quarta-feira, 24 de julho de 2019
Hacker de Araraquara é para salvar Moro?
Por Renato Rovai, em seu blog:
A história do hacker de Araraquara está a cada minuto que passa mais estranha. Já se pode afirmar que há indícios de que esta história pode ter sido fabricada para salvar o ministro Sérgio Moro e o procurador Dallagnol da Vaza Jato. Pode ter sido uma operação de aloprados. Pode. Mas não seremos levianos de afirmar isto aqui. De qualquer maneira, se o leitor seguir até o final deste texto verá que há questões que precisam ser muito melhor explicadas.
Weintraub propõe a universidade amordaçada
Por Maria Caramez Carlotto, no site Outras Palavras:
O Future-se, nome fantasia do “Programa Institutos e Universidades Empreendedoras e Inovadoras”, foi lançado oficialmente pelo governo federal em 17 de julho. No dia anterior, o MEC já havia apresentado aos reitores das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) as linhas gerais do programa. Anunciado pelo twitter e transmitido ao vivo pela internet, o lançamento frustrou os que esperavam um documento mais completo, com estudos que justificassem a necessidade do projeto, com propostas detalhadas do que será exatamente implementado e com projeções concretas do impacto de cada medida. A comunidade acadêmica e demais interessados esperaram a divulgação do projeto “completo”, mas os únicos documentos que circularam foram um press realease intitulado “Para revolucionar é preciso despertar”, com 21 slides, e um documento aparentemente informal intitulado Future-se, de nove páginas, que nada mais é do que a cópia do site criado para consulta pública do programa.
"Mito" posa de valentão, mas é covarde
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
O circo montado pelo governo Bolsonaro na inauguração do aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia, serviu para revelar sem retoques quem é esse capitão fake, que se faz de valente, mas tem medo do povo.
Havia até atiradores de elite em cima do prédio e tropas do Exército e da Polícia Federal e Rodoviária nos acessos, para proteger o presidente e seus 600 convidados de terno e gravata, escolhidos a dedo para gritar “Mito” quando ele entrou no saguão.
Depois de roubar o evento que era do governo da Bahia, sem ter nenhuma participação na obra, como se ainda estivesse em campanha, o capitão botou um chapéu de vaqueiro na cabeça e mandou ver num improviso de três minutos, do lado de fora, para os seus “apoiadores”, levados em ônibus da prefeitura.
Ódio e a agenda anticristã de Bolsonaro
Por Franklin Félix, na revista CartaCapital:
“Porque tive fome, e destes-me de comer;
tive sede, e destes-me de beber;
era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me;
estive na prisão, e foste me ver.”
Mateus 25:35,36
Vamos lá, queridos/as leitores/as, para mais uma reflexão à luz dos ensinamentos espíritas, já que o mundo não acabou e que a profecia sobre a “data limite” mostrou ser mais uma fake news de quem não estuda profundamente o espiritismo e que, diferente de Kardec, vive uma fé irracional.
tive sede, e destes-me de beber;
era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me;
estive na prisão, e foste me ver.”
Mateus 25:35,36
Vamos lá, queridos/as leitores/as, para mais uma reflexão à luz dos ensinamentos espíritas, já que o mundo não acabou e que a profecia sobre a “data limite” mostrou ser mais uma fake news de quem não estuda profundamente o espiritismo e que, diferente de Kardec, vive uma fé irracional.
As gafes de Bolsonaro na Cúpula do Mercosul
Por Luana Forlini, no site da Fundação Perseu Abramo:
No dia 17 de julho, a 54ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, ocorreu em Santa Fé, na Argentina. Além de assumir o comando do bloco para os próximos seis meses, Bolsonaro defendeu a possibilidade de outros acordos no estilo do feito com a União Europeia, bem como a nomeação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), para a embaixada nos Estados Unidos.
No dia 17 de julho, a 54ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, ocorreu em Santa Fé, na Argentina. Além de assumir o comando do bloco para os próximos seis meses, Bolsonaro defendeu a possibilidade de outros acordos no estilo do feito com a União Europeia, bem como a nomeação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), para a embaixada nos Estados Unidos.
