Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:
Ninguém está acima da lei.
Este é um princípio democrático e civilizatório que se aplica tanto a civis quanto a militares.
A CPI da Pandemia do Senado Federal descobriu fortíssimos indícios de que há, dentro e fora do Ministério da Saúde, verdadeiras máfias que operam para obter propinas em compras de vacinas e outros insumos necessários para o enfrentamento à maior tragédia humanitária da história do Brasil.
São criminosos da pior espécie, grupos que seriam compostos tanto por civis quanto por militares.
Essas máfias, somadas à estratégia criminosa de impingir a imunidade natural de rebanho tanto a civis quanto a militares, são, ao menos, parcialmente responsáveis pelas cerca de 530 mil mortes de brasileiros, civis e militares.
A CPI vem atuando com a finalidade de identificar e punir essas organizações criminosas, para impedir um grave crime continuado, para honrar a memória de civis e militares que se foram e, sobretudo, de modo a contribuir para salvar vidas de brasileiras e brasileiros, civis e militares.
Ao fazê-lo, a CPI não ofende ninguém, civil ou militar.
Ofende apenas a negligência, a incompetência, a estratégia deliberada de conduzir brasileiros a morte.
Ofende o charlatanismo dos tratamentos ineficazes.
Ofende a ignorância e os que atacam a ciência.
Ofende os que sufocaram amazonenses por falta de oxigênio.
Ofende os que não usam máscaras e os que se recusam a ser solidários ao não praticar o isolamento social.
Ofende os que obrigam vastas parcelas da população a sair de casa e ariscar a vida por falta de um auxílio emergencial decente.
Ofende também os criminosos e os mercadores da morte.
Em sentido contrário, a CPI defende a lei, defende a Constituição, defende a ciência e defende a vida de todos, civis e militares.
A CPI, por certo, não se acovardará.
A CPI está do lado certo da História.
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