Por Fernando Brito, em seu blog:
Não é difícil de entender: o líder de uma equipe teria todas as condições de evitar o que o próprio Paulo Guedes reconheceu hoje ser uma “debandada” na equipe econômica.
Mais uma semana aqui, mais duas ali, nada disso é algo que, em condições normais, uma chefe possa pedir a seus subordinados, invocando a continuidade dos trabalhos em curso e uma transição suave de comando.
Se isso não aconteceu, das duas uma: ou Guedes não tem ascendência alguma sobre sua equipe ou ele joga com a ameaça do caos na economia para pressionar o Presidente da República para viabilizar medidas impopulares e que só passarão pelo congresso com o uso da força de Jair Bolsonaro.
A demissão, no mesmo dia, de Salim Mattar – dono da Localiza e coronel comandante da Divisão de Privatizações do governo e de Paulo Ueda, chefe da unidade de demolição do Serviço Público, devem ser olhadas assim.
Nenhum dos dois ia fazer, nas próximas semanas ou meses, nem privatizações nem reformas administrativas em meio ao caos econômico da pandemia.
Mas anunciar, de um só vez, como tendo sido surpreendido, a saída de ambos logo depois de um encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e ainda dizer que as reformas dependem de o presidente querer para serem enviadas ao Congresso é, na prática, apertar o botão do f….
Que sacrifícios vai pedir dos deputados se não os consegue sequer dos auxiliares que nomeou?
O recado é outro: debanda-se quando se vê o desastre, o horror, o tsunami se aproximando.
Guedes e sua turma sabem que a ilusão de índices melhores dos que os registrados no caos nada querem dizer quando se fala do desempenho da economia e que não era a portinha da loja fechada o que estava arruinando a economia.
Abri-las para o vazio, mesmo com álcool gel na porta não é solução econômica.
Ao mesmo tempo, o pequeno crescimento de popularidade de Bolsonaro entre os mais pobres, com o auxílio-emergencial fez o Mito salivar e exigir alternativas para “manter isso” sem novos tributos. Não dá, é claro.
O recado de Guedes aos parlamentares e ao próprio Bolsonaro é claro: façam o que eu peço, senão quem debandará sou eu e as consequências serão terríveis.
Nem com uns, nem com outro isso funcionará.
Guedes está com o passaporte carimbado para sair do comando da economia e, para o mercado, já fará pouca diferença quem administra a xepa estatal neste final de feira.
Os generais palacianos já miram o controle do cofre.
Mais uma semana aqui, mais duas ali, nada disso é algo que, em condições normais, uma chefe possa pedir a seus subordinados, invocando a continuidade dos trabalhos em curso e uma transição suave de comando.
Se isso não aconteceu, das duas uma: ou Guedes não tem ascendência alguma sobre sua equipe ou ele joga com a ameaça do caos na economia para pressionar o Presidente da República para viabilizar medidas impopulares e que só passarão pelo congresso com o uso da força de Jair Bolsonaro.
A demissão, no mesmo dia, de Salim Mattar – dono da Localiza e coronel comandante da Divisão de Privatizações do governo e de Paulo Ueda, chefe da unidade de demolição do Serviço Público, devem ser olhadas assim.
Nenhum dos dois ia fazer, nas próximas semanas ou meses, nem privatizações nem reformas administrativas em meio ao caos econômico da pandemia.
Mas anunciar, de um só vez, como tendo sido surpreendido, a saída de ambos logo depois de um encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e ainda dizer que as reformas dependem de o presidente querer para serem enviadas ao Congresso é, na prática, apertar o botão do f….
Que sacrifícios vai pedir dos deputados se não os consegue sequer dos auxiliares que nomeou?
O recado é outro: debanda-se quando se vê o desastre, o horror, o tsunami se aproximando.
Guedes e sua turma sabem que a ilusão de índices melhores dos que os registrados no caos nada querem dizer quando se fala do desempenho da economia e que não era a portinha da loja fechada o que estava arruinando a economia.
Abri-las para o vazio, mesmo com álcool gel na porta não é solução econômica.
Ao mesmo tempo, o pequeno crescimento de popularidade de Bolsonaro entre os mais pobres, com o auxílio-emergencial fez o Mito salivar e exigir alternativas para “manter isso” sem novos tributos. Não dá, é claro.
O recado de Guedes aos parlamentares e ao próprio Bolsonaro é claro: façam o que eu peço, senão quem debandará sou eu e as consequências serão terríveis.
Nem com uns, nem com outro isso funcionará.
Guedes está com o passaporte carimbado para sair do comando da economia e, para o mercado, já fará pouca diferença quem administra a xepa estatal neste final de feira.
Os generais palacianos já miram o controle do cofre.
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