sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Micheque Bolsonaro será investigada por assédio

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal abriu nesta semana uma apuração sobre as graves denúncias de assédio moral contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – também apelidada de Micheque – e o “pastor-capeta” Francisco de Assis Castelo Branco, administrador do Palácio da Alvorada no covil do fascista.

A investigação preliminar tem como base reportagem de Rodrigo Rangel, postada no site Metrópoles em 3 de fevereiro, que trouxe relatos de funcionários sobre os maus tratos no Palácio da Alvorada, a residência oficial da presidência. A decisão do MPT é mais um petardo no enorme telhado de vidro de Micheque Bolsonaro.

Como aponta o site, “agora o MPT pode colher mais informações sobre esses episódios, além de ouvir testemunhas, vítimas e acusados. Segundo a reportagem, Michelle destratava os servidores da Presidência escalados para auxiliá-la. E o pastor Castelo Branco, uma espécie de ‘síndico’ do Palácio da Alvorada, assediava os funcionários e fazia ameaças frequentes de demissão ao grupo”.

“O bolsonarista também intimidava servidores ao afirmar que suspenderia o lanche de quem questionasse suas ordens. Homem de confiança da família Bolsonaro, o pastor dizia que agia a mando da então primeira-dama. ‘Ele assediava as pessoas e ameaçava de demissão o tempo todo. E dizia que a primeira-dama tinha conhecimento de tudo e autorizava essa postura’, afirmou um dos funcionários entrevistados”.

As carpas assassinadas do Palácio da Alvorada

A atuação infernal do “pastor-capeta” já ficou escancarada no triste episódio da morte das carpas do Palácio da Alvorada. Também a mando da ex-primeira-dama, que não tem nada de santa, Castelo Branco mandou que os funcionários esvaziassem o espelho d'água da residência oficial para recolher as moedas jogadas por turistas.

“A ‘pescaria’ rendeu um balde cheio – não se sabe exatamente quanto havia. Funcionários dizem que Francisco levou as moedas embora, dizendo que as doaria para uma igreja. ‘Se doou ou não, não sei, mas ele falou que era a mando da Michelle’, relata um empregado do palácio”, lembra outra matéria do site Metrópoles. Com o esvaziamento do espelho d’água, “as carpas morreram. Elas são bem sensíveis”, garantiu outro entrevistado.

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