Por Altamiro Borges
A privatização do setor elétrico segue causando transtornos
no Amapá. Neste fim de semana, segundo relato do jornal Estadão, ocorreram
protestos em várias localidades que estão sem energia desde terça-feira (3)
devido a incêndio em uma subestação de Macapá. As manifestações foram
reprimidas pela Polícia Militar.
Diante do caos em vários municípios amapaenses, a Justiça
Federal determinou que a empresa espanhola Isolux, responsável pela subestação,
restabeleça o fornecimento de energia elétrica sob o risco de multa de R$ 15
milhões. A estatal Eletrobras foi acionada para consertar os danos causados
pela empresa privada.
O apagão no Amapá – com a falta de energia elétrica nas residências e serviços essenciais, queda da internet, filas quilométricas em postos de combustíveis, entre outros desastres – soou o sinal de alerta até na mídia privatista. Muitos “analistas” agora questionam o plano de Bolsonaro-Guedes de privatização da Eletrobras.
O apagão coloca em risco a realização das eleições
municipais do próximo domingo (15) no Amapá. Segundo matéria da Folha, a
prefeitura de Macapá já decretou estado de calamidade pública. “Sem energia elétrica
e água, os candidatos defendem adiamento da eleição". O clima é de caos na
cidade!
De acordo com o jornal, o apagão inclusive "embaralhou
a disputa eleitoral na capital do Amapá e fez com que os candidatos de oposição
mirassem a artilharia contra o candidato Josiel Alcolumbre (DEM), irmão do
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)", que estava à frente das
pesquisas.
"A população enfrenta desabastecimento em mercados,
filas em postos de combustível e unidades de saúde fechadas. Nas casas, além de
não ter energia, também falta água. O cenário deu munição aos candidatos
oposicionistas, que criticam o governo do estado e a prefeitura por negligência
e lentidão", descreve a Folha.
O jornal ainda acrescenta: "O prefeito e o governador
buscam se mostrar diligentes. A própria realização da eleição em 15 de novembro
é colocada em xeque. Os três principais candidatos da oposição defenderam
publicamente que o pleito seja adiado. A decisão, contudo, caberá ao Tribunal
Regional Eleitoral do Amapá".
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