Charge: Nando Motta |
O IBEP não é partido político, mas toma partido.
O processo de desmonte do Estado nacional está em curso, sem que a consciência cívica brasileira em geral tenha se dado conta. Algumas instituições já começam a obedecer às orientações do bolsonarismo e a agir de acordo com as diretrizes de Brasília. O exemplo mais recente é a soltura de garimpeiros ilegais sob a alegação de prazo vencido para a formalização de suas detenções, cujos agentes da Polícia Federal de forma irresponsável sugeriram que os infratores fossem eles próprios registrar as suas ilegalidades na delegacia mais próxima!
Esse é um dos inúmeros casos de cooptação de órgãos de Estado pela máquina paralela por um grupo que assaltou o poder executivo amparado pela eleição de um capitão reformado. A possibilidade não tão desprezível como muitos podem pensar da reeleição desse governo da regressão exige uma ação das forças políticas organizadas da sociedade civil, sob pena de o mundo do trabalho, da ciência e da cultura, bem como as nações indígenas, sofrerem mais uma derrota.
Uma entidade voltada para os estudos políticos da realidade brasileira não pode permanecer alheia ao que se passa no País, e limitar-se apenas a registrar e debater as consequências desastrosas desse processo. Tomar partido não significa tão somente escolher um lado do embate político-partidário. Tomar partido é assumir um compromisso com a cidadania ativa em um momento histórico a exigir formas múltiplas de denúncia do que se passa na sociedade brasileira, que resignada, acompanha as perdas que se acumulam.
Conscientizar e mobilizar essa aparente inércia deve ser a tarefa no momento a justificar a existência de nossa entidade, pois o estudo apenas só presta verdadeiramente para que nos ajude na resolução de nossos problemas. Mas, para isso, é preciso convocar à lucidez os contingentes sociais diante das intenções nada republicanas dos que legal e circunstancialmente se apoderaram da máquina do Estado para servir a seus interesses inconfessáveis.
Por essa razão, o IBEP, através de sua diretoria e certamente com o respaldo de seus conselhos e dos associados, lançou a Carta Compromisso pela democracia, que já conta com a adesão de outras entidades. Trata-se de um documento suprapartidário, mas assumidamente político e que estamos dando ciência e início à coleta de adesões pela via das subscrições, de modo a ter em breve a possibilidade de torná-lo público e ser divulgado na mídia e demais redes sociais.
Para tanto, solicitamos o concurso de nossos filiados e daqueles que se identificaram com o teor da referida Carta para reproduzi-la e fazer chegar a todas as instituições, associações de diferentes áreas de atividades, bem como a partir dela incentivar o debate acerca das garantias e direitos que não podem ser usurpados, porquanto fazem parte de nossas conquistas mínimas. Não agitarmos diante de possíveis novas perdas é naturalizar o retrocesso em marcha.
- Instituto Brasileiro de Estudos Políticos - IBEP
- ABI - Pres. Paulo Jerônimo
- AMORJ - Arquivo Movimento Operário do Rio de Janeiro da UFRJ
- Associação Cultural José Marti do Rio de janeiro - ACJM-RJ
- Casa da América Latina
- Clube de Engenharia Brasil
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
- Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito
- Fisenge
- Modecom
- Searj/Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do RJ
- Senge
- Sindsprev-RJ
- SOS Brasil Soberano
- ABI - Pres. Paulo Jerônimo
- AMORJ - Arquivo Movimento Operário do Rio de Janeiro da UFRJ
- Associação Cultural José Marti do Rio de janeiro - ACJM-RJ
- Casa da América Latina
- Clube de Engenharia Brasil
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
- Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito
- Fisenge
- Modecom
- Searj/Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do RJ
- Senge
- Sindsprev-RJ
- SOS Brasil Soberano
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