Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Ao longo de seus 16 meses, Sérgio Moro foi o Ministro da Justiça mais subserviente da história moderna do país.
Atendeu Bolsonaro várias vezes, abrindo inquéritos contra críticos baseado na Lei de Segurança Nacional.
Invocando a mesma LSN, colocou a Polícia Federal em cima de um caseiro para obrigá-lo a mudar seu depoimento. Não incluiu o miliciano Adriano da Nóbrega – procurado pela polícia de dois estados – na lista dos maiores criminosos brasileiros.
Mais do que isso, suportou toda espécie de humilhações quando Bolsonaro estava no auge. Ontem mesmo – segundo ele próprio admitiu – estaria disposto a aceitar a demissão de Marcelo Valeixo, se pudesse opinar sobre seu substituto.
Sai do governo porque Bolsonaro, o idiota, não lhe deu nenhuma outra alternativa.
Foi obrigado por Bolsonaro.
Ou haveria outra alternativa, depois de saber da saída de Valeixo pelo Diário Oficial.
Sem alternativas, pediu demissão e, aí, mostrou seu senso de oportunismo político: atirou no coração do bolsonarismo ao revelar as intenções de Bolsonaro de ter acesso aos relatórios de inteligência da Polícia Federal.
E isso em um momento em que Bolsonaro está em franca baixa política.
Não é a primeira vez.
Na campanha do impeachment, suas intervenções foram fundamentais para colocar fogo no país, desde o vazamento dos diálogos ilegais entre Lula e Dilma, ao vídeo de Palocci, na véspera das eleições de 2018.
No seu discurso, ele lembrou que seu homem de confiança, Maurício Valeixo, impediu a libertação de Lula, beneficiado por um habeas corpus.
As consequências da saída de Sérgio Moro são óbvias:
Com o navio fazendo água vai haver desembarque em massa do governo Bolsonaro, começando pelas redes sociais.
Haverá um foco inédito nas investigações do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as fake news, e, agora, sobre o gabinete do ódio.
Hoje vazaram os primeiros nomes de parlamentares ligados às manifestações pró-AI5.
Já deve haver elementos para chegar em Carlos Bolsonaro.
STF já deu sinais de que irá reagir.
Sua posição provavelmente acelerará o desembarque de Augusto Aras da nau de Bolsonaro, assim como a Polícia Federal.
A saída de Moro tira de Bolsonaro o último ponto de apoio, os militares.
O primeiro tempo do jogo, a era Bolsonaro, parece caminhar para o fim.
O segundo tempo do jogo é a direita se reunificando em torno de Moro, apesar das supinas demonstrações de mediocridade em toda sua gestão.
E uma tentativa de reavivar a Lava Jato para inviabilizar tentativas das esquerdas de se reagrupar para 2022.
Mas o que importa é apenas o símbolo.
E o símbolo se faz com doses maciças de publicidade.
O que ainda segura Bolsonaro é o receio da militarização final do governo, com a posse do vice-presidente Hamilton Mourão.
Ao longo de seus 16 meses, Sérgio Moro foi o Ministro da Justiça mais subserviente da história moderna do país.
Atendeu Bolsonaro várias vezes, abrindo inquéritos contra críticos baseado na Lei de Segurança Nacional.
Invocando a mesma LSN, colocou a Polícia Federal em cima de um caseiro para obrigá-lo a mudar seu depoimento. Não incluiu o miliciano Adriano da Nóbrega – procurado pela polícia de dois estados – na lista dos maiores criminosos brasileiros.
Mais do que isso, suportou toda espécie de humilhações quando Bolsonaro estava no auge. Ontem mesmo – segundo ele próprio admitiu – estaria disposto a aceitar a demissão de Marcelo Valeixo, se pudesse opinar sobre seu substituto.
Sai do governo porque Bolsonaro, o idiota, não lhe deu nenhuma outra alternativa.
Foi obrigado por Bolsonaro.
Ou haveria outra alternativa, depois de saber da saída de Valeixo pelo Diário Oficial.
Sem alternativas, pediu demissão e, aí, mostrou seu senso de oportunismo político: atirou no coração do bolsonarismo ao revelar as intenções de Bolsonaro de ter acesso aos relatórios de inteligência da Polícia Federal.
E isso em um momento em que Bolsonaro está em franca baixa política.
Não é a primeira vez.
Na campanha do impeachment, suas intervenções foram fundamentais para colocar fogo no país, desde o vazamento dos diálogos ilegais entre Lula e Dilma, ao vídeo de Palocci, na véspera das eleições de 2018.
No seu discurso, ele lembrou que seu homem de confiança, Maurício Valeixo, impediu a libertação de Lula, beneficiado por um habeas corpus.
As consequências da saída de Sérgio Moro são óbvias:
Com o navio fazendo água vai haver desembarque em massa do governo Bolsonaro, começando pelas redes sociais.
Haverá um foco inédito nas investigações do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as fake news, e, agora, sobre o gabinete do ódio.
Hoje vazaram os primeiros nomes de parlamentares ligados às manifestações pró-AI5.
Já deve haver elementos para chegar em Carlos Bolsonaro.
STF já deu sinais de que irá reagir.
Sua posição provavelmente acelerará o desembarque de Augusto Aras da nau de Bolsonaro, assim como a Polícia Federal.
A saída de Moro tira de Bolsonaro o último ponto de apoio, os militares.
O primeiro tempo do jogo, a era Bolsonaro, parece caminhar para o fim.
O segundo tempo do jogo é a direita se reunificando em torno de Moro, apesar das supinas demonstrações de mediocridade em toda sua gestão.
E uma tentativa de reavivar a Lava Jato para inviabilizar tentativas das esquerdas de se reagrupar para 2022.
Mas o que importa é apenas o símbolo.
E o símbolo se faz com doses maciças de publicidade.
O que ainda segura Bolsonaro é o receio da militarização final do governo, com a posse do vice-presidente Hamilton Mourão.
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