domingo, 26 de junho de 2022

Malafaia pagará R$ 24 mil a Felipe Neto

Por Altamiro Borges


Não é só o pastor Milton Ribeiro, ex-ministro do “capetão”, que está em apuros. Outro mercador da fé, o bolsonarista Silas Malafaia acaba de sofrer uma derrota diante do influenciador digital Felipe Neto. Segundo postagem do site Metrópoles nesta sexta-feira (24), o difusor de fake news e pregador do ódio “aceitou um acordo proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pagará 20 salários mínimos (pouco mais de R$ 24 mil) por difamar o youtuber nas redes sociais”.

O chefão da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo era alvo de duas ações. A primeira foi movida em 2019. Felipe Neto havia comprado 10 mil exemplares de livros com temática LGBTQI que foram censurados pelo então prefeito do Rio de Janeiro, o também “pastor” Marcelo Crivella, na Bienal do Livro. Na ocasião, Silas Malafaia publicou vídeo no YouTube afirmando que Felipe Neto era “bandido” e “canalha” e que queria “distribuir revista com cenas libidinosas”.

Já em 2020, o youtuber entrou com outra ação após ser chamado de “lixo”, que “perverte crianças com seus vídeos”, pelo caluniador evangélico. Ele postou os xingamentos porque se opôs à participação de Felipe Neto em um evento com Luís Roberto Barroso, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre a influência da juventude na política.

Youtuber tripudia diante do "pastor"

Diante das derrotas, Silas Malafaia justificou à coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles, que aceitou o acordo proposto pelo MP-RJ para “encerrar a questão” e porque “vale mais um mau acordo do que uma briga na Justiça”. Todo metido a espertalhão, o covardão ainda esbravejou:

“O Felipe Neto quis indicar uma entidade de ajuda ao movimento gay, mas isso eu não aceitei. Eu sabia que era o que ele queria e não ia dar isso para ele. Ele queria me desmoralizar e isso eu não aceitaria. Aí o promotor escolheu uma entidade que ajuda as pessoas e que não tem nada a ver com o movimento gay. Essa eu falei que aceitava ajudar. Foi isso”.

O youtuber, porém, não ficou satisfeito com o acordo judicial. Em seu Twitter, postou neste sábado (25): “Malafaia decidiu fazer ‘transação penal’ para não ser denunciado por crimes que cometeu contra mim. Pagará 24 mil reais para uma instituição de caridade. Como considero muito pouco para o que ele fez, informo que entraremos na justiça cível contra o pastor”.

Em outro tuíte, o youtuber ainda tripudiou: “Como eu não quero dinheiro do pastor, entraremos na justiça cível pedindo indenização a ser destinada para instituições que cuidem de pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade”.

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