Por Moisés Mendes, em seu blog:
A história mais misteriosa da eleição até agora é esse encontro do hacker Walter Delgatti com Bolsonaro.
O que o cara que acabou com o lavajatismo, ao invadir e revelar as conversas criminosas da turma de Curitiba, queria com Bolsonaro?
Por que, pelo que se diz agora à noite, o encontro de hoje não teria dado certo?
O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, levanta uma suspeita. O motivo da reunião não teria sido a urna eletrônica.
Porque não há como invadir uma urna, que não tem ligação com nada de fora do equipamento. A urna é fechada, sem conexão com internet.
A suspeita parece óbvia. Delgatti diz saber da vida de muita gente grande de Brasília, porque teria invadido seus sistemas de comunicação.
Essa frase é decisiva para que se entenda a consulta de Bolsonaro ao sujeito. Foi dita pelo hacker em entrevista ao UOL:
“Peguei o STF e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) quase que inteiros”.
Quase que inteiros? O que Delgatti sabe de ministros do Supremo que Bolsonaro poderia querer saber?
Deve ser por aí. Por isso divulgaram que o hacker estava lá para dar consultoria sobre as urnas. Era para despistar.
Tem mais. Delgatti poderia saber mesmo de algo que interessa ao governo.
Mas aí era só se reunir com alguém ou um grupo da confiança de Bolsonaro e passar as informações.
Por que a deputada Carla Zambelli levou Delgatti ao Alvorada para um encontro com Bolsonaro? Por que Bolsonaro correu esse risco?
Outra resposta óbvia: porque deveria valer a pena. Bolsonaro queria uma conversa direta com o cara.
E uma última especulação. Ao conversar com Delgatti, Bolsonaro pode querer mandar um recado aos ministros do STF e do TSE, o que significa quase a mesma coisa.
Esse é o recado: eu estou sabendo de coisas que vocês não querem que eu saiba.
Se não fosse assim, Bolsonaro não teria permitido que o encontro vazasse, até com foto do hacker ao lado de Carla Zambelli.
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