A deputada-pastora Flordelis dos Santos, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o também pastor Anderson do Carmo, não participou da votação sobre a prisão do miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), na sexta-feira passada (19). A ausência da neopentecostal-bolsonarista não salvou o miliciano-bolsonarista do inferno.
Segundo o jornal Extra, a parlamentar alegou problemas de saúde. “Por força de todo nervosismo com minha situação jurídica e política atual e do estresse que o momento me ocasiona, fui tomada por um mal súbito (ainda sequelas de um AVC), que me obrigou a buscar ajuda médica", justificou a deputada, que atualmente não goza de muita credibilidade.
Apesar da pastora, a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira foi mantida por 364 votos, contra 130 e três abstenções. O miliciano desbocado e violento, todo metido a valentão, não foi perdoado – nem mesmo depois de ter implorado clemência em um vídeo patético. Como lembra o jornal Extra, "assim como Silveira, Flordelis também é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e poderá perder o mandato".
Os velhacos do partido Novo
A votação de sexta-feira teve outras cenas curiosas. Só para citar mais um caso. O único partido que votou unido pela libertação do miliciano foi o Novo – o que confirma que a sigla é formada de ultraneoliberais adeptos do fascismo. Os oito deputados decepcionaram até o fundador da legenda, o empresário João Amoêdo – que disputou a presidência em 2018 e, no segundo turno, apoiou Jair Bolsonaro.
“Discordo do voto da bancada que foi contra a manutenção da prisão do deputado bolsonarista”, tuitou João Amoêdo, que ainda confessou: “É decepcionante, também, que o partido não seja oposição ao desgoverno que temos hoje. Não era esse o papel que imaginávamos para o Novo quando da sua fundação”. A legenda do governador mineiro Romeu Zema é uma desgraça total!
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