domingo, 8 de novembro de 2020

Madero e Havan já pagaram suas multas?

Por Altamiro Borges


Perguntar não ofende-1: Em outubro, a rede de lanchonetes Madero foi multada pela Controladoria-Geral da União (CGU) sob a acusação de pagamento de propina para agentes públicos. O empresário bolsonarista Júnior Durski – aquele que minimizou as mortes por Covid-19 – já pagou a multa?

A CGU determinou que a rede Madero teria que pagar R$ 442,69 mil (0,1% do seu faturamento bruto em 2017) por dar "vantagens indevidas, em dinheiro e em alimentos, a servidores do Ministério da Agricultura designados para fiscalizar as suas instalações em Balsa Nova (PR) e Ponta Grossa (PR)".

Na ocasião, a empresa do bolsonarista esperneou: "A companhia não concorda com a manifestação da CGU e vai adotar todas as medidas legais cabíveis para recorrer da decisão... O Grupo Madero é uma empresa sólida e idônea". Dada a desculpa, volta a pergunta: pagou ou não a multa?

Luciano Hang xinga reitor: FDP 

Perguntar não ofende-2: Outro bolsonarista multado recentemente foi o patético Luciano Hang, o "véio da Havan". No final de setembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o empresário a pagar uma multa de R$ 5 mil por chamar o reitor da Unicamp de "FDP". Ele já pagou a merreca?

O TJ-SP condenou o dono das Lojas Havan a indenizar o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. Segundo relato de Rogério Gentile no site UOL, "famoso por seus ternos verde-bandeira, o empresário bolsonarista chamou Knobel de 'Reitor FDP' em uma postagem na internet em 29 de julho de 2019".

"Chamar qualquer pessoa de FDP é uma conduta reprovável, que ninguém aceita com tranquilidade... Ninguém se sente bem em ser chamado de filho da puta. Chateia, aborrece, ofende, pode virar motivo de chacota", alegou o desembargador Moreira de Carvalho na ocasião da sentença.

Difusor de fake news e propagador de ódio

A punição do bilionário, porém, foi bem branda. O Tribunal de Justiça reduziu a indenização estabelecida em primeira instância, de R$ 20,9 mil para R$ 5 mil. Os desembargadores também revogaram a obrigação de que Luciano Hang fizesse a retratação da mentira odiosa em suas redes sociais.

Conforme lembra o site, "no post em que ofendeu o reitor da Unicamp, Luciano Hang escreveu que Knobel, segundo um amigo, havia gritado 'viva la revolução' durante uma formatura". Mas o reitor nem esteve no evento citado pelo famoso difusor de fake news e propagador de ódio nas redes sociais

"O juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1ª Vara da Fazenda Pública, disse em sua sentença que a história não era verdadeira. O reitor, que é professor de física, mostrou à Justiça que nem mesmo havia participado do evento e disse que havia sido vítima de fake news", acrescenta o UOL. Ficou bem barato para o “véio da Havan”!

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