Foto: Ceagesp |
Com o fim do auxílio emergencial e a explosão do desemprego, o Brasil passará a registrar cenas chocantes como as da madrugada desta quinta-feira (14) na Ceagesp, na capital paulista. Milhares de pessoas formaram uma fila gigantesca para receber alimentos doados pelos comerciantes. Muitos aparentavam estar famélicos, à míngua.
Segundo relato da revista Veja, "o anúncio da distribuição de cestas com alimentos pela Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) atraiu uma multidão ao local, com pessoas esperando mais de 12 horas para poder receber a ajuda". Foram distribuídas 3 mil cestas com frutas, legumes e verduras - as senhas começaram a ser entregues às 8 horas da manhã.
A revista alerta que a iniciativa, aparentemente assistencial e elogiável, teve objetivos politiqueiros, oportunistas. O bolsonarista que comanda a Ceagesp, coronel Ricardo Mello Araújo, deu alimentos para pessoas que são vítimas da política genocida e desumana do "capetão" Jair Bolsonaro. Haja cinismo!
“A iniciativa tem dois componentes políticos. O primeiro é que ela é resultado de uma parceria entre os comerciantes e a nova direção da companhia, chefiada pelo coronel Ricardo Mello Araújo, ex-comandante da Rota (força de elite da Polícia Militar de São Paulo), que assumiu em outubro do ano passado após ser escolhido e nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, de quem é um entusiasta”, registra a Veja, que completa:
“O outro componente político da ação é que ela é também resultado de um protesto dos comerciantes do entreposto contra a iniciativa de Doria de promover aumento do ICMS a partir de sexta-feira, 15, para alguns serviços e produtos, o que, segundo eles, afetaria a produção e a comercialização de alimentos. Na semana passada um protesto foi realizado pelos comerciantes do entreposto”.
0 comentários:
Postar um comentário