Por João Guilherme Vargas Netto
Grandes e importantes categorias de trabalhadores têm datas-base no segundo semestre de 2021.
O balanço das negociações e das campanhas no primeiro semestre apresentou, segundo o Dieese, resultados muito negativos, com metade delas não conseguindo zerar a inflação do período anterior de vigência da convenção coletiva ou do acordo.
A conjuntura econômica, social, política, ambiental e pandêmica é reconhecidamente difícil, com uma correlação de forças desfavorável à luta dos trabalhadores e à ação sindical em todos os aspectos.
Mas, levando-se em conta o peso e a experiência das categorias que têm datas-base no segundo semestre – metalúrgicos, telefônicos, carteiros, bancários, petroleiros e muitas outras – pode-se esperar que a negatividade geral da situação seja revertida (ou pelo menos atenuada) no curso das campanhas que forem bem conduzidas, até mesmo porque em alguns setores o quadro econômico é vantajoso às empresas e aos trabalhadores.
Para tanto, os metalúrgicos lançaram em São Paulo e no Paraná suas campanhas abrangentes do semestre aprovando as pautas a serem defendidas e mobilizando desde já os sindicatos.
Para que as campanhas tenham o sucesso esperado faço cinco considerações que considero relevantes:
1- O espírito de resistência, que é o corolário da busca de relevância das direções sindicais;
2- A justeza dos objetivos a serem alcançados, com pautas realistas e convincentes; uma novidade é a exigência emergencial do vale-gás para os metalúrgicos e suas famílias, bem como a quantificação prévia do aumento real a ser conquistado;
3- A experiência do passado, das lutas, das vitórias e das dificuldades já enfrentadas em outras ocasiões;
4- A unidade das diretorias dos sindicatos, como resultado e estímulo à própria unidade dos trabalhadores;
5- A aproximação com os trabalhadores e trabalhadoras, organizando campanhas que levem os sindicatos a subir às bases, enfrentando junto com elas todas as dificuldades.
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