatização promete deixar no chinelo a era da privataria dos governos do PSDB.
É um militante antissistema que só militou em partidos do sistema. Cinco anos no PDC, dois no PPR, oito no PPB, dois no PTB, um no PFL, dois no PP, dois no PSC. Ainda firmou compromisso – que não cumpriu – com o Patriotas em 2017 – antes de desembarcar na sua legenda atual, o PSL, em 2018.
É um autonomeado militante da Nova Política que integra a Velha Política há três décadas. Portanto, é uma novidade antiga de 30 anos.
É um ex-militar que sempre obteve grande votação entre os militares, embora tenha deixado imagem péssima nos quartéis, sobretudo perante à oficialidade. “Mau militar”, disse dele o ex-presidente Ernesto Geisel. O superior do então capitão, o coronel Carlos Pellegrino, disse que argumentação de Bolsonaro era comprometida por “falta de lógica, racionalidade e equilíbrio”.
É um “ficha limpa” que recebeu 200 mil reais da JBS. E é suspeito de, enquanto deputado, receber dinheiro de seus funcionários de gabinete, a prática do popular “rachuncho”.
É um defensor da posse e do porte de armas de fogo como forma de autodefesa da população contra o crime. Mas, em 1995, quando esteve frente à frente com um assaltante, entregou-lhe sua pistola e sua moto.
É um cristão que preconiza o ódio, a prisão, o exílio e o assassinato de seus adversários. Adepto da religião fundada por um torturado, prega a tortura.
Bolsonaro gosta tanto de fake news que se transformou numa delas.
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