Charge: Lézio Júnior |
Já sumiu do noticiário a informação divulgada pela imprensa no início de janeiro de que o Ministério Público de São Paulo propôs uma ação contra 13 figuras desprezíveis que participaram da “motociata” liderada pelo fascista Jair Bolsonaro em rodovias paulistas em junho passado. Entre os bolsonaristas alvos do processo encontravam-se o ex-ministro da devastação ambiental, Ricardo Salles, o líder da seita Nas Ruas, Tomé Abduch, e o chefão da Igreja Renascer em Cristo, "bispo" Estevam Hernandes.
Na ocasião, o promotor Arthur Pinto Filho, da Promotoria de Direitos Humanos de São Paulo, alegou que os criminosos desrespeitaram normas de segurança do estado de prevenção e combate à Covid-19, causando aglomeração e evitando o uso de máscara. "Os requeridos descumpriram e incentivaram uma massa de pessoas a violar tais deveres, gerando sério prejuízo à saúde da população paulista", argumentou em seu sentença.
O promotor pediu o pagamento de multas que totalizavam R$ 2,16 milhões. Conforme reportagem da Folha na época, “a motociata foi realizada em substituição à Marcha Para Jesus, que ocorria anualmente na cidade antes da pandemia. A mobilização foi parte de uma série de eventos parecidos que Jair Bolsonaro tem feito nos últimos meses com apoiadores em diversas cidades”. Ela serviu para atiçar o clima para a frustrada tentativa golpista de setembro do ano passado.
A fortuna gasta na motociata do fascista
Já o site Metrópoles deu destaque para a ação do Ministério Público de São Paulo e lembrou que “o principal evento da temporada de motociatas que Bolsonaro promoveu ao longo do ano passado, a de São Paulo ocorreu em 12 de junho e já havia rendido multa de R$ 552,71 para o presidente da República pelo não uso de máscara. Agora, o promotor Arthur Pinto Filho, da área de Direitos Humanos do MPSP, quer que 13 bolsonaristas também paguem multas”.
O site lembrou outros bolsonaristas citados na ação do MP, “assessores especiais de Bolsonaro que ensaiam carreiras políticas, como o ex-tenente do Bope Max Guilherme, que tenta se celebrizar por polêmicas, como chamar a cantora Claudia Leite de ‘genocida’, e que já tentou uma promoção alegando a participação em um assassinato. Outro alvo é o também militar e assessor presidencial Mosart Aragão, que ano passado promoveu evento para alavancar sua pré-candidatura a deputado em São Paulo e não reuniu nem 30 apoiadores”.
O Metrópoles enfatiza ainda que “além de desrespeitar normas sanitárias em momento de pandemia, a motociata de junho do ano passado custou caro. Foram R$ 1,2 milhão em gastos para os cofres públicos paulistas para reforço do policiamento. Outros R$ 476 mil em recursos federais foram gastos com a comitiva do presidente”.
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