As lutas por moradia no Paraná passaram por vários momentos na História recente. Das ocupações nos anos 80, em Curitiba, a partir do êxodo do campo e da busca de trabalho na capital, chegando às atuais ocupações devido à crise econômica, sanitária e ao alto custo de vida. Por isso, a principal luta dos movimentos urbanos neste momento é para que não haja despejos forçados em 2022.
As lutas por moradia sempre se chocaram contra o problema estrutural da ausência de políticas públicas robustas, da especulação imobiliária e da destinação das piores regiões para moradia dos trabalhadores. Diante disso, mecanismos como o Estatuto das Cidades (2001) não puderam ser aplicados na prática.
Programas importantes como o Minha Casa Minha Vida, de acordo com estudos de Pedro Arantes e Mariana Fix, não atingiram os trabalhadores com menos de três salários mínimos. Neste sentido, fica o aprendizado para o próximo período: o investimento em programas que façam parcerias com os movimentos populares, para geração de trabalho.
Só em Curitiba estima-se mais de 450 assentamentos irregulares, com cerca de 50 mil casas. Ao mesmo tempo, fala-se em 46.898 imóveis vazios e 2.566 lotes vagos somente em Curitiba.
No Paraná, a Conferência Popular de Habitação, organizada em 2022, ajudou na compreensão da ineficiência das companhias de habitação de economia mista; o aumento da criminalização por parte da PM; e os desafios ao perceber que, hoje, diferente dos anos 80, a base social das ocupações é conformada por migrantes e trabalhadores informalizados;
Com isso, há três desafios centrais nos territórios: 1) A formação de militantes populares que estão surgindo nas novas áreas; 2) A unidade entre os movimentos urbanos no estado e no Brasil, uma luta hoje fragmentada 3) A construção e a luta por ferramentas de trabalho e geração de renda como espaço de construção e organização popular.
As lutas por moradia sempre se chocaram contra o problema estrutural da ausência de políticas públicas robustas, da especulação imobiliária e da destinação das piores regiões para moradia dos trabalhadores. Diante disso, mecanismos como o Estatuto das Cidades (2001) não puderam ser aplicados na prática.
Programas importantes como o Minha Casa Minha Vida, de acordo com estudos de Pedro Arantes e Mariana Fix, não atingiram os trabalhadores com menos de três salários mínimos. Neste sentido, fica o aprendizado para o próximo período: o investimento em programas que façam parcerias com os movimentos populares, para geração de trabalho.
Só em Curitiba estima-se mais de 450 assentamentos irregulares, com cerca de 50 mil casas. Ao mesmo tempo, fala-se em 46.898 imóveis vazios e 2.566 lotes vagos somente em Curitiba.
No Paraná, a Conferência Popular de Habitação, organizada em 2022, ajudou na compreensão da ineficiência das companhias de habitação de economia mista; o aumento da criminalização por parte da PM; e os desafios ao perceber que, hoje, diferente dos anos 80, a base social das ocupações é conformada por migrantes e trabalhadores informalizados;
Com isso, há três desafios centrais nos territórios: 1) A formação de militantes populares que estão surgindo nas novas áreas; 2) A unidade entre os movimentos urbanos no estado e no Brasil, uma luta hoje fragmentada 3) A construção e a luta por ferramentas de trabalho e geração de renda como espaço de construção e organização popular.
* Pedro Carrano é jornalista e militante da União de Moradores e do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD).
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