quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Centrais sindicais apoiam Lula e pregam a paz

Charge: Aroeira/247
Por Altamiro Borges


Enquanto o carniceiro israelense Benjamin Netanyahu chama o presidente Lula de “persona non grata” e a mídia sionista nativa replica os ataques e naturaliza as milhares de crianças mortas e mutiladas em Gaza, os movimentos sociais se levantam para pregar a paz e elogiar a postura altiva e corajosa do governo brasileiro diante do genocídio do povo palestino. Nesta terça-feira (20), as principais centrais sindicais do Brasil lançaram um manifesto intitulado “O presidente Lula defende a vida, a paz e a soberania dos povos”.

Entre outros pontos, elas expressam “apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está sofrendo ataques da imprensa por sua declaração de repúdio ao massacre contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Já são quase 30 mil mortos e 70 mil feridos, maioria crianças e mulheres palestinas. Lula defende a vida, a paz e a soberania dos povos, em sintonia com as decisões da Corte Internacional de Justiça. É imperioso parar com o genocídio... A fala de Lula, ao contrário do que tem sido sugerido, passa longe do antissemitismo. Ao contrário, ele citou o Holocausto, evento ocorrido durante a Segunda Guerra”.

O manifesto unitário é assinado por Sérgio Nobre, presidente da CUT, Miguel Torres, presidente da FS, Ricardo Patah, presidente da UGT, Moacyr Roberto Tesch, presidente da NCST, Adilson Araújo, presidente da CTB, Antônio Fernandes dos Santos Neto, Presidente da CSB, Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical, e José Gozze, presidente da Pública. O texto conclui: “Não compactuamos com a violência de nenhum lado e, assim como o presidente Lula, queremos que a paz seja restaurada, para efetivamente proteger a vida e a soberania do povo palestino. Queremos a paz e a proteção da vida. Uma paz com justiça e igualdade”.

Carta dos movimentos sociais do campo

No mesmo rumo, os Movimentos Sociais do Campo, Floresta e Águas, denominados Campo Unitário, lançaram uma carta em que expressam “total apoio ao posicionamento do presidente Lula acerca do genocídio contra o povo palestino na região de Gaza. Lula foi na contramão do que defendem as potências mundiais ao tratar a ofensiva de Israel como um genocídio e comparar com o holocausto da Alemanha nazista contra os judeus na Europa. Lula foi corajoso em condenar a prática de extermínio na qual mais de 12 mil crianças já foram cruelmente assassinadas”.

Ainda de acordo com a carta, Lula “rompeu com o silêncio dos grandes meios de comunicação, inclusive de nosso país, frente à tragédia que ocorre em Gaza. Mas também chama para si e seus pares a responsabilidade para impor limites a Israel. Assim, Lula reafirma sua posição como liderança do Sul Global e condena as potências imperialistas pela licença concedida ao Estado de Israel para promover o genocídio na Palestina”.

Vira-latismo da mídia brasileira

Vale citar ainda a nota publicada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que reúne todas as entidades que lutam por maior pluralidade e diversidade na mídia brasileira e pelo fim dos monopólios midiáticos. Intitulado “A coragem de Lula e o vira-latismo da mídia”, o texto afirma que “a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a similaridade entre o extermínio do povo palestino que Israel hoje tenta levar a cabo e o nazismo que perseguiu e massacrou judeus no século passado foi acertada, corajosa e precisa”.

“Chocante mesmo é o papel lamentável da chamada grande mídia brasileira, que corre a fazer coro ao discurso falacioso do gabinete de Benjamin Netanyahu, uma força política corrupta que tenta sequestrar o judaísmo para si enquanto sustenta um regime colonialista, fascista e racista, que nada tem a ver com tradição judaica cultural ou religiosa”.

“Em uníssono, os veículos da mídia comercial adotaram a versão do atual governo de Israel e de entidades abertamente sionistas que atuam no Brasil, demonstrando parcialidade diante das atrocidades cometidas em Gaza e subserviência ao país estrangeiro ao naturalizar o constrangimento imposto à diplomacia brasileira e a ofensa ao Presidente Lula, que se destaca na geopolítica internacional pelos seus esforços pela paz”.

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