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Na semana passada, a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) uma ação contra Leonardo Rodrigues de Jesus, vulgo Léo Índio. O motivo foi a participação do sinistro sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atos golpistas de 8 de janeiro que vandalizaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do próprio STF.
O pedido de investigação e prisão preventiva do terrorista foi protocolado pelo Coletivo de Direito Popular. “O criminalista Paulo Henrique Lima, principal responsável pela ação, sugere que há indícios da atuação do sobrinho de Bolsonaro na mobilização que levou os extremistas de direita à Esplanada dos Ministérios. Há registros em redes sociais da participação de Leonardo nos atos”, descreve o site Metrópoles.
A ação alega que Léo Índio representa “risco à ordem pública e, diante de punições a outros envolvidos, pode decidir fugir do país a qualquer momento, por isso, há um pedido de prisão preventiva e bloqueio de bens”. Para averiguar a influência do sobrinho do fascista nos atos terroristas em Brasília, ela também solicita o bloqueio de suas redes sociais e a quebra do seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.
Da rachadinha na Alerj à liderança do PL no Senado
Léo Índio tentou se eleger deputado distrital em outubro,
mas obteve 1.801 votos e não conseguiu assento na Câmara Legislativa do DF.
Como lembra Juliana Dal Piva no UOL, o priminho de Flávio, Carlos e Eduardo “veio
para Brasília após a eleição de Jair Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como
assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com
R$ 30 mil na cueca. Depois, ele foi funcionário da liderança do PL no Senado”.
“Antes dos cargos no Senado, Carlos Bolsonaro tentou
emplacar Léo Índio no Planalto. A ideia era que ele ocupasse algum cargo na
Secretaria de Governo da Presidência da República. No entanto, o sobrinho do
presidente foi barrado pelo então ministro da pasta, o general da reserva
Alberto Santos Cruz. Auxiliares do ministro, à época, avaliaram que o currículo
dele não tinha as qualificações necessárias para o cargo”.
“Léo não possui ensino superior e sua experiência
profissional prévia era como vendedor, além de assessor do senador Flávio Bolsonaro
(PL-RJ), na época da Assembleia Legislativa do RJ. Justamente o período como
assessor na Alerj fez com que ele fosse incluído pelo Ministério Público entre
os investigados do caso da rachadinha do gabinete. Em 2021, o UOL
mostrou que Mariana Mota, ex-chefe de gabinete de Flávio, fez pagamentos de
despesas locatárias de uma quitinete no centro do Rio, onde Léo morava”.
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