‘Spoofing’ de suposto hacker não tem segredo
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A técnica do tal “Spoofing” que dá nome à operação da PF sobre os supostos hackers de Araraquara, é absolutamente banal.
É conhecida há anos e até a revista Forbes publicou, em junho de 2016, um vídeo de como duplicar uma conta de usuário do Whatsapp e do Telegram em alguns minutos e sem o uso de processos complicados.
Passo a passo, explicadíssimo.
Como dizem os camelôs que vendem bugigangas, “não requer força, nem sequer habilidade”, se o usuário não tomou medidas excepcionais de proteção.
É conhecida há anos e até a revista Forbes publicou, em junho de 2016, um vídeo de como duplicar uma conta de usuário do Whatsapp e do Telegram em alguns minutos e sem o uso de processos complicados.
Passo a passo, explicadíssimo.
Como dizem os camelôs que vendem bugigangas, “não requer força, nem sequer habilidade”, se o usuário não tomou medidas excepcionais de proteção.
Atibaia e a crônica da morte anunciada
Por Bepe Damasco, em seu blog:
O filme nós conhecemos. O roteiro é idêntico ao do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Lula depois de sua condenação por Moro, na 1ª instância de Curitiba, no processo do apartamento do Guarujá. O elenco conta inclusive com atores presentes na película anterior, como os desembargadores Thompson Flores e João Pedro Gebran Neto, da 8ª turma, do TRF-4, localizado em Porto Alegre.
O filme nós conhecemos. O roteiro é idêntico ao do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Lula depois de sua condenação por Moro, na 1ª instância de Curitiba, no processo do apartamento do Guarujá. O elenco conta inclusive com atores presentes na película anterior, como os desembargadores Thompson Flores e João Pedro Gebran Neto, da 8ª turma, do TRF-4, localizado em Porto Alegre.
E agora, Brasil?
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Sul-21:
As palavras que mais ocorrem são estupefacção e perplexidade. O governo brasileiro caiu no abismo do absurdo, na banalização total do insulto e da agressão, no atropelo primário às regras mínimas de convivência democrática, para já não falar das leis e da Constituição, na destilação do ódio e da negatividade como única arma política. Todos os dias somos bombardeados com notícias e comentários que parecem vir de uma cloaca ideológica que acumulou ranço e decomposição durante anos ou séculos e agora exala o mais nauseabundo e pestilento fedor como se fosse o perfume da novidade e da inocência. Tudo isto causa estupefacção em quem se recusa a ver normalidade na normalização do absurdo. A perplexidade decorre de outra verificação, não menos surpreendente: a aparente apatia da sociedade civil, dos partidos democráticos, dos movimentos sociais, enfim, de todos os que se sentem agredidos por tamanho desconchavo. Dá mesmo a impressão que a insistência e o desmando da insolência têm o efeito de um gás paralisante. É como se a nossa casa estivesse a ser roubada e nos escondêssemos num canto com medo de que o ladrão, se nos visse, se sentisse provocado e, além dos nossos bens, nos levasse também a vida.
As palavras que mais ocorrem são estupefacção e perplexidade. O governo brasileiro caiu no abismo do absurdo, na banalização total do insulto e da agressão, no atropelo primário às regras mínimas de convivência democrática, para já não falar das leis e da Constituição, na destilação do ódio e da negatividade como única arma política. Todos os dias somos bombardeados com notícias e comentários que parecem vir de uma cloaca ideológica que acumulou ranço e decomposição durante anos ou séculos e agora exala o mais nauseabundo e pestilento fedor como se fosse o perfume da novidade e da inocência. Tudo isto causa estupefacção em quem se recusa a ver normalidade na normalização do absurdo. A perplexidade decorre de outra verificação, não menos surpreendente: a aparente apatia da sociedade civil, dos partidos democráticos, dos movimentos sociais, enfim, de todos os que se sentem agredidos por tamanho desconchavo. Dá mesmo a impressão que a insistência e o desmando da insolência têm o efeito de um gás paralisante. É como se a nossa casa estivesse a ser roubada e nos escondêssemos num canto com medo de que o ladrão, se nos visse, se sentisse provocado e, além dos nossos bens, nos levasse também a vida.
