Por Altamiro Borges
O interesse da juventude por uma eleição decisiva para o futuro do Brasil ainda está bem aquém do desejado. Até o final de março, apenas 17,32% dos adolescentes de 16 e 17 anos tiraram o título de eleitor, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É o menor engajamento desta vasta e importante camada da população desde 2004.
Como alerta Maria Carolina Trevisan em artigo no site UOL, os jovens ainda "se sentem invisíveis e apartados do processo eleitoral em 2022", o que é um fato preocupante: "Em uma disputa tão polarizada, esse contingente de voto pode definir a eleição”. Mais de cinco milhões de adolescentes ainda não tiraram o título de eleitor e o prazo termina em 4 de maio.
Há um grande esforço do TSE, de entidades da sociedade civil – como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) – e de artistas para incentivar a maior adesão da juventude. O festival Lollapalooza, inclusive com a tentativa de censura dos bolsonaristas, serviu como um importante impulso para essa campanha cívica.
Como registrou o site Metrópoles, a iniciativa até colheu resultados, mas ainda insuficientes. “O país ganhou 445,5 mil eleitores jovens em março, uma alta de 28% em comparação ao mês anterior... Destes novos títulos eleitorais, a maior fatia, 156 mil, foi solicitada para pessoas de 17 anos, que ainda não são obrigadas a votar”. Será preciso intensificar ainda a campanha nesta reta final. O que está em jogo nas eleições é o futuro da própria juventude!
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