Por Antonio Barbosa Filho
Comitês e grupos europeus pró-Democracia no Brasil e pela libertação imediata de Lula preparam-se para um grande encontro em Berlim, entre os dias 16 e 18 de agosto, que deverá unificar o discurso e as ações dos brasileiros na diáspora. Há dois anos atrás houve um primeiro encontro, em Amsterdam, que impulsionou a militância e praticamente dobrou o número dos coletivos organizados.
Recentemente, outro passo importante para a aglutinação dos brasileiros mobilizados contra Bolsonaro e o golpe de 2016 foi a Caravana Lula Livre, que percorreu importantes instituições internacionais em Paris, Genebra, Bruxelas e Estrasburgo. Nessas cidades, uma comitiva de cidadãos e cidadãs protocolou em cada entidade um documento de nove páginas denunciando a situação no Brasil sob o governo de extrema-direita e a politização do Judiciário que mantém Lula em cárcere político.
Segundo uma das organizadoras, Rebeca Lang, que vive em Paris desde os anos 90, a ideia da Caravana "já estava no coração de muitos há tempos, até que a companheira Suzete Souza Lima propôs ao grupo de Paris a visitação às instituições, começando pelo setor de Direitos Humanos da ONU, o Conselho e o Parlamento Europeus, o Conselho Mundial das Igrejas, a Organização Internacional do Trabalho, entre outras. Contatamos grupos em cada uma das cidades, que se dispuseram a nos receber e organizaram eventos artísticos e atos de rua em frente a cada organização internacional".
Chamar a atenção da mídia européia é uma das metas dos militantes. O midiativista Bruno Faussi, filiado ao PT e membro do Coletivo Andorinha, vive e atua em Lisboa, e afirma que "no impeachment a mídia internacional não entendia bem o que estava acontecendo porque baseava-se no que publicava a imprensa hegemônica dentro do Brasil. Os coletivos organizados na Europa e no resto do mundo, inclusive com a Caravana Lula Livre e agora o encontro de Berlim, estão fazendo com que os jornais e revistas daqui comecem a repensar o processo em andamento no Brasil desde 2016".
Em Berlim, sob coordenação da Fibra - Frente Internacional de Brasileiros Contra o Golpe, são esperados mais de 50 coletivos de quase todos os países da Europa e também das Américas, além dos que participarão por vídeo-conferência. A abertura constará de um painel reunindo o jornalista Breno Altman (do site Opera Mundi), a deputada na Espanha (brasileira) Maria Dantas, e a deputada estadual fluminense Renata Souza. Na mesma noite será aberta exposição de fotografias dos Coletivos e de Ricardo Stuckert e haverá um ato de confraternização, com a presença da filósofa Márcia Tiburi.
No dia 17 acontecerão oficinas e debates em grupos, e será projetado o filme "Entre Homens de Bem", que narra três anos da vida do ex-deputado Jean Wyllys, hoje refugiado na Alemanha devido a ameaças de morte feitas no Brasil por seguidores de Bolsonaro. Jean estará presente, como esteve no encontro de dois anos atrás na Holanda.
No dia 18, um ato pela Libertação de Lula e a aprovação de um documento de orientação aos brasileiros que vivem no exterior na luta pela reconquista da Democracia encerrarão o evento. O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé esteve presente na etapa de Bruxelas da Caravana Lula Livre e estará também no encontro de Berlim.
* Antonio Barbosa Filho é jornalista, autor de "Audálio,deputado", a ser lançado em setembro.
Comitês e grupos europeus pró-Democracia no Brasil e pela libertação imediata de Lula preparam-se para um grande encontro em Berlim, entre os dias 16 e 18 de agosto, que deverá unificar o discurso e as ações dos brasileiros na diáspora. Há dois anos atrás houve um primeiro encontro, em Amsterdam, que impulsionou a militância e praticamente dobrou o número dos coletivos organizados.
Recentemente, outro passo importante para a aglutinação dos brasileiros mobilizados contra Bolsonaro e o golpe de 2016 foi a Caravana Lula Livre, que percorreu importantes instituições internacionais em Paris, Genebra, Bruxelas e Estrasburgo. Nessas cidades, uma comitiva de cidadãos e cidadãs protocolou em cada entidade um documento de nove páginas denunciando a situação no Brasil sob o governo de extrema-direita e a politização do Judiciário que mantém Lula em cárcere político.
Segundo uma das organizadoras, Rebeca Lang, que vive em Paris desde os anos 90, a ideia da Caravana "já estava no coração de muitos há tempos, até que a companheira Suzete Souza Lima propôs ao grupo de Paris a visitação às instituições, começando pelo setor de Direitos Humanos da ONU, o Conselho e o Parlamento Europeus, o Conselho Mundial das Igrejas, a Organização Internacional do Trabalho, entre outras. Contatamos grupos em cada uma das cidades, que se dispuseram a nos receber e organizaram eventos artísticos e atos de rua em frente a cada organização internacional".
Chamar a atenção da mídia européia é uma das metas dos militantes. O midiativista Bruno Faussi, filiado ao PT e membro do Coletivo Andorinha, vive e atua em Lisboa, e afirma que "no impeachment a mídia internacional não entendia bem o que estava acontecendo porque baseava-se no que publicava a imprensa hegemônica dentro do Brasil. Os coletivos organizados na Europa e no resto do mundo, inclusive com a Caravana Lula Livre e agora o encontro de Berlim, estão fazendo com que os jornais e revistas daqui comecem a repensar o processo em andamento no Brasil desde 2016".
Em Berlim, sob coordenação da Fibra - Frente Internacional de Brasileiros Contra o Golpe, são esperados mais de 50 coletivos de quase todos os países da Europa e também das Américas, além dos que participarão por vídeo-conferência. A abertura constará de um painel reunindo o jornalista Breno Altman (do site Opera Mundi), a deputada na Espanha (brasileira) Maria Dantas, e a deputada estadual fluminense Renata Souza. Na mesma noite será aberta exposição de fotografias dos Coletivos e de Ricardo Stuckert e haverá um ato de confraternização, com a presença da filósofa Márcia Tiburi.
No dia 17 acontecerão oficinas e debates em grupos, e será projetado o filme "Entre Homens de Bem", que narra três anos da vida do ex-deputado Jean Wyllys, hoje refugiado na Alemanha devido a ameaças de morte feitas no Brasil por seguidores de Bolsonaro. Jean estará presente, como esteve no encontro de dois anos atrás na Holanda.
No dia 18, um ato pela Libertação de Lula e a aprovação de um documento de orientação aos brasileiros que vivem no exterior na luta pela reconquista da Democracia encerrarão o evento. O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé esteve presente na etapa de Bruxelas da Caravana Lula Livre e estará também no encontro de Berlim.
* Antonio Barbosa Filho é jornalista, autor de "Audálio,deputado", a ser lançado em setembro.
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