Bolsonaro nos distraiu e nos enganou de novo
Por Leandro Demori, no site The Intercept-Brasil:
Bolsonaro soltou sua metralhadora de mentiras e impropérios durante a semana. O presidente que já mentiu em público mais de 200 vezes desde janeiro resolveu usar mais uma vez a estratégia para desviar a atenção dos filhos: um fritador de frango que sonha virar embaixador, outro enrolado com seu próprio laranjal miliciano. A cortina de fumaça serviu muito bem. Enquanto Bolsonaro inventava histórias sobre Miriam Leitão, o Brasil Real Oficial, uma newsletter escrita pelo jornalista Breno Costa, monitorou o estrago que o governo fez no país em poucos dias. Abaixo, alguns tópicos para que vocês repassem adiante. São essas as coisas que merecem nossa atenção.
Nossa justiça é escandalosamente seletiva
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Diversos analistas de nossa vida política chegaram a acreditar que o destino de Jair Bolsonaro seria escrito pelo amigo Queiroz.
O enredo imaginário seria assim. Apanhado com uma mão nos recursos trazidos pela turma das milícias e a outra na assinatura de um cheque destinado à primeira dama Michelle, o amigo Queiroz estava predestinado a cumprir uma missão histórica: explodir um esquema com ramificações capazes de ligar o submundo das milícias que mataram Marielle Franco ao Planalto de Bolsonaro, forçando um impeachment inevitável.
Simples ilusão de ótica, é preciso reconhecer.
O enredo imaginário seria assim. Apanhado com uma mão nos recursos trazidos pela turma das milícias e a outra na assinatura de um cheque destinado à primeira dama Michelle, o amigo Queiroz estava predestinado a cumprir uma missão histórica: explodir um esquema com ramificações capazes de ligar o submundo das milícias que mataram Marielle Franco ao Planalto de Bolsonaro, forçando um impeachment inevitável.
Simples ilusão de ótica, é preciso reconhecer.
Bolsonaro e seu reino da mentira compulsiva
Por Alexandre Santos de Moraes, no site Jornalistas Livres:
Durante a campanha de 2018, dizia-se à boca pequena que o maior inimigo de Bolsonaro era o microfone. Não sem razão, a facada no abdômen foi fundamental para sua vitória, menos pela comoção e mais pela oportunidade de ficar em silêncio. Mas, aparentemente, cometer gafes e vomitar impropérios é um problema apenas se se é candidato, pois uma vez eleito, Jair tem dito desaforos sem qualquer constrangimento, num duelo titânico e diário contra o bom-senso. O microfone deixou de ser seu algoz. Seu inimigo agora é outro: a realidade.
Por que Nicolás Maduro sobrevive?
Por Breno Altman, no site Opera Mundi:
Uma penca de analistas está às voltas com a corrosão de seus prognósticos sobre a situação venezuelana. Quando o líder da oposição, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino, em 23 de janeiro, fartas foram as apostas de que o governo Nicolás Maduro estava por um fio.
Seis meses depois, quem exala o odor de um cadáver político é o encarregado de sucessivas e fracassadas intentonas.
O cálculo da direita venezuelana era que o estabelecimento de um cenário marcado pela dualidade de poder, sob forte tensão internacional e medidas de asfixia econômica, provocaria a divisão das Forças Armadas e a derrocada fulminante do chavismo.
Seis meses depois, quem exala o odor de um cadáver político é o encarregado de sucessivas e fracassadas intentonas.
O cálculo da direita venezuelana era que o estabelecimento de um cenário marcado pela dualidade de poder, sob forte tensão internacional e medidas de asfixia econômica, provocaria a divisão das Forças Armadas e a derrocada fulminante do chavismo.
