Da Rede Brasil Atual:
A vitória da chapa Alberto Fernández e Cristina Kirchner, nas eleições primárias na Argentina, é uma virada de jogo de maneira democrática por parte da esquerda e assusta os setores conservadores latino-americanos. Essa é a avaliação de Amauri Chamorro, consultor e analista internacional. Para ele, a eleição do campo progressista pode ser um aviso para toda América do sul.
“Os setores conservadores da América Latina se assustaram com o resultado, ninguém acreditava que a chapa de Fernández e Cristina ganharia espaço. Porém, isso foi uma surra. É a virada de jogo de maneira democrática. Isso assusta quem apostou no lawfare e toda a direita eleita na América do Sul”, disse Chamorro, à Rádio Brasil Atual, ao citar os ataques da imprensa argentina contra Kirchner.
No último domingo (11), Fernández, que tem como vice em sua chapa a ex-mandatária Cristina Kirchner, surpreendeu ao vencer a disputa primária com 47% dos votos, com uma vantagem de 15 pontos sobre o segundo colocado, o atual presidente do país, Mauricio Macri, que conta com apoio de Jair Bolsonaro.
Segundo Chamarro, é quase impossível que o Macri dê uma volta no resultado, já que os números da primária é a construção de “um processo impressionante”, pois conseguiu modificar o ânimo do país. Ele ainda lembra que o atual presidente perdeu apoio de diversos setores da sociedade. “Não é uma votação da esquerda argentina, mas de setores socioeconômicos, de centro e da direita que preferem Fernández do que continuar com o Macri. O atual presidente tomou medidas que prejudicou famílias, sejam elas de direita ou de esquerda“, explicou.
O apoio de Bolsonaro a Macri só prejudica o argentino, já que a figura do presidente brasileiro, conhecido pelos posicionamentos misóginos, racistas e prol ditadura, não é bem avaliado no país vizinho. “O Bolsonaro é um palhaço internacionalmente, que ridiculariza o Brasil. Ele é uma mistura de um bufão com um paramilitar, por isso, fora do Brasil, estranham a figura dele, inclusive os setores que apoiam Macri. O apoio de um homem como esse não ajuda em nada”, acrescentou Chamorro.
“Os setores conservadores da América Latina se assustaram com o resultado, ninguém acreditava que a chapa de Fernández e Cristina ganharia espaço. Porém, isso foi uma surra. É a virada de jogo de maneira democrática. Isso assusta quem apostou no lawfare e toda a direita eleita na América do Sul”, disse Chamorro, à Rádio Brasil Atual, ao citar os ataques da imprensa argentina contra Kirchner.
No último domingo (11), Fernández, que tem como vice em sua chapa a ex-mandatária Cristina Kirchner, surpreendeu ao vencer a disputa primária com 47% dos votos, com uma vantagem de 15 pontos sobre o segundo colocado, o atual presidente do país, Mauricio Macri, que conta com apoio de Jair Bolsonaro.
Segundo Chamarro, é quase impossível que o Macri dê uma volta no resultado, já que os números da primária é a construção de “um processo impressionante”, pois conseguiu modificar o ânimo do país. Ele ainda lembra que o atual presidente perdeu apoio de diversos setores da sociedade. “Não é uma votação da esquerda argentina, mas de setores socioeconômicos, de centro e da direita que preferem Fernández do que continuar com o Macri. O atual presidente tomou medidas que prejudicou famílias, sejam elas de direita ou de esquerda“, explicou.
O apoio de Bolsonaro a Macri só prejudica o argentino, já que a figura do presidente brasileiro, conhecido pelos posicionamentos misóginos, racistas e prol ditadura, não é bem avaliado no país vizinho. “O Bolsonaro é um palhaço internacionalmente, que ridiculariza o Brasil. Ele é uma mistura de um bufão com um paramilitar, por isso, fora do Brasil, estranham a figura dele, inclusive os setores que apoiam Macri. O apoio de um homem como esse não ajuda em nada”, acrescentou Chamorro.
Acordo com o Paraguai
O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (13), a criação de uma subcomissão para analisar o acordo bilateral entre Brasil e Paraguai sobre compra de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu, que provocou uma crise política no país e ameaçava a permanência no cargo do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. Apesar do negócio ter sido cancelado, no começo de agosto, ele será investigado.
Negociado em sigilo, polêmico acordo, que aumentava custo de energia para o Paraguai, representaria um custo total extra de mais US$ 200 milhões de dólares entre 2019 e 2022 – valor que representa quase 50% do que o Paraguai pagou à Itaipu Binacional no ano passado (US$ 394 milhões).
Segundo Chamorro, o acordo deve ter sido assinado por pressão diplomática pelo governo Brasileira, para dar exclusividade para uma empresa ligada ao PSL, partido de Bolsonaro. “É uma questão que vai ter mais relevância no Brasil, pois é estranho uma empresa privada vinculada ao partido de Bolsonaro, que nunca teve participação no setor, ter capacidade de conseguir um acordo de exclusividade com o Paraguai e revender energia elétrica”, disse.
O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (13), a criação de uma subcomissão para analisar o acordo bilateral entre Brasil e Paraguai sobre compra de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu, que provocou uma crise política no país e ameaçava a permanência no cargo do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. Apesar do negócio ter sido cancelado, no começo de agosto, ele será investigado.
Negociado em sigilo, polêmico acordo, que aumentava custo de energia para o Paraguai, representaria um custo total extra de mais US$ 200 milhões de dólares entre 2019 e 2022 – valor que representa quase 50% do que o Paraguai pagou à Itaipu Binacional no ano passado (US$ 394 milhões).
Segundo Chamorro, o acordo deve ter sido assinado por pressão diplomática pelo governo Brasileira, para dar exclusividade para uma empresa ligada ao PSL, partido de Bolsonaro. “É uma questão que vai ter mais relevância no Brasil, pois é estranho uma empresa privada vinculada ao partido de Bolsonaro, que nunca teve participação no setor, ter capacidade de conseguir um acordo de exclusividade com o Paraguai e revender energia elétrica”, disse.
Ouça a entrevista completa [aqui].
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