Charge: Simanca |
Quem imaginava que o governo Lula teria direito a uma trégua antes da posse, em 1 de janeiro de 2023, já percebeu que é preciso preparar-se para lances de uma velha guerra suja.
Em dezembro de 2022, o país assiste à agonia de um governo de extrema direita - sangrenta, covarde, como é de seu feitio.
Derrotado na vida social e nas urnas, o bolsonarismo reage como seus mestres. Estimula ações violentas e mortes como estratégia de sobrevivência pelo medo. Incapaz de convencer, tenta amedrontar. Faz parte da história.
Há quatro décadas, derrotada pela facção militar de Geisel-Figueiredo, que produziu um conjunto de concessões que aliviaram a brutalidade selvagem criada pelo regime do AI-5, a extrema-direita militar refugiu-se nos serviços de inteligência, onde planejava a morte criminosa de adversários e praticava a tortura pelo costume e até como simples vingança, pois as grandes rodas que alimentam a conjuntura já se moviam em outra direção.
Atentados como o do Rio Centro, o assassinato de Vladimir Herzog, bombas em bancas de jornal, a morte criminosa da sede da OAB no Rio de Janeiro são a parte mais conhecida deste processo. Também serviram de escola de formação para a extrema-direita militar, onde jovens oficiais eram estimulados a preparar atos violentos - como ocorreu com o próprio Bolsonaro.
Em 2022, os tempos são outros, os horizontes se modificaram, os personagens também. Mas pode-se reconhecer a mesma violência criminosa e covarde que marca a queda de governos tirânicos ao longo da História.
A barbárie de nossos dias marca os últimos momentos de uma corja que se instalou nos escalões superiores do Estado brasileiro, de onde terá de se retirar nos próximos dias. Perdeu toda conexão com o país e há muito deixou de falar à grande maioria da sociedade brasileira.
O desembaraço criminoso de suas ações explica-se pela conivência e mesmo cumplicidade de autoridades que, instaladas em cargos de responsabilidade no plano estadual, deixaram de cumprir a obrigação de defender a ordem pública e a vida dos cidadãos.
Essa cumplicidade, que carrega vários elementos doentios, indica que a extrema direita sofreu uma derrota profunda com a vitória de Lula - mas não foi eliminada.
Alguma dúvida?
Atentados como o do Rio Centro, o assassinato de Vladimir Herzog, bombas em bancas de jornal, a morte criminosa da sede da OAB no Rio de Janeiro são a parte mais conhecida deste processo. Também serviram de escola de formação para a extrema-direita militar, onde jovens oficiais eram estimulados a preparar atos violentos - como ocorreu com o próprio Bolsonaro.
Em 2022, os tempos são outros, os horizontes se modificaram, os personagens também. Mas pode-se reconhecer a mesma violência criminosa e covarde que marca a queda de governos tirânicos ao longo da História.
A barbárie de nossos dias marca os últimos momentos de uma corja que se instalou nos escalões superiores do Estado brasileiro, de onde terá de se retirar nos próximos dias. Perdeu toda conexão com o país e há muito deixou de falar à grande maioria da sociedade brasileira.
O desembaraço criminoso de suas ações explica-se pela conivência e mesmo cumplicidade de autoridades que, instaladas em cargos de responsabilidade no plano estadual, deixaram de cumprir a obrigação de defender a ordem pública e a vida dos cidadãos.
Essa cumplicidade, que carrega vários elementos doentios, indica que a extrema direita sofreu uma derrota profunda com a vitória de Lula - mas não foi eliminada.
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