Lava-Jato e seus medos da Vaza-Jato
Por Marcelo Auler, em seu blog:
As conversas dos operadores da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba, divulgadas pelo The Intercept, na série Vaza Jato, deveriam despertar o interesse do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele, desde 14 de março, por decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, investiga ataques à Corte e seus integrantes nas redes sociais.
Nos diálogos travados no Telegram por procuradores, juízes e policiais federais da Operação Lava Jato em Curitiba, certamente haverá trechos que, como apostam algumas pessoas próximas aos lavajatistas paranaenses, interessarão – e muito – ao trabalho do ministro Moraes.
As conversas dos operadores da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba, divulgadas pelo The Intercept, na série Vaza Jato, deveriam despertar o interesse do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele, desde 14 de março, por decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, investiga ataques à Corte e seus integrantes nas redes sociais.
Nos diálogos travados no Telegram por procuradores, juízes e policiais federais da Operação Lava Jato em Curitiba, certamente haverá trechos que, como apostam algumas pessoas próximas aos lavajatistas paranaenses, interessarão – e muito – ao trabalho do ministro Moraes.
terça-feira, 23 de julho de 2019
A desconstrução do "justiceiro" Moro
Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:
Ao menos dois brasileiros – o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro, e o promotor Deltan Dallagnol – dificilmente se esquecerão do dia 9 de junho de 2019.
Naquele domingo, o site The Intercept Brasil, criado pelo jornalista estadunidense Glenn Greenwald, revelou mensagens trocadas entre Moro e Dallagnol, o juiz e o procurador que coordenava a acusação na chamada Operação Lava Jato, através do aplicativo Telegram, O principal alvo da ação de Moro foi o ex-presidente Lula da Silva, preso desde o dia 7 de abril do ano passado.
No Brasil, se considera que a principal razão da vitória eleitoral do ultradireitista Jair Bolsonaro foi a ausência de Lula, favorito absoluto, cuja participação foi impedida pela Justiça.
Ao menos dois brasileiros – o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro, e o promotor Deltan Dallagnol – dificilmente se esquecerão do dia 9 de junho de 2019.
Naquele domingo, o site The Intercept Brasil, criado pelo jornalista estadunidense Glenn Greenwald, revelou mensagens trocadas entre Moro e Dallagnol, o juiz e o procurador que coordenava a acusação na chamada Operação Lava Jato, através do aplicativo Telegram, O principal alvo da ação de Moro foi o ex-presidente Lula da Silva, preso desde o dia 7 de abril do ano passado.
No Brasil, se considera que a principal razão da vitória eleitoral do ultradireitista Jair Bolsonaro foi a ausência de Lula, favorito absoluto, cuja participação foi impedida pela Justiça.
Os efeitos da Lava-Jato na economia
Por Andre Araujo, no site Vermelho:
O ciclo de cinco anos do início da Lava Jato permite uma avaliação preliminar dos efeitos da operação na macroeconomia e no ambiente de negócios do Brasil. Essa observação no momento é possível a olho nu, sem precisão acadêmica e é o que faremos neste post, sujeito a contestações igualmente empíricas.
O ciclo de cinco anos do início da Lava Jato permite uma avaliação preliminar dos efeitos da operação na macroeconomia e no ambiente de negócios do Brasil. Essa observação no momento é possível a olho nu, sem precisão acadêmica e é o que faremos neste post, sujeito a contestações igualmente empíricas.
A cruzada anticorrupção levou à recuperação judicial nove das 15 maiores empreiteiras do Brasil. O desmonte do setor foi praticamente completo. Mesmo empresas que não entraram em recuperação, como a Camargo Correia, saíram do setor de obras públicas, área em que o Brasil era um dos maiores competidores mundiais, com grande expansão internacional desde os anos 70, por apoio do então governo militar de 1964.
Assinar:
Postagens (Atom)