Enquanto Ricardo Salles, o ministro das queimadas, curte a vida em Fernando de Noronha e dispara tuítes contra seus rivais no laranjal, e o general-vice Hamilton Mourão planeja um tour pelas florestas, a Amazônia bate recorde de desmatamento no mês de outubro, segundo reportagem da Folha:
"Mesmo ainda sem os dados completos de outubro, o desmatamento na Amazônia no mês foi recorde e apresenta crescimento de 37% em relação a outubro de 2019. Até o último dia 23, foram derrubados cerca 758 km² de floresta, mostram dados do Deter, programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)".
Esse aumento ocorre na esteira de meses com altos índices de desmate. Julho e agosto tiveram derrubadas acima dos 1.000 km² e setembro não ficou muito distante desta marca. Os quatro últimos meses somados (4.736 km²) já ultrapassam o desmatamento ocorrido em 2011-2012 (4.571 km²).
A inépcia dos militares na região
Os dados do Inpe desmoralizam o sinistro Salles e o general Hamilton Mourão, o vice que ocupa militarmente a região. "Os níveis elevados de destruição ocorrem em meio à presença, desde maio, das Forças Armadas na floresta para a Operação Verde Brasil-2, destinada a combater ilícitos ambientais", relata a Folha, que realça:
"Mesmo com o Exército no local, tanto o desmate quanto as queimadas não dão sinal de arrefecerem. As queimadas em outubro na Amazônia, por exemplo, apesar também da existência de uma moratória do fogo, chegaram ao segundo maior valor registrado na última década". A incompetência dos milicos é flagrante!
A ação destrutiva do rei das queimadas e do general inepto repercute no mundo. Em setembro, oito países europeus (Alemanha, Dinamarca, França, Itália, Holanda, Noruega, Reino Unido e Bélgica) enviaram carta a Hamilton Mourão afirmando que o aumento do desmate dificultaria a compra de produtos brasileiros.
O tour de Mourão na Amazônia
“Enquanto isso, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo começou a publicar em redes sociais uma campanha que aborda ‘interesses que nem sempre são claros sobre a preservação da Amazônia, a qual repete afirmações desprovidas de contexto com as quais Bolsonaro tenta se defender de dados que mostram o aumento da destruição”, ironiza a Folha.
Já o canastrão general Hamilton Mourão “prometeu levar embaixadores de países que condenam a política ambiental brasileira para conhecer a Amazônia... A ideia, segundo comunicado da assessoria da vice-presidência, é "mostrar à comunidade nacional e internacional que a Amazônia brasileira continua preservada”. Patético!
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