Lula e Macron, Paris, em 17/11/21. Foto: Ricardo Stuckert |
No impeachment fraudulento da presidente Dilma, as oligarquias dominantes e sua mídia propagavam que as instituições estavam “funcionando normalmente”.
Enquanto isso, no outro lado do Atlântico, a imprensa europeia denunciava o golpe de Estado. Um analista português afirmou que a sessão da Câmara de 17 de abril de 2016 foi uma “assembleia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha fazendo a destituição de uma Presidente sem qualquer base jurídica nem constitucional”.
Com a Lava Jato se passou o mesmo. Enquanto a mídia oligárquica incensava as falcatruas da gangue de Curitiba chefiada por Sérgio Moro, a imprensa internacional denunciava a Lava Jato como o maior escândalo de corrupção judicial da história.
Os grupos nacionais de comunicação festejaram a prisão ilegal do ex-presidente Lula que eles próprios ajudaram a se consumar. Diziam tratar-se de prova da “eficiência do combate à corrupção”.
A mídia internacional e juristas de todo o mundo, por outro lado, equiparavam a farsa jurídica da Lava Jato contra Lula ao famoso “caso Dreyfus”, que inspirou os estudos da filósofa Hannah Arendt sobre as origens do totalitarismo e do nazismo.
Enquanto a imprensa nacional defendia o voto em Bolsonaro como “contingência inevitável” diante de uma “escolha muito difícil”, a imprensa mundial denunciava a eleição de 2018 como uma fraude e alertava para os riscos da ascensão de um fascista de ultradireita ao poder.
Nestes últimos dias Lula vem cumprindo uma exitosa agenda no continente europeu.
Lá, ele se reuniu na Comissão Europeia e foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu. Lula também se encontrou com o futuro primeiro-ministro da Alemanha Olaf Scholtz, com o presidente da França Emmanuel Macron e com o presidente espanhol Pedro Sánchez.
No giro por alguns países europeus, Lula recebeu líderes empresariais, políticos, acadêmicos, intelectuais, ativistas sociais, cidadãos e cidadãs comuns.
Nesta agenda de resultados extraordinários, Lula pôde confirmar que é o maior líder popular mundial da atualidade; um clamor planetário. Lula é destinatário do desejo mundial de que o Brasil volte a ocupar o palco de ação e reflexão sobre os desafios da humanidade neste período de encruzilhadas e incertezas.
O estrondoso sucesso do Lula na Europa, que significa projeção e reconhecimento do Brasil no mundo, só muito tardiamente, no antepenúltimo dia, passou a ser noticiado pela mídia hegemônica. Para ser preciso: o noticiário da mídia oligárquica foi arrombado pela recepção de honra conferida a Lula por Emmanuel Macron no palácio Champs Elysées [17/11].
A mídia oligárquica foi obrigada a noticiar a consagração mundial do Lula – não conseguiu mais esconder; foi obrigada a mostrar.
A estrondosa repercussão internacional e a cobertura em tempo real pelos portais brasileiros de mídia independente tiveram papel decisivo nesta inflexão